Corria o ano de 2001, o mês era Junho e o dia 23. Tudo documentado e lavrado em acta no Diário de Bordo do mais gracioso veleiro do Universo.
Largados de Baiona no dia anterior à noite, defrontamos o tenebroso cabo Finisterre com ondas de 25 cm, 18 cm vá, tendo o Mar crescido para os 3 metritos depois das Cisargas até à Ria da Corunha, onde arribamos pelas 1800 lusas, que nunca se trocam as horas no NVV Veronique por conta de evitar o jet-leg.
Decidiu-se, depois das formalidades legais com as autoridades galegas, rumar aos restaurantes da Praça Maria Pita, ao que nos diziam de fazer crescer água na boca.
Sentados por fim à mesa, eu, o 1º de máquinas Ferreira, o 2º grumete Machado e o Médico de Bordo Visconde da Quinta do Picado, e tendo encomendado as tradicionais tapas, demos conta da vizinhança da mesa, um casal em que ela era BOOOOOOAAAAAAAAA.
A meio da refeição, para aí, o rapazinho do casal vizinho começou a ficar verde, amarelo, azul às riscas, e a vomitar copiosamente para o chão, mesmo ao nosso lado.
Os donos do restaurante solicitaram então aflitos: --- Um Miédico, um Miédicooooo.
Era a nossa chance, o Visconde ia tratar do animal e nós ficavamos a tratar da BOOOOOOOOOAAAAAAA.
Eis então que o nosso Médico, numa atitude de rebelião tipica de um Fletcher, replica, Num siou miédico, siou vietieriniário....!!!!
Mas quê, pensei, que está este gajo a dizer?!!, então não podia tratar do animal, como nos fazia a nós?
Demos-lhe de imediato o nome de Fletcher, votamos uma reprimenda e foi a ferros para bordo, de onde só saiu depois de ter ofertado o skipper e demais tripulação com algumas garrafitas de Duas Quintas, que tinha guardadas para uma doença.
Vejam lá o tipo, "num siou miédico !!!!!", só para nos lixar.
5 comentários:
ahahahahahahahaahahahha
ja não se hacem miédiquios comio antigiamienti.
Bela estória Comandante, gostei particularmente do; "...,o Visconde ia tratar do animal e nós ficavamos a tratar da BOOOOOAAAA."
Já me ri um bocado.
O que tu querias sei eu!
Mas...vá!
Foi mais ou menos assim o facto.
SEM DÚVIDA, GRANDES MOMENTOS QUE VIVEMOS POR TERRAS DE CASTELA.
O que tu querias sei eu!
Mas...vá!
Foi mais ou menos assim o facto.
SEM DÚVIDA, GRANDES MOMENTOS QUE VIVEMOS POR TERRAS DE CASTELA.
mas se era pra tratar de um animal não era mesmo um veterinário que era preciso?
Enviar um comentário