sábado, dezembro 29, 2007

O Ancoradouro de Recreio do Eng Ribau

Que não haja duvidas, a minha posição é de que quantas mais marinas, portos de abrigo e ancoradouros exitirem na Ria melhor, sejam em Ilhavo, Aveiro, Vagos, Murtosa, Estarreja ou Ovar.
Participei em várias reuniões na APA a proposito do "talvez" Porto de Recreio de São Jacinto. A ideia que nos transmitiram foi que o contrato de concessão da Marina da Barra previa uma área de protecção em seu redor, e São Jacinto estava nessa área, o que inviabilizava qualquer iniciativa do genero, salvo se autorizada pelo concessionário, que expressamente, numa dessas reuniões, o declinou.
A Caldeira do Forte vai ter um ancoradouro de recreio. O artigo acima, do Boletim Informativo "Municipio de Ilhavo" de Dezembro de 2007, assim o afirma, podendo ver-se na planta os trapiches do "ancoradouro de recreio" com a construção agora adjudicada.
Acontece que o Caldeiro do Forte fica muito mais perto da Marina da Barra que a baía de São Jacinto, está portanto dentro da tal área de protecção, e, mesmo assim, foi autorizado pela Administração do Porto de Aveiro. Será por ser "Ancoradouro de Recreio" e não Porto de Recreio?!!!
Ponha os olhos nisto Dr Élio, não queira ser como os ovos, moles. As Leis são as mesmas em Aveiro que em Ilhavo, se o eng Ribau pode fazer um ancoradouro na Caldeira do Forte, porque não podemos nós, na baía de São Jacinto, fazer três ancoradouros de recreio, com trapiches e tudo.
As embarcações fundeavam-se atracadas, ou atracavam-se fundeadas, ou lá ou que se quizesse, mas estavam lá.

O NVV Veronique foi às Termas a Baiona






Se bem o prometemos, melhor o fizemos.
Nestes dias 27 e 28, para comemorar dois grandes acontecimentos de alcance mundial, as tripulações do NVV Veronique e do NMZM Voyager foram a águas para Baiona.
Tudo começou num pequeno restaurante cujo nome me recuso a revelar, mas que é em Ponteareas, onde, depois de uns miscaros salteados e umas lulas passadas por ovo, nos serviram uma pescada à Galega de muito luxo e umas costeletas de cabrito deliciosas, tudo acompanhado por um Alvarinho e por um Rioja tinto, de estalo ambos.
Chegados às Termas própriamente ditas, foi a hora duns banhos esquesitos, muito esquesitos, de água salgada a altas pressões, simpáticas porém, que me faziam uma sede maluca.
No fim tive de beber meio copinho de água, diz que era da praxe, mas a muito custo e de olhos fechados, e de um trago para custar menos.
Findas as curas de águas rumámos a Baiona onde, num outro restaurante, cujo nome me recuso a revelar, malhamos umas gambas fritas com alho, a laguillo lhe chamavam, seguido de um variado de marisco onde pontificavam as santolas da ria, deliciosas, os percebes, as ameijoas e as ostras, tudo acompanhado pelo tradicional rioja tinto, de muito luxo.
A tradição nas nossas tripulações sempre será o que foi, e de seguida fomos ao meu Bar Fetiche, o MAR Y ARTE.
Esforçados, lá nos serviram o XIN tónico, um balde de Gordons com um pouquinho de água tónica, em exagero na minha opinião, seguido logo de outros dois, tradição é tradição. Saí de lá com uma xiba, carroça, cabra, de se lhe tirar o chapeu.
No dia seguinte foi a hora das massagens.
Meus amigos, termas são termas, e quem não as quer fazer, fica em casa.
As massagens, executadas por jovens e competentes profissionais, começaram nas pontas dos dedos dos pés até aos cabelos mais altaneiros, passando pelas partes pudibundas que imaginais, mas que tendes vergonha de referir. (aqui o pudor e a esmerada educação impedem-me de relatar na integra o ocorrido. Realato apenas que, ao passar pelas ditas partes...ok, não relato nada).
De regresso a Portugal almoçamos num outro restaurante cujo nome, este mais que todos, me recuso a revelar, nem com tortura o faria.
Serviram nos um robalo cozido com algas, já experimentado pelo amigo Jorge Amado, cuja presença alí era profundamente relatada. A acompanhar, o meu preferido Esteva Tinto.
O robalo mais as algas estavam deliciosas, qual lagosta qual lavagante, aquele robalo foi das coisas mais magnificas que já me passou pelo estreito.
As fotosd ilustrativas são genéricas. Convidei o Bolha para a reportagem mas o tipo baldou-se. Não sabe o que perdeu.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Nicolau Tolentino

Pois é, apesar da Drª Osório, que se esforçava à brava para que a rapaziada, sobretudo a oriunda das classes não ilustradas, detestasse a literatura lusa, a outra também, felizmente que debalde, foram ficando recordações dos textos da Selecta.
De tempos em tempos recolho um, e este é dos que mais me vai alembrando.

"...
O colchão dentro do toucado

Chaves na mão, melena desgrenhada,

Batendo o pé na casa, a Mãe ordena
Que o furtado colchão, fofo e de pena,
A filha o ponha ali ou a criada.

A filha, moça esbelta e aperaltada
Lhe diz co´a doce voz que o ar serena:“
Sumiu-se-lhe um colchão, é forte pena!
Olhe não fique a casa arruinada …”

“Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por ter pai embarcado,
Já a mãe não tem mãos?” E dizendo isto,

Arremete-lhe á cara e ao penteado.
Eis senão quando (caso nunca visto)
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado

..."

sábado, dezembro 22, 2007

Antónia Rodrigues

Do site http://www.eraumavezemaveiro.com/ a estória abaixo

"....

Antónia Rodrigues: a heroína de Mazagão Entre a riquíssima história que envolve o período da Expansão, pontuada a cada momento por pormenores sui generis, surge a figura de Antónia Rodrigues.

Natural do Bairro da Beira-Mar (como eu), em Aveiro, onde terá nascido em meados do século XVI (os autores apresentam datas divergentes para o seu nascimento balizadas entre 1560/62 e 31 de Março de 1580), esta personagem representa o espírito aventureiro da epopeia marítima portuguesa, para além de reflectir uma tradição medieval da figura feminina travestida. Em suma, estava-se perante uma maria-rapaz.
Filha de Simão Rodrigues, mareante que participara em viagens à Terra Nova, e de Leonor Dias nasceu num agregado numeroso e de parcos recursos. Terá sido, precisamente, a situação económica da família que motivou a sua ida para Lisboa, para casa de uma irmã já casada. Pouco adepta das tarefas caseiras ditas femininas e alvo de tratamento pouco afectuoso, cerca dos seus quinze anos procura um futuro melhor. O seu costume de conversar com os mareantes, junto à Praça da Ribeira, terá alimentado o desejo de partir à descoberta de novos lugares.
Para conseguir o seu intento disfarça-se de homem, cortando os seus cabelos e vestindo-se com roupas que comprara com o rendimento do seu trabalho de costura.A caravela que se preparava para rumar a Mazagão, no Norte de África, baptizada como Nossa Senhora do Socorro ter-lhe-á soado como o sinal de libertação, pelo que apresentando-se sob o nome de António Rodrigues tenta a sua contratação como marinheiro. Ao comandante invoca uma grave situação familiar como justificação plausível para se entregar a tão dura vida. Sobre a sua vida a bordo várias são as versões. Uma delas revela-a como um excelente navegador, nunca dando azo a dúvidas sobre o seu género, outra diz ter provocado problemas com o capitão terminando expulso no final da viagem.Fosse por iniciativa própria ou por imposição, chegado a Mazagão, António deixa a vida de barco e torna-se soldado na fortaleza local revelando-se hábil no manejo das armas e em combate. Será precisamente no serviço militar que alcançará a glória e o heroísmo. Conta-se que terá sabido da intenção de um ataque muçulmano à fortaleza e do seu desejo de destruição das cearas, um dos bens que, por então, Portugal buscava nessas paragens norte africanas, dada a escassez da produção nacional. Dirigindo-se ao governador da fortaleza para lhe revelar o que se congeminava convence-o a conferir-lhe um grupo de soldados que, sob o seu comando, faria frente ao Infiel. A empresa foi bem sucedida e obteve uma vitória marcante ao ponto de António se tornar num herói e ser elevado a oficial do exército (cavaleiro).A sua grande dedicação e o espirito de camaradagem que desenvolveu com os colegas alinhando sempre na diversão nunca fez desconfiar da sua origem. Para o reforçar terá mesmo inspirado paixões às quais fazia por corresponder. A figura atraente que se dizia ter e o comportamento educado alimentavam o mito em torno da sua personagem e abriam-lhe as portas das melhores famílias portuguesas que aí residiam. No entanto, o grande amor que despertou em D. Beatriz de Menezes, filha de D. Diogo de Mendonça, viria a mudar o rumo dos acontecimentos. O seu devaneio terá sido tão grande que a donzela cai enferma por mal de amor, facto que leva o seu pai, em desespero, a concedê-la em casamento a António como forma de a salvar do seu padecimento. Apesar de se tentar escusar com as mais variadas justificações, entre as quais a da sua inferior condição social, António não consegue demover D. Diogo, tão pesaroso que estava pelo definhar da sua filha, chegando mesmo a pedir a intercessão do governador local. Perante este cenário António vê-se forçado a deixar cair a sua máscara e a contar a verdade. O governador ordena-lhe, então, que se vista de acordo com o seu género.Não obstante a peculiaridade e o rocambolesco da situação, Antónia não é condenada, despertando, sim, a curiosidade geral: todos queriam conhecer o grande herói que, afinal, era... uma heroína. De imediato surgem vários pretendentes vindo a casar com um oficial em serviço em Mazagão. Anos mais tarde, já com um filho, terá voltado a Portugal ficando viúva algum tempo depois. A sua fama de herói permaneceria em terras lusas vindo a ser agraciada, pelo Rei D. Filipe II (de Castela), com a quantia de 200 cruzados, para além de receber uma tença no valor de 10.000 réis anuais e uma fanga de farinha por mês. O seu filho viria a tornar-se moço da Real Câmara.
...."

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Meditação transcendental

O nosso Amigo Licas viajou para Katmandu, dizem que por lá há gajas boas.
Mandou nos agora a seguinte missiva, que passo a traduzir:
"...
Dear Friends
Don`t worry, be Happy. Since I have been visiting NEPAL I became an Hindu Prayer. Then you dont need to spend any time praying; I will pray for you and all your desires will became reality. Life is short and it is an obligation to enjoy it. Have fun and drink the best red wine you can!!! Merry Christmas and a fantastic 2008.
Mario Cruz
..."
Tradução:

"...Cambada
Sendo a vida dois dias e o carnaval três, vivam no carnaval.
Vim à boleia à Ponte da Rata e, sem saber como, vim parar ao Nepal.
Como sou vosso amigo, escusam de amoxar a rezar que eu trato disso por vocês. Conheci aqui umas monjas, ainda minhas primas, de estalo.
Bebam vinho e, quando este faltar, bebam mesmo branco.
A Mary Christmas está cada vez melhor e como o marido, o Pai Natal, está velho, é nossa obrigação tratar da saude à senhora.
Um Bom ano, já agora o de 2008.
Mary Cross
..."


segunda-feira, dezembro 17, 2007

II Grande Regata Oceanica Rias Baixas Aveiro

Decorreram, estão neste momento a decorrer, as II Jornadas Luso Galegas, em Aveiro, com a apresentação à Comunicação Social da II Grande Regata Oceânica Caramiñal>Baiona>Povoa>Aveiro.
Da minha parte só fui aos discursos, quando chegou a hora da janta tive de vir trabalhar.
Algumas das fotos, discursos e embarque em moliceiro pelos canais urbanos de Aveiro até ao Restaurante. (eu comi uma sandocha a caminho da fábrica)

terça-feira, dezembro 04, 2007

Christophe outra vez


Há tudo cheio de tempo que não tinhamos noticias dele.
Aqui vai a carta e uma das fotos:
"...
CARTAGENA DE INDIA...

Cinq pages du calendrier se sont tournées déjà, et alors que nos étraves pointent déjà vers ailleurs, nos souvenirs s'organisent à vous conter Carthagène...
Après tant de turquoise et de sable blanc sous ses quilles, c'est un bout de ponton à l'agonie qui accueille notre valeureux Téou et son équipage incomplet. Marina quand tu nous tient... Le compte à rebours commence, il faut apprivoiser cette nouvelle vie citadine dans l'attente du nouveau membre d'équipage prévu mi-juillet. Pas le temps de chômer, il nous faut silloner la ville à la recherche d'un toubib compétent, d'une clinique équipée, bref d'un lieu "adapté" ( à défaut d' "idéal" ) à cette naissance outre-atlantique. Une semaine fut nécessaire pour régler ces détails administratifs prompts à nous allèger de quelques centaines de grammes de billets verts, et nous pénètrons alors dans une vie moite et passive, entre tourisme et ventilateurs...

Mi-belle, mi-laide, Carthagène est comme l'arrière boutique d'un anthiquaire sans âge. Derrière une vitrine encombrée et poussièreuse se cache un trésor...
Mi-riche, mi-pauvre, sa misère bien camouflée par des authorités bienveillantes, Carthagène est une ville où il fait bon vivre en touriste pas trop curieux. A portée de pieds, et bien à l'abri derrière d'épais remparts qui narguent l'océan, des ruelles étroites et escarpées nous font remonter le temps. Sur des tons ocres et jaune-orangés, des maisons à deux étages et aux balcons de bois fleuris se serrent les unes contre les autres, laissant peu de place a de minuscules trottoirs qui bordent le pavé... On y verrait presque déambuler les frous-frous des jupons colorés des danseuses de Séville...
A défaut de castagnettes, c'est le pas des chevaux qu'on entend, car la vieille ville est fermée aux voitures pour mieux promener le touriste en cariole d'époque.... Enfin presque, car tout de même les taxis y ont accès. Signes distinctifs: une couleur jaune canari et leur joujou favori après Dieu et les femmes : le klaxon ! Pour racoler le client, aborder une fille où éviter de se faire couper en deux par un plus fou que soi, le klaxon résonne à toute heure du jour et de la nuit, c'est une institution ! Mais de la voiture déglinguée au modèle électrique dernier cri, chaque trajet nous offre la compagnie de chauffards... euh pardon, de chauffeurs toutefois charmants et cultivés.
Revenons à nos arcades... Après l'heure chaude, on flâne. Les boutiques nous rappellent que Botero est l'enfant du pays, non las d'être copié et recopié en masse tant ses personnages jouflus ont du succès. La célèbre "gorda Gertrudis" ( la "grosse Gertrude") se prélasse sur son socle alors que les terrasses alentours servent de fraîches bières "Aguila" aux touristes assoifés : le soleil est de plomb, le mercure affiche 35°- 40°C permanent de 9h à 17h... Carthagène se mérite ! Heureusement elle ne manque pas de petites places ombragées et ses robustes bâtisses aux murs épais et portes voutées gardent la fraîcheur.
Des palmiers dans chaque cour, des cours dans chaque maison, et pour les plus belles d'entre elles de fines boiseries minutieusement sculptées ornant chaques colonnes, Carthagène peut inspirer bien des poètes, charmer bien des peintres. Mais ceux-ci doivent se lever tôt ! car sitôt le café avalé, les vendeurs de babioles, T-shirt "i love cartagena" ou souvenirs en tout genre vous guettent à chaque coin de rue, rompant quelque peu le charme de l'instant.... Mais bon, que dire, ils ne sont pas trop insistants, et pour peu qu'on leur accorde un sourire leur bonne humeur efface toute rancoeur !
Pour Timery, Carthagène restera la "place aux pigeons" où, sur le parvis d'une belle église, sont copieusement nourris chaque jour des centaines de ces volatiles dodus et peu farouches, répondant au doux nom de "paloma". Le petit vieux qui vend des sachets de maïs à cet effet est définitivement collé au décor, veillant consciencieusement sur ses petits protégés. Il leur assure la pitance.......et vice-versa !
Au rythme des mariages, des premières communions où des promenades du dimanche, c'est un rendez-vous typiquement Colombien. Les enfants s'en donnent à coeur joie, et Timery peut à loisir y observer d'autres individus de sa taille !
Mais l'heure passe, les sabots des chevaux s'affolent, la nuit tombe et c'est l'heure de rejoindre l'autre Carthagène, celle où l'on vit, celle où l'on dort, celle où l'on traverse la route avec un torticoli garanti à l'arrivée tant il faut viser juste pour sa survie...
De l'autre côté des remparts, ça grouille. Une grande statue de l' "indienne indigène" veille sur la fourmilière humaine qui vend, bricole, marchande, troque, chaparde à l'occasion... C'est déjà plus coloré, on y trouve de tout ou on y perd tout, à chacun de voir....
Pour les gringos que nous sommes ( hé oui, rien à faire, c'est bien marqué sur nos gueules et nos centimètres ! ), les fruits et légumes subissent soudain une inflation galopante; il faut vite dégainer nos trois mots d'espagnol et un sourire éclatant pour que nos bourreaux se détendent, et dans une franche rigolade on repart ami, avec nos avocats et nos mangues sous le bras qui valent bien la petite pluvalue qu'on aura quand même du leur ceder.
Difficile de leur en vouloir ! Contrairement aux autres pays d'Amerique du sud, voire même aux autres villes de Colombie, la vie est très chère à Carthagène. La classe moyenne est quasi inexistante: tu es riche, ou tu es pauvre. Tu vis, ou tu survis. Le salaire minimum d'un ouvrier en bâtiment s'élève à 14 000 pesos jour, soit environs 7 USD, soit le prix d'un camembert en boite au supermarché du coin, à 200 mètres de la marina !!! Le contraste est de taille, et curieusement tout le monde s'en accomode, "asi es"...
Pour le Carthagènois, le passé semble n'avoir pas plus de valeur que l'avenir, vivre au présent est déjà suffisament compliqué. Alors dansons !
Et résonne la musique, et coule la bière, et tournent les dames, ..... et blanches sont nos nuits !!! Moustiques, bateaux-disco, gratteurs de guitare inspirés du petit matin, ou bandes de joyeux lurons de retour de boite auront largement contribué à nous creuser les cernes, abrutir nos esprits et envoyer nos corps se vautrer chaque zenith dans la ô combien délicieusement grande banquette du carré !
Pourtant, il y a dans cette baie bourdonnante moins d'habitants que n'en laisse paraître le décor : des édifices de plus en plus hauts et de plus en plus luxueux sortent de terre après chaque pluie, venant s'aligner aux autres plus vieux, plus abandonnés... Beaucoup sont vides, ou construits trop à la hâte, si bien qu'un jour, un "culo de pollo" ( coup de vent typique à Carthagène durant la saison des pluies pouvant atteindre 40-50 knots en quelques minutes ) suffit à mettre un terme définitif à l'avenir de l'un d'entre eux, lui faisant prendre 10° de gîte en une seule nuit ! Mais derrière cette vilaine armée de buildings gâtant le paysage demeure un esprit de village-campagne où "si l'on ne connait pas ta vie, chacun se l'invente" ( citation:Yoli, pure Carthagènoise ).
Tout ces logements sont donc bien réservés au tourisme, la hauteur des loyers se charge de la sélection.
Les plages de Boca Grande sont effectivement combles les fins de semaines. Le sable est noir, on slalome entre les capsules et les mégots pour rejoindre le bord de l'eau mais l'ambiance est bon enfant. On s'y retrouve en famille, ou entre amis, pour y manger et boire tandis que les enfants sautent dans les vagues... Arrive alors le défilé de vendeurs ambulants: boissons, paréos, glaces, ballons, bijoux, souvenirs, ... tout y passe, on fait non de la tête en cadence, la musique à fond des paillotes nous aident à tenir le rythme. Puis on s'échappe dans l'eau chaude pour mieux apprécier le spectacle... Du typique, du pur, du vrai !
Nous retrouvons là souvent une famille Colombienne que nous avons connu aux San Blas. Timery ne jure plus que par ses nouveaux copains et la piscine du bas de leur immeuble !! Elle y trouva aussi un chaleureux accueil lorsque bébé Antonin commença à cogner à la porte de sortie, un certain 16 juillet vers 1h 30 du matin... Ce souvenir mêlé à tant d'autres bons moments passés ensemble en font de grands amis qui nous furent d'une aide précieuse et nous aidèrent à mieux connaître et comprendre la complexité de cette ville hors du commun.
Boca Grande se situe de l'autre côté de la baie. Du mouillage où sont ancrés les bateaux, on débarque en annexe au "club nautico", l'une des deux marinas de la ville. C'est Manga, quartier ainsi nommé car autrefois poussaient des manguiers de toutes part... Nous y avons passé presque deux mois, à attendre et à se remettre de la naissance d'Antonin (pour ceux qui veulent en savoir plus à ce propos, allez sur notre blog : www.catateou.travelblog.fr).
Une patronne lunatique, un billard, un bar presque toujours en rupture de stock et un personnel affable... pardon, adorable en font un lieu décontracté ( on pèse nos mots ! ) qui en auront enraciné plus d'un !
Quartier résidentiel, les immeubles sont moins haut et une allée piétonne borde le plan d'eau. De 4h du matin à minuit on y marche, on joggue, on s'y étend sur les pontons de la ville ou on y promène ses enfants... ça respire la tranquillité et la douceur de vivre.
En fin d'après-midi, cela devient le rendez-vous des "muchachas" (soit "femme à tout faire", "nounou", "bonnes", "gouvernantes" etc... au choix, selon les employeurs...). Elles sortent les chiens, promènent des bambins ou vont aux courses, les muchachas sont employées dans des familles pour y vivre et y travailler, souvent à vie. Signe extèrieur de richesse, certaines familles en ont deux ou trois, selon les besoins (ou les envies ). On les voit au restaurant, dans les salles d'attente des pédiatres, au supermarché..
Invitée à un anniversaire, Timery se retrouva un jour au milieu d'une quinzaine d'enfants......et d'une quinzaine de muchachas !!! La scène avait son cachet, mais rien de plus normal en Colombie. C'est culturel, comme ce le fut en France il n'y a pas si longtemps encore !
Carthagène c'est aussi le royaume des couronnes... Celles qui attirent les mâchoires du monde entier ! Vous pouvez allier l'utile à l'agréable et vous faire refaire le portail tout en faisant du tourisme, les dentistes ici sont réputés et votre portefeuille ne souffrira point d'anorexie. Nous en avons bien évidement profité pour nous remettre en état, on ne badine pas avec les dents lorsqu'on vit sur l'océan...
D'ailleurs, les jours passent et nous rêvons d'un bain de mer. Antonin a déjà fêté ses 1 mois et l'arrivée à bord de nos familles respectives devient l'alibi parfait pour s'échapper du brouhaha de la ville. Cap aux îles Rosario et San Bernardo, à 20 et 40 milles de Carthagène.
Nos passagers purent se baigner et se régaler de crabes et langoustes alors que l'équipage retrouvait avec délice la saveur d'un camembert, le parfum d'un saucisson... Aux auteurs et porteurs de ces goùts oubliés, Merci !!!
A San Bernardo, nous faisons la connaissance d'un couple atypique tenant une posada construite de leurs mains sur la pointe de l'île. Une halte interressante, vous pouvez vous envoler un instant vers ce petit bout du monde: www.hotelpuntanorte.com
Timery est ravie, elle fait en deux mois la connaissance d'une tante, d'un grand-père et de deux grand-mères... Autant de personnes attentionnées qui s'occupent d'elle et l'aident à vivre au quotidien l'arrivée de ce nouvel "intrus" dans la famille...
Antonin fête ses trois mois, l'équipage trépigne, ça sent le départ.
Une dernière escapade en ville, quelques pas sur les remparts, une glace avec les amis et on rentre au bateau, à l'heure où les chaises sortent sur les pas de porte. C'est l'heure du domino....et d'un dernier verre au club Nautico avec les copains de passage avant de rejoindre le bord.
Au petit matin, après une pluie diluvienne, l'ancre retrouve son balcon, salut les amis !
Nous gardons de ce passage à Carthagène le souvenir de l'extrème gentillesse des gens, leur accueil chaleureux. Nous y avons rencontré des gens ouverts, cultivés, généreux. Nous avons été reçu dans leurs maisons, dans leurs familles, à leurs tables...
On est pas fâché de partir, avouons le, notre vie est ailleurs. Mais nous savons qu'une partie de nous reste là, liée à cette ville où Antonin vit le jour dans la bonne humeur de la nuit...


...Une semaine après, il pleuvait encore.


...."

O seu a seu dono

Comentário Anónimo neste blog:
"....
...E já agora, aproveita para mencionar,lá no canto superior direito da página de abertura,que as palavras que adornam o "Acerca de mim" são da Sophia de Mello Breyner.O seu a seu dono...
...."
Nunca me passou pela cabeça que não identificassem as frases que uso nos cabeçalhos do meu blog.
Mas, como tal pode passar por mentes ou mais maldosas ou menos conhecedoras, aqui vai:

"Quando eu morrer voltarei para buscar / Os instantes que não vivi junto do mar...", Sophia de Mello Breiner Andersen, "Livro Sexto", Inscrição;

"Pois nós que brigamos com o Mar, oito a dez dias a fio numa tormenta, de Aveiro a Lisboa, e estes que brigam uma tarde com um toiro, qual é que tem mais força...", Almeida Garreth em "Viagens na Minha Terra" , episódio de "Os Ilhavos e os Campinos";

"Ide-vos foder ..." Manuel da Pampilhosa e João Madail Veiga em váriadissimas situações.

PHOENIX

Lembra o NVV Veronique a entrar a Barra de Aveiro no ultimo Cruzeiro à Berlenga, embora apenas durante dois ou três minutos, ou o NVR Volare a atravessar impante o Mar da Palha.
E as Valquirias vão a matar.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

II Grande Regata Oceânica Baiona Povoa Aveiro - 3

Vai decorrer em Aveiro, no próximo dia 21 de Dezembro, a 2ª parte das Jornadas Náuticas Luso-Galegas, que culminarão com a apresentação oficial da II GRANDE REGATA OCEÂNICA BAIONA POVOA AVEIRO, cujo programa reduzido foi já apresentado pelo Ventosga no post anterior.

A 1ª parte das Jornadas decorreu, como noticiado pelo Ventosga, em Nigran, na Galiza, na passada semana.

Contarão estas jornadas com a participação das Autoridades Lusas e Galegas que, desde a primeira hora, têm apoiado esta jornada de confraternização náutica entre os dois Povos.

II Grande Regata Baiona Povoa Aveiro - 2

Está definido o programa da Segunda Edição da Regata Baiona Aveiro:
Dia 2 de Maio
Pernada Camariñal (Ria de Arosa) >Baiona
Dia 3 de Maio
Pernada Baiona > Povoa de Varzim
Dia 10 de Maio
Pernada Povoa de Varzim > Aveiro

O programa social será a condizer com a tradição da Avela e prevê-se de categoria superior.
O Desportivo também, avisando desde já que não é só o Pardal que vai correr com aparelho novo, o NVV Veronique também se está a apetrechar para esta Grande Regata Oceânica, tendo já mesmo marcado treinos para o Mar da Palha e para os melhores restaurantes Galegos.

Convocam-se todos os Nautas, Lusos e Galegos(*), para a maior Regata Oceânica do Norte da Peninsula.

(*) Mouros, campinos e bandarilheiros são de igual modo benvindos.

sábado, dezembro 01, 2007

VIVA P O R T U G A L

Portugal é uma nação muito antes de Espanha.
O atrasado mental do Sebastião foi jogar fora, no terreno do mouro, com a cabeça feita pela padralhada, no 'aumento da fé'.
O resultado foi que se lixou, o tio Filipe e os castelhanos vieram por aí abaixo e tomaram conta do torrrãozinho, e tivemos sessenta anos de opressão.
Há 567 anos, bons Portugueses mandaram-nos, aos castelhanos, com o rabo entre as pernas, para Madrid.
A Ibéria continuava a ser uma peninsula de Nações, plural, porque os Lusos assim o quizeram.

VIVA PORTUGAL.

(Vivam também a Galiza, a Catalunha e o País Basco)

quinta-feira, novembro 29, 2007

II Grande Regata Baiona Povoa Aveiro

Decorreu hoje em Nigran, na Galiza, o almoço de apresentação da II Grande Regata Oceânica Baiona-Povoa-Aveiro, a que eu, apesar de convidado, não pude estar presente, por motivos profissionais inadiáveis.
À semelhança da Regata deste ano 2007, a do ano que vêm prevê-se um êxito ainda maior, com uma parte desportiva disputadissima (putadissima, que eu sou bem mandado) e uma parte social concorridissima.
Vão ser duas etapas de Mar, num total de 92 milhas, Jantar em Baiona na Partida, Jantar na Povoa na 1ª pernada e Jantar em Aveiro, apoteose final com distribuição de prémios, discursos dos politicos e dos bem bebidos, que se prevê serem muitos aquela hora.
Notar que a Regata vai ter duas pernadas, ambas ao sábado, o que vai permitir a participação de todos.
O ano passado, e este também, a organização garantiu o transporte terrestre de e para Baiona e de e para Aveiro e Povoa ao nautas participantes.
Contamos com todos, nomeadamente com os nossos amigos mouros e campinos, que certamente não encontrarão grandes dificuldades neste Mar, habituados que estão às tempestades medonhas do Mar da Palha. Aqui contarão apenas com algumas vaguitas entre o Sileiro e Aveiro.
Da parte da Galiza virão muitos veleiros, como em 2007, e da nossa parte os mais competitivos (leia-se, os melhor guarnecidos de garrafeiras).
Vai ser uma grande jornada de confraternização náutica luso-galega. Os Amigos dos Blogs Náuticos da Amizade Luso-Galega estão desde já convocados para em Maio de 2008 se juntarem à II Grande Regata Oceânica Baiona-Povoa-Aveiro

Elisabeth Leite

Par contre, não tendo eu um tão mau feitio assim, também não tenho, em verdade, grandes preocupações sociais. Foi dossier que já fechei.
Este é o meu Elisabeth Leite. Digam lá se não é soberbo!

Lembra a Paula Rego, mas é um óleo e a miuda tem vinte e poucos anos. Promete.

terça-feira, novembro 27, 2007

Ditosa Pátria


"...

Esta é a ditosa pátria minha amada,
à qual se o Céu me dá que eu sem perigo
torne, com esta empresa já acabada
..."
Não mudou grande coisa desde os tempos do Luis Vaz.
A fotografia mostra a baía de São Jacinto, talvez o melhor local de Portugal para um Porto de Recreio, com aguas calmas, profundas e abrigadas. As obras, aqui, resumir-se-iam à colocação dos trapiches.
A concessão para a Marina da Barra, que talvez nunca se faça, implica a inibição de à volta se construir qualquer outra estrutura do género.
Assim, São Jacinto, no concelho de Aveiro, está refém de uma obra que talvez se construa (?????!!!!!) no concelho de Ilhavo.

terça-feira, novembro 20, 2007

CM - Correcção da Manhã

In Correio da Manhã de 13 de Novembro de 2007
"....

A Marinha não encontrou nenhum ‘saco azul’ na Autoridade Marítima Nacional, alegadamente constituído por verbas oriundas da cobrança de multas pela Polícia Marítima (PM), nem detectou ilegalidades na colocação de pessoal militar nas capitanias e nos pagamentos dos vencimentos dos recrutas quando desistem dos cursos

Em relação a esta matéria, “não houve um único caso, nem sequer por via anónima, de ilegalidades”, frisou ontem ao CM o vice-almirante Lopo Cajarabille, responsável pelo inquérito da Marinha.A 30 de Julho deste ano, o CM noticiou a existência de um alegado ‘saco azul’ na Marinha, que seria constituído por verbas das coimas cobradas pela PM e que serviria para pagar aos capitães de portos e a todo o pessoal da PM. E no próprio dia da notícia a Marinha desencadeou um inquérito interno para apurar se havia ilegalidades. O vice-almirante Lopo Cajarabille, vice-chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) até meados deste ano, sublinha que “não foram detectadas ilegalidades e ninguém [do pessoal] ganha um tostão por [cobrar] mais ou menos multas”.
O inquérito apurou que “são seguidos com rigor os procedimentos legalmente estabelecidos para cobrança e distribuição de emolumentos, com base num programa informático que providencia sempre recibo ao utente, inviabilizando desvios do tipo ‘saco azul’. As frequentes inspecções realizadas comprovam o regular funcionamento do sistema”.O inquérito não encontrou “quaisquer indícios” de existência de “‘um sindicato’, uma espécie de organização clandestina, que a troco de dinheiro ou favores conseguiria gerir, pelo menos em parte, as colocações mais apetecíveis de pessoal militar”. A Marinha garante que “as normas actualmente em vigor são muito pormenorizadas, tendo as comissões consultivas permanentes de sargentos e praças sido chamadas a contribuir para a sua feitura”.Por fim, apurou-se também que “não tem qualquer fundamento o alegado desvio de dinheiro dos vencimentos dos recrutas quando desistem dos respectivos cursos”. Para permitir um maior controlo aos próprios destinatários, “a Chefia do serviço de Apoio Administrativo (CSAA), desde Fevereiro de 2007, deixou de transferir as verbas relativas ao pagamento aos recrutas para a Escola de Fuzileiros, passando a enviar cheques nominativos que são devolvidos à CSAA se não puderem ser entregues aos destinatários”.

APONTAMENTOS
COIMAS
As receitas das coimas da Autoridade Marítima são distribuídas, segundo a lei, pelo Estado e outros organismos. Estas verbas não pagam despesas com pessoal.
EMOLUMENTOS
Os emolumentos são uma compensação financeira mensal dada ao pessoal em serviço na Autoridade Marítima. As verbas são provenientes das receitas geradas nos portos.
COLOCAÇÕES
A Marinha garante que em matéria de colocações de pessoas nas capitanias “é feita uma análise comparada de um conjunto alargado de elementos do processo individual para escolher a pessoa indicada, impedindo quaisquer influências exteriores na nomeação e colocação de pessoal”.
NOTA EDITORIAL
Após averiguações internas e contactos externos para análise de todo o material disponível, a Direcção do Correio da Manhã não pode deixar de assumir que o jornal errou em várias passagens dos artigos que deram origem à manchete “Polícias Marítimos Ganham nas Multas”, publicada a 30 de Julho. Como a nossa relação com os leitores sempre se caracterizará pela lealdade e total lisura, aqui estamos para reconhecer o erro, que teve como ponto de partida a confusão feita pelo jornalista entre “emolumentos” e “multas”. Também a Armada é credora, neste particular, de um pedido de desculpas pelo deficiente tratamento da informação. Na constante busca do aperfeiçoamento, e no sentido de evitar futuras situações de menor qualidade na informação, o CM enveredou por uma alteração dos procedimentos internos que em virtude do sucedido considerou necessária.
...."

segunda-feira, novembro 19, 2007

A Barra de Mira

Sábado à noite fomos à Barra de Mira, alí onde foi a ultima comunicação natural do Mar com a Ria de Aveiro e onde os Galegos da Pesca Nova vão pôr os aviários de pregados.
Mas o objectivo era outro, era ouvir a banda da Teresinha e, já agora, provar a vitela no forno dos gajos da Quinta de São José.
A surpresa foi grande. Não é que a banda atacou, logo de entrada, para não dar abévias, com um Gershwin, continuou com Kurt Weil, passou por Coltrane e Jobim, entre outros?!!!!
Ficamos parvos dos ouvidos, os miúdos eram mesmo bons, o teclas, líder do grupo, tinha swing nas unhas, o baixo transpirava ritmo, o ritmo transpirava melodia e a Teresinha, nas banquetas, impunha ordem no improviso da rapaziada.
Nem me lembrei que o arroz valenciano estava uma merdaça e que a vitela, se bem que saborosa, já devia ser vaca há muitas décadas.

sexta-feira, novembro 16, 2007

J'ai fait la Guerre....


Frase que ouvi uma gaulesa a berrar, num passeio de Pigalle, a segurar uma ciganita que a tinha tentado roubar há instantes.
Da minha parte, enquanto trabalhei para eles, todos os anos os levavamos em peregrinação ao Buçaco.
Mas são grandes marinheiros, não usam arnezes, mas são grandes marinheiros.
Essa é que é essa.

segunda-feira, novembro 12, 2007

hermitacio

As coisas que nos passam pela cabeça, ir à capital ver os quadros dos romanoves. Livra, estou doente, tenho de ir à psicanálise.
Enfim, muita gente da minha terra pelas bandas da cidade, um jantar no Alfaia e outro almoço na Portugália à beira rio valeram a biage.
A vontade de ir á Lisboa Arte era grande, gastar uns cobresitos, mas a bixa de 3 horas para comprar bilhete e entrar fez-me largar para Aveiro quase de imediato.

Ainda deu para verificar no local a dificuldade que as gentes daqui têm a passar o Mar da Palha, e apesar de neste sábado as ondas terem apenas 12 cm, 13 cm vá, um yolle de 4 que para lá se dirigia, arribou de imediato, às ordens do arrais, para a doca de Alcantara, não fosse o diabo tecê-las.
Na Marina Oceânica de Alhandra fomos recebidos principescamente pelo Presidente da Direcção, pelo Presidente do Conselho Fiscal e pelo Presidente da Assembleia Geral da M.A.M.A. que nos mostrou ( o singular não é gralha) as instalações do Clube e nos alertou para, quando cruzassemos o Mar da Palha, evitarmos as baixas pressões e as frentes frias e quentes, frequentes naqueles Mares (do fim do Mundo).
Enfim, a chegada à Boavista foi a tempo de jantar um expreplêndico Tagliatelli ao Salmão com Caril e outras Especiarias que, à falta de sal, estava muito bom.
O Douro também estava.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Amizade Luso Galega

O Benfica ontem deu-me mais um desgosto. Tinha um record tão lindo, a maior cabazada levada numa competição europeia, sete secos com o Vigo, e perdeu esse record ontem, inglóriamente, para os ucranianos.
Tenhamos fé, o record ainda vai voltar para a Luz, aí com dez ou onze a zero. Deem tempo ao tempo.

A "minha" Galiza




De regresso da Biscaia, com um marzinho de fazer inveja ao Mar da Palha, eu, o MMMMMBAS, o arrais de gaivotas Bolha, o médico de bordo Pargana e o NVV Veronique, ao largo das Cizargas.

Sorteio de livros em Português e Galego

BASES DO SORTEO CM DA AMIZADE GALEGO-PORTUGUESA


REGULAMENTO DO SORTEIO CM DA AMIZADE GALEGO-PORTUGUESA


1. Objectivo

A divulgação da Cultura Marítima e do património material e imaterial marítimo que nos têm legado as comunidades marinheiras assim como o mar como meio natural, é a motivação que nos move, como administradores de páginas electrónicas de temática marítima, a promover o Sorteio Cultura Marinheira da Amizade Luso-Galega. Temos como principal objectivo transmitir que um aspecto destacado da cultura marinheira é a amizade entre os povos, o respeito e o conhecimento mútuos através do mar e, em particular, dos povos galego e português.

2. Livros a sortear

2.1. Sorteamos os seguintes livros em galego:
- «O Patrimonio Marítimo de Galicia», de Dionisio Pereira. Editora FGCMF Oferta da Federación Galega da Cultura Marítima e Fluvial. Exemplar com dedicatória e assinatura do autor;
- «Lanchas e Dornas», de Staffan Mörling. Editora Xunta de Galicia. Oferta da Libraría Sisargas
- «A Odisea», de Homero. Editora Toxosoutos. Oferta da Libraría Sisargas.
- «O bote polbeiro de Bueu», de Fidel Simes . Editora Xunta de Galicia. Oferta do Grupo de Cultura Mariñeira da Asociación Cultural O Xeito.

2.2. Sorteamos os seguintes livros em português:
- «Cais e Navios de Lisboa», de Luís Miguel Correia. Oferta do Autor. Exemplar com dedicatória e assinatura do autor;
- «História do Batel Vae com Deus», de Raúl Brandão, Editora Edieum. Oferta da Livraria Luso-Galáica «Orfeu»;
- «A noite abre meus olhos», de José Tolentino Mendonça, Editora Orfeu. Oferta da Livraria Luso-Galáica «Orfeu».
- «A Campanha do Argus, de Alain Villiers. Oferta de Mar Adentro Ventosga.

3. Participantes

Integram o sorteio os administradores de páginas electrónicas escritas em qualquer das línguas oficiais dos povos da Península Ibérica, que participem realizando comentários nos blogues promotores. O direito a um boletim para o sorteio adquire-se pela participação em cada um dos blogues promotores, até a um máximo permitido de seis boletins. Aos agraciados ser-lhes-ão remetidos os livros para o endereço postal que indicarem. O espaço geográfico em que se desenvolve a iniciativa é a Península Ibérica, sem prejuízo de valorarmos a possibilidade de ampliar o âmbito territorial do sorteio em função dos pedidos recebidos e do eventual aumento dos gastos de envio que tal implique.

4. Período de participação

O período de obtenção de boletins de participação decorre desde a publicação do presente Regulamento em cada blogue promotor até 31 de Dezembro de 2007 (inclusive), realizando-se o sorteio na segunda semana de 2008 no local das livrarias promotoras através do sistema da «mão inocente», garantindo os responsáveis da libraria e dos blogues promotores a correcta realização do mesmo.

5. Livros em Língua Portuguesa

Os livros em Língua Portuguesa são sorteados entre os bloguistas que tenham participado nos blogues galegos na Libraría Luso-Galáica «Orfeu», de Joaquim Pinto da Silva, em Bruxelas. Rue du Taciturne, 43 Willem de Zwijgerstraat Bruxelles 1000 Belgique. Telefone: +32(0)27350077. URL: http://www.orfeu.net

6. Livros em Língua Galega

Os livros em Língua Galega são sorteados entre os bloguistas que tenham participado nos blogues portugueses na Libraría Sisargas, de Roberto Castro, en Rúa Curros Enriquez, 9 15002, A Coruña, Galiza. Telefone: +34(0)981200082. Correio Electrónico: libreriasisargas@gmail.com

7. Bloguistas promotores:

Sailor Girl, do blogue «Atlântico Azul»
Luis Miguel Correia, do «Blogue dos Navios e do Mar»
João Veiga, do blogue «Mar Adentro-Ventosga»
O Fartura, do blogue «Singradura da Relinga»
Manuel, do blogue «Homes de Pedra en Barcos de Pau»
Lino, do blogue «Amigos da Dorna Meca».

8. Bloguistas apoiantes:

Adquirem o estatuto de bloguista apoiante do Sorteio CM da Amizade Galego-Portuguesa todos aqueles que nas suas páginas electrónicas publiquem uma entrada com o presente Regulamento e incluam as ligações dos blogues promotores nas suas recomendações, comunicando-o a Sailor Girl e a O’Fartura, o que lhes confere o direito à obtenção de sete boletins suplementares de participação no Sorteio.

Amigas e amigos, até 31 de Dezembro do 2007, administrar um blogue e navegar participando activamente nos blogues promotores do Sorteio CM da Amizade Luso-Galega dá direito a prémios!... Sem mais, recebe um abraço marinheiro. Participa e boa sorte!!!...



1. Objectivo

A angueira da difusión e socialización da Cultura Mariñeira, concebida como concepto integral que acolle o patrimonio material e inmaterial marítimo que nos teñen legado as comunidades mariñeiras así como o mar como medio natural, é a motivación que nos impulsa como administradores e administradoras de bitácoras de temática marítima a promover o Sorteo Cultura Mariñeira da Amizade Luso-Galega. Temos como obxetivo transmitir que un aspecto destacado da cultura mariñeira é a amizade dos pobos desde o respeto e o coñecemento mutuo e a través do mar, e singularmente dos pobos galego e portugués.

2. Libros a sortear

2.1. Sorteamos os seguinte libros en galego:
- «O Patrimonio Marítimo de Galicia», de Dionisio Pereira. Editora FGCMF Oferta da Federación Galega da Cultura Marítima e Fluvial. Exemplar con adicatoria e asinatura do puño do autor;
- «Lanchas e Dornas», de Staffan Mörling. Editora Xunta de Galicia. Oferta da Libraría Sisargas
- «A Odisea», de Homero. Editora Toxosoutos. Oferta da Libraría Sisargas.
- «O bote polbeiro de Bueu», de Fidel Simes . Editora Xunta de Galicia. Oferta do Grupo de Cultura Mariñeira da Asociación Cultural O Xeito.

2.2. Sorteamos os seguinte libros en portugués:
- «Cais e Navios de Lisboa», de Luís Miguel Correia. Oferta do Autor. Exemplar con adicatoria e asinatura do puño do autor.
- «História do Batel Vae com Deus», de Raúl Brandão, Editora Edieum. Oferta da Livraria Luso-Galáica «Orfeu»;
- «A noite abre meus olhos», de José Tolentino Mendonça, Editora Orfeu. Oferta da Livraria Luso-Galáica «Orfeu».
- «A Campanha do Argus, de Alain Villiers. Oferta de Mar Adentro Ventosga.

3. Participantes

Entrarán no sorteo os administradores e administradoras de bitácoras, escritas en calquera das línguas oficiais dos pobos da Península Ibérica, que participen realizando comentarios nos blogs promotores. O dereito a un boleto adquírese pola participación en cada un dos blogs promotores sendo o máximo posible seis boletos. Aos agraciados ou agraciadas seranlles remitidos os libros por mensaxería ao seu enderezo postal. O espazo xeográfico no que se desenvolve a iniciativa é a Península Ibérica, aínda que valoraremos a posibilidade de ampliar o ámbito territorial do sorteo en función das solicitudes recibidas e do incremento dos gastos de envío que a ampliación supoña.

4. Período de participación

O período de obtención de boletos de participación abrangue desde a publicación das presentes bases en cada blog promotor ata o 31 de decembro do 2007 incluido, realizándose o sorteo na segunda semana do 2008 no local das librarías promotoras a través do sistema da man inocente, garantizando a limpeza do sorteo os responsables da libraría e dos blogs promotores.

5. Libros en Língua Portuguesa

Sortearanse os libros en Língua Portuguesa entre os blogueiros e blogueiras que teñan participado nos blogs galegos en: Libraría Luso-Galáica «Orfeu», de Joaquim Pinto da Silva, em Bruxelas. Rue du Taciturne, 43 Willem de Zwijgerstraat Bruxelles/Brussels 1000 Belgique/België. Tfno: +32(0)27350077. Bitácora: http://www.orfeu.net

6. Libros en Língua Galega

Sortearanse os libros en Língua Galega entre os blogueiros e blogueiras que teñan participado nos blogs portugueses na: Libraría Sisargas, de Roberto Castro, en Rúa Curros Enriquez, 9 15002 A Coruña Galiza Tfno: +34(0)981200082. Correo Electrónico: libreriasisargas@gmail.com

7. Blogueiros e blogueiras promotores:

Sailor Girl, de «Atlântico Azul»
Luis Miguel Correia, de «Blogue dos Navios e do Mar»
João Veiga, de «Mar Adentro-Ventosga»
O Fartura, de «Singradura da Relinga»
Manuel, de «Homes de Pedra en Barcos de Pau»
Lino, de «Amigos da Dorna Meca».

8. Blogueiros e blogueiras adheridos:

Adquirirán o carácter de blogueiro ou blogueira adherida ao Sorteo CM da Amizade Galego-Portuguesa todos aqueles que nas súas bitácoras publiquen unha entrada coas presentes bases e incluan as ligazóns dos blogs promotores nas suas recomendacións, comunicándollo a Sailor Girl e a O’Fartura, o que dará dereito á obtención de sete boletos de participación no Sorteo.

Amigas e amigos, ata o 31 de decembro do 2007 administrar un blog e navegar participando activamente nos blogs promotores do Sorteo CM da Amizade Luso-Galega ten premio.

John Masefield

I must go down to the seas again, to the lonely sea and the sky,
And all I ask is a tall ship and a star to steer her by,
And the wheel's kick and the wind's song and the white sail's shaking,
And a grey mist on the sea's face and a grey dawn breaking.
I must go down to the seas again, for the call of the running tide
Is a wild call and a clear call that may not be denied;
And all I ask is a windy day with the white clouds flying,
And the flung spray and the blown spume, and the sea-gulls crying.
I must go down to the seas again, to the vagrant gypsy life,
To the gull's way and the whale's way where the wind's like a whetted knife;
And all I ask is a merry yarn from a laughing fellow-rover,
And quiet sleep and a sweet dream when the long trick's over

domingo, novembro 04, 2007

Alfonso Castelao

é seguro que Galiza e Portugal se axuntarán algún día

¿Con que dereito se nos obriga a deprendermos a lingua de Castela
e non se obriga aos casteláns a deprenderen a nosa?

os galegos tiñan unha cultura anterior e superior á de Castela,
e contaban con institucións foraes que concedían aos labregos un
comezo de propiedade
os ingleses aldraxan aos escoceses; os franceses aos bretóns; os
casteláns aos galegos. E todos eses aldraxes non son máis que un
recoñecemento tácito do "carácter nacional"
A partir de Galiza e de Asturias foise gañando aos mouros o que
despois soio sirveu para engrandecer a Castela.
Nós queremos ser hespañoes, pero a condición de que este nome
non nos obrigue a sermos casteláns.
Pero dentro de Portugal quedounos a mitade da nosa terra, do noso
espírito, da nosa lingua, da nosa cultura, da nosa vida, do noso ser
nacional.


Alfonso Daniel Manuel Rodríquez Castelao naceu na parroquia de Santa Comba e vila de Rianxo (A Coruña) o 30 de xaneiro de 1886, as 10 horas, e morreu no hospital do Centro Galego da cidade de Bos Aires (a Arxentina) o 7 de xaneiro de 1950, as 23 horas.
O día 9 foi enterrado no cemiterio da Chacarita, no panteón do devandito centro, desde once foi trasladado a Galicia, ó Panteón de Galegos Ilustres, en San Domingos de Bonaval (Santiago), o 28 de xuño de 1984.
Foi o fillo máis vello de Mariano Rodríguez de Dios, mariñeiro (segundo a partida de bautismo de Alfonso) e de Xoaquina Castelao Genme (así escrito o segundo apelido na citada fonte), os dous naturais de Rianxo.

A nai falecerá o 24 de xaneiro de 1945, sen ter diante o seu fillo.
En 1895 emigrou con súa nai a Arxentina, a onde emigrara antes o pai. Este radicárase preto de Bernasconi (A Pampa), onde naceron Teresa (aínda viva en 1999) e Xosefina, irmás de Alfonso.
Volveron nai e fillos a Rianxo en 1900 (e o pai pouco despois), ano en que Alfonso ingresa no Instituto de Santiago (29 de setembro), onde estudia por libre o bacharelato en tres anos. Acada o grao de bacharel o 18 de xuño de 1903, ano en que comeza Medicina, tamén en Santiago, na que se licencia o 9 de xuño de 1909, segundo consta no Arquivo Histórico Universitario (atado 1225, núm. 16).

O 28 de setembro deste ano expídense certificacións oficiais desde Santiago para a Universidade de Madrid, na que Castelao pensa doutorarse, o que nunca fará.
Volve a Rianxo, casa na Estrada (Pontevedra) con Virxinia Pereira Renda o 19 de outubro de 1912, e teñen un fillo en 1913, Alfonso Xesús, que morrerá o 3 de xaneiro de 1928.
En 1915 aproba oposicións a funcionario do Instituto Geográfico Estadístico, e obtén praza en Pontevedra, once residirá ata 1936. O 18 de xullo deste ano, inicio da Guerra Civil, está en Madrid, a onde fora para lle presentar ó Presidente das Cortes o Estatuto de Autonomía de Galicia, aprobado o 28 de xuño de 1936. Ata 1938 permanece en España. A partir deste ano viaxa a Rusia, Estados Unidos e Cuba.

En 1940 radícase definitivamente na Arxentina.

(Oh pá, não sei agrupar os links do grupo "Amizade Luso- Galaica"!!!!!!!)



terça-feira, outubro 30, 2007

Porto 2007, a crónica


Pelas 0800 do dia 27 de Outubro, do ano da graça de 2007, largava donairoso do cais de Saint Jacint sur Mer, o NVV Veronique, rumo ao Mar Oceano, virando pouco depois da Barra à direita, ao Norte, vá, com Rv=22º, se bem que o filho da mãe do vento não deixasse e tivessemos que navegar umas boas milhas por Mar Adentro, nos 345º
Para manter a tradição, o Policia de Serviço, desconfio que foi o filho do alentejano Bonito Galacho, estava a meditar e só depois de muita insistencia respondeu, ainda que com a voz do filho do alentejano Bonito Galacho.
A tripulação do NVV Veronique, para além de minzinho, o MMMMMBAS, era composta pelo arrais de gaivotas e fotógrafo de serviço Bolha, pelo amotinado João Christien Fletcher Pargana, Médico de Bordo, e pelo passageiro secretário geral da M.A.M.A, bandarilheiro de 2ª e marinheiro de 1ª, João Rodrigues.
À parte alguns piquenos problemas de circunstâncea, a viagem correu bem, malgrado 50% da tripulação ter enjoado (1) naquelas vagas alterosas, a rondar os 42,5 cm, 43 cm vá.
A entrada na Barra do Douro fez-se com pompa e com a tradicional garrafa de champanhe, Diamante Negro, expreplêndica.
(sobre a autorização de atracar no Cais de Gaia não me pronuncio, estou a concorrer para secretario geral de um organismo publico e não me quero lixar)- (Oh JR, leste os emails de autorização?)
Um telefonema ao meu amigo Rui e lá estavamos nós a atracar no Cais da Estiva Velha, na Ribeira mesmo, magnífica.
A noute foi linda, com fogo de artificio em nossa honra, que me custou os olhos da cara, mas, as organizações Veiga, que correm que nem manteiga, foram e são assim, excelentes.
No regresso, até Espinho, a velejada foi de muito, muito mesmo, luxo. Um través com vento de leste na casa do 20 nóses e o NVV Veronique a chegar ao 7 e 8 nósinhos, sem espinhas. Depois fecharam as janelas e o vento só regressou para sul da Torreira.
Na entrada da Barra de Aveiro, outra vez com a pompa devida e com nova garrafa de champanhe, que foi aberta e malhada.
Já no cais de Saint Jacint sur Mer o comandante Licas aguardava a flotilha com uns camarõesinhos e mais uma garrafinha de champanhe, que uma só até podia fazer mal.
Ah, aprendi que as ondas no Mar Oceano são mais calminhas que as do Mar da Palha, que consta poderem passar os 43 cm, o que por aqui raramente acontece.
PS: A fotografia é do Bolha, já na fase da tecnica "Quase Sem Luz".
Reparem nas duas marujas tripeiras em primeiro plano, e no casal de marinheiros logo a seguir, a despedirem-se, pois ele vai embarcar em breve para a Terra Nova.
(1) Chamo a atenção, uma vez mais, para a elegancia com que o modesto autor destas linhas trata este tão delicado assunto, evitando dizer quem estava enjoado que nem uma pescada, embora possa adiantar que o nome começava por
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx(censurado)
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
O MMMMMBAS esteve, como sempre, à altura das suas responsabilidades.

segunda-feira, outubro 29, 2007

REUNIÃO AVELA

A pedido do nosso Presidente Paulo Reis, convoca-se uma reunião com caracter de URGÊNCIA para esta quarta feira dia 31 de Outubro, pelas 21h30m na sede da Avela na Lota Velha.
Trata-se de decidir o que fazer com o nosso pontão da Lota Velha, que necessita de intervenção ao nível dos tubos de suporte dos trapiches.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Porto 2007

A APDL reservou-nos o Cais de Gaia para atracarmos.
A Preia Mar na Barra do Douro no dia 27 é às 1519 UTC (1619 legais).
A maré é viva e forte (Lua CHEIA a 26) , pelo que é melhor entrar antes das 1619.

Proponho saída às 0800 de São Jacinto, a 5 nós devemos chegar à Barra do Douro pelas 1400.
De 27 para 28 muda a hora, passa a hora legal a ser igual à UTC
Baixa Mar na Barra do Douro a 28 é às 0950 UTC=legais.
A saida da barra deverá ser depois desta hora.

Sol, dados para o Porto:
27/Out >> nasc 0659 ocaso 1737 (UTC)
28/Out >> nasc 0700 ocaso 1736 (UTC)

Este ano não marco jantar, ide-vos lixar(1). Já basta o que ouvi o ano passado, marquem vocês.

Em Gaia há muitos restaurantes, a começar pelo Tromba Rija, para quem tenha muita fome.

A primeira lancha do Forte para São Jacinto sai às 0720, pelo que dá tempo de chegar, aparelhar as embarcações e largar à Barra e ao Mar.

Bons ventos, lá nos encontraremos.


(1) Reparem na forma educada e polida com que o modesto autor destas linhas trata este tão delicado assunto. Outro qualquer teria simplesmente mandado foder os intervenientes, mas esse linguarejar é completamente interdito neste espaço de intervenção cívica.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Concurso


Já que estamos em maré de concursos bloguers, também lanço o meu:
A presente fotografia representa o inicio de uma merenda em Abril passado.
1ª pergunta: nome do restaurante e localidade?
2ª pergunta: quantas duzias de finos os três convivas beberam nessa merenda?
3ª pergunta: quantas curvas deu o NVV Veronique até se imobilizar completamente, atracado na Lota Velha?
A resposta correcta às 3 perguntas dá direito a uma fotografia autografada da tripulação do NVV Veronique, composta pelo arrais de 2ª Bolha, o imediato João Christian Fletcher Pargana, médico de bordo, e por mim, o MMMMMBAS.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Cabo de São Vicente


Era Agosto do ano passado.Fotografias minha, a 7 milhas do Cabo de São Vicente e da M.A.M.A com sulada rija no Tejo.

terça-feira, outubro 16, 2007

Veronique, Hamburg

Ao vasculhar pastas de CDs antigos dei conta desta, ainda com o pavilhão germânico, encostado ao António Cação, então a ser desmantelado no Mestre Alberto.
Foi neste "arrastão" (1) que o sr Georg caíu, foi aqui atracado que me chamou a atenção.

(1) Ver comentário anexo.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Bota Abaixo




Depois de nove anos, onze meses , vinte e dois dias e algumas horas de aturados esforços de construção, 10 anos vá, o nosso Amigo Alfredo Vizinho, o Ripinhas (nick name derivado do convés do seu novo veleiro), procedeu, perante avantajada e entusiasmada assistência, ao bota abaixo do Sussurro, elegante Van de Stadt de fibra e teca.
Adivinham-se já grandes sestas no Sussurro, nome deveras apropriado, nas tardes solarengas e outonais que se aproximam, na Marina da Bruxa.
Seguiu-se brilhante vernissage a que não pude asistir por me ter perdido da comitiva logo após a cerimónia. A verdade é que me dirigi para o Bar da Bruxa enquanto o Sussurro era amarrado a um dos fingers, ainda malhei uma empalhada e dois fininhos, mas quando dei conta, já não dei conta dos bota abaixantes. Uma pena.
PS: Reparem no tradicional ramo no mastro e no Comandante Delmar ao leme numa das fotos.
Na outra vê-se o Alfredo Ripinhas na proa.


Duelo de Mega-Fones


Depois do Bolha ter adquirido nos chineses, para o NVV Veronique, um Mega Fone com que eu, o MMMMMBAS, passei a enviar para a embarcação as ordens de faina Geral de qualquer coisa, mastros por exemplo, este Mega Fone fez a inveja da flotilha da Avela atracada no Porto de Recreio de Saint Jacint sur Mer.
Acontece que os Comandantes Licas e Berna se dirigiram, igualmente aos chineses, para adquirir identicos equipamentos.
Este domingo foi bonito de se ver pedirmos os copinhos de branco e de champanhe, uns aos outros, ao som dos Mega Fones.
Foi ao som do Mega Fone que provei um branquinho de luxo, da Adega Cooperativa da Mealhada, premiado pois, de muito luxo.
As lanchas da carreira e os cacilheiros, esses, continuam a só conhecer duas velocidades, parado e à vante a toda a força. Precisam de fazer uns cursos, da CEE de preferência.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Aniversário AVELA


A pedido do Presidente Paulo Reis

Informam-se os sócios e Amigos da Avela que o aniversário da nossa Associação decorrerá, este ano, em São Jacinto, no próximo sábado dia 20 de Outubro.
Constará de um DIA ABERTO de VELA em que se solicita aos sócios armadores que disponibilizem as embarcações para um passio à vela ao Mar ou ao Muranzel, conforme a meteorologia, com a população de São Jacinto como convidados.
Nesse sentido é favor comunicar essa disponibildade com URGENCIA ao Presidente Paulo Reis.
Ao fim da tarde será desmanchado um porco, ou mais, ao carvão, nas piscinas de São Jacinto.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Porto 2007


No próximo fim de semana de 27 e 28 vamos outra vez ao Douro.
O Toni está a arrebanhar veleiros para a grande penetração no rio Douro, que só se realizará se o Mar estiver até os quatro metritos de ondas.
Dos cinco metritos para cima vamos fluvialmente até à Torreira e de lá até ao Bico (da Murtosa) malhar uma caldeiradona. Sim, que para apanhar porrada, já bastam as nossas casas e os nossos trabalhos.
Digam lá se não é um programa de muito luxo.
Todos ao Toni apresentar as inscriçõeeeeees....

Requiem

Os cemitérios estão cheios de gajos porreiros.
Muitas vezes assim será, faço parte do rol dos ingénuos que acredita que as pessoas tem sempre um lado bom, que prevalece sempre, e que as circunstancias tramadas da vida impedem esse lado bom de se manifestar. Enfim, crendices.
Deste, desculpem-me, só me lembro, porque assisti, das faltas intermináveis ao emprego, onde só aparecia muito de vez em quando, e quando aparecia era no snack bar do rés do chão com as namoradas, da sobranceria com que pedia o “scotch” e tratava os subordinados, da mulher em casa a tratar dos filhos e ele a passear as amantes, das jogadas aparatchiks empregantes de bastidores.
Terá sido importante e terá tido as suas coisas boas, acredito, e inúmeras.
Só que agora não me estou a lembrar de nenhuma.

sábado, outubro 06, 2007

A Minha Terra


Com a devida vénia ao ILHAVENSE e à Dª Maria José Cachim, aqui reproduzo um texto delicioso, a alembrar-me a minha mais tenra infância. Lembram-se deste dialecto, oh João David e Zé Angelo?!!!!

quarta-feira, outubro 03, 2007

kAMAKAWIWO


Eis o cantor, morto em 97 com 38 anos de obesidade morbida.
Tocava o cavaquinho hawaiano e cantava como se ouve.
Não há surfista, nem 'Sea Lover' que o não conheça

Israel Kamakawiwo




No duelo de arco iris, o autentico, o radical, o hawaiano

Peregrinação

Diogo Soares
O grande general
Chamado "o Galego"
O homem dos olhares fatais
Comanda sessenta mil homens
De terras estranhas
Vencedo e lutando
Por quem paga mais
Eficaz nos sermões
Insinuante pois
Ganhou a simpatia
De príncipes e samurais
Já é governador
Do reino de Pegu
Mais forte do que o rei
Mais rico por golpes mestrais
Naquela cidade
Vivia um mercador
De nome Mambogoá
De fortuna sem fim
E naquele dia
O dia das bodas
Casava uma filha
Com Manica Mandarim
Diogo Soares passou por ali
Ao saber da festa
Felicitou noivos e pais
E a noiva tão linda
Ofereceu-lhe um anel
Agradecendo a honra
Por gestos puros e sensuais
Então o galego
Em vez de guardar
O devido decoro
Prendeu-a e disse-lhe assim:
"Ó moça formosa
És minha, só minha
A ninguém pertences
A ninguém, senão a mim"
O pai Mambogoá
Ao ver pegar o bruto
Tão rijo na filha
Ouvindo este insulto de espanto
Levantou as mãos aos céus
Os joelhos em terra
No retrato da dor
Pedindo e implorando num pranto
"Eu peço-te Senhor
Por reverência a Deus
Que adoras concebido
No ventre sem mancha e pecado
Não tomes minha filha
Não leves meu tesouro
Que eu morro de paixão
Que eu morro tão abandonado"
Mas Diogo Soares
Mandou matar o noivo
Que chorava abraçado
À moça assustadaTremendo
E a noiva estrangulou-se
Numa fita de seda
Antes que a possuísse
À força o sensual galego
A terra e os ares
Tremeram com os gritos
Do choro das mulheres
Tamanhos que metiam medo
E o pai Mambogoá
Pedindo pelas ruas
Justiça ao assassino
Acorda a cidade em sossego:
"Ó gentes Ó gentes
Saí como raios
Na ira das chuvas
Na ventania do açoite
E o fogo consuma
Seus últimos dias
E lhe despedace
As carnes no meio da noite"
Em menos de um credo
Numa grande grita
P'lo amor dos aflitos
Juntou-se ao velho o povo inteiro
Com tamanho furor
E sede de vingança
Arrastaram-no preso
Diogo Soares ao terreiro
E o povo a clamar
Que a sua veia seja
Tão vazia de sangue
De quanto está o inferno cheio
E subiu ao cadafalso
Cada degrau beijou
Murmurando baixinho
O nome de Jesus a meio
Seu filho Baltasar Soares
Que vinha de casa
O qual vendo assim
Levar seu pai
Lançou-se aos seus pés a chorar
E por largo tempo abraçados
No abraço dos mortais
"Senhor porque vos levam
Cruéis e vingativos
Senhor porque vos batem
E porque vos matam medonhos?"
"Pergunta-o aos meus pecados
Que eles to dirão
Que eu vou já de maneira
Que tudo me parece um sonho"
E foram tantas pedras
Sobre o padacente
Que este morreu bramindo
O rosário dos seus pecados
Ensopado na baba
Do ódio dos homens
Escuma animal
De todos os cães esfaimados
As crianças e os moços
Trouxeram seu corpo
Sem vida pelas ruas
Arrastado pela garganta
E a gente dava esmola
Oferecida aos meninos
Dava como se fosse
Uma obra muito pia e santa
Assim terminam os anais
Do grande general
Chamado "o Galego"
O homem dos olhares fatais.»