quarta-feira, março 24, 2010

AVISO GERAL À NAVEGAÇÃO

All ships, all ships, all ships....
Nos canais da Ria de Aveiro navega uma embarcação desgovernada, o NVV Veronique, com o Arrais Bolha ao leme.
Solicita-se Resguardo.

terça-feira, março 23, 2010

IIª Grande e Imponente Recepção aos Veleiros do Norte

Do Norte mesmo, do Porto, de Leça, de Vila do Conde e da Póvoa.
O Programa, elaborado à mesa de diversos e múltiplos Restaurantes e Estâncias Termais, está descrito abaixo, em Português AAO (*)

Dia 1 de Maio, Sábado
A flotilha Nortenha, em ETD a definir pelos próprios, largará de Leça com rumo à Ria de Aveiro.
A ETA deverá ser antes das 17h02m UTC, hora da Preia Mar, vivaça.
Dirigir-se-á ao Porto de Abrigo da Caldeira do Forte, onde pernoitará.
Não sem antes embarcar em majestoso moliceiro e navegar nos (tenebrosos) Canais de Mira e do Desertas, até ao Restaurante do Clube de Vela da Costa Nova, onde decorrerá um grandioso vernissage de boas vindas.

Dia 2 de Maio, Domingo
Muito de madrugada, lá para as 11h00m legais, as tripulações dirigir-se-ão em cortejo pedestre até ao navio Museu Santo André, distante dalí umas boas 122 braças, para uma visita a uma unidade naval que foi comandada, entre outros, pelo meu Amigo e Colega Manuel Patoilo.
Depois da Visita, as embarcações, lá pelas 13h00m legais, largarão para a Segunda Grande Regata Petisqueira, confeccionando os seus petiscos durante a viagem pelos canais até Aveiro, cais da Lota Velha, onde serão degustadas as especialidades e votadas por juri isento e imparcial, que por sinal já me custou os olhos da cara para votar no meu.
Depois de uma sesta em cada uma das embarcações, as respectivas tripulações partirão para o Porto de combóio ou de outro meio que desenrascarem.

Dia 8 de Maio, Sábado.
Cedinho, pelas 11h00m legais, realizar-se-á um passeio de buga pelas ruelas de Aveiro, com paragem em locais de inquestionável interesse cultural, como são o Chez Palhuce, Zé Bissa, Tasca do Canal, entre outros.
O almoço será livre.
Da parte da tarde far-se-á o segundo evento náutico desportivo, estando neste momento a organização a decidir se se tratará de uma regata do pontão Sul para o Pontão Norte, à sirga, se uma outra à vela, de São Jacinto até Aveiro. A Meteorologia o ditará.
À noite teremos um jantar dançante abrilhantado pelo conjunto 'Os Paralelos do Ritmo' onde serão distribuidas lembranças e prémios aos melhores petiscos e aos vencedores dos diferentes eventos náuticos desportivos.

Dia 9 de Maio, Domingo
Pela fresquinha os majestosos veleiros suspendem e largam da Ria de Aveiro rumando aos seus portos de origem, com os olhos rasos de água e de saudade e desejosos do regresso em 2011.

Os apoios serão do Boavista Rádio Controlo, com discos pedidos, dos Grupo de Forcados Amadores de Alhandra, do Grupo de Cantares Serranos de Montemor o Velho, da Associação de Apreciadores de Queijo da Mourisca, para além de outras agremiações não menos crediveis e actuantes.

PS 1: Uma honesta proposta minha para a actividade do sábado dia 8 de Maio foi liminarmente recusada e, no entanto, penso ser uma boa ideia: Há uma empresa em Aveiro, proprietária duma daquelas lanchas-restaurantes, que as aluga com espectaculo erótico incluído, composto por table dance, lap dance, strip e outras variantes artisticas.

Colocávamos a rapaziada a bordo, diziamos às nossas acompanhantes que iriamos ter uma exposição de pintura itenerante e flutuante, depois não apareciam os quadros e apareciam as artistas, escolhidas a dedo, e era fácil a justificação: É pá, já que aqui estamos, assistimos ao show.

Infelizmente não fui compreendido. Fica para a próxima.

PS 2: Esta minha honesta proposta já gerou problemas e desavenças conjugais, ao ponto de um Amigo meu se ter proposto participar na exposição de pintura, desculpando-se em casa com um jantar dos Lions, ser obrigado a arrepiar caminho e desistir, ameaçado que foi de lhe porem as malas à porta de casa e de levar um arraial de porrada dado com um rolo da massa novinho que a extremada esposa adquiriu, ainda há pouco, numa tenda de ciganos na feira dos vinte e oito.

Deste modo, e porque não quero de forma nenhuma o mal dos meus Amigos, aqui declaro ir sózinho à exposição de pintura, abrilhantada por três ucranianas e quatro brasileiras, todas de medidas olímpicas, especialistas em Rembrandt, Renoir, Caravaggio e mesmo Julio Pires, este ultimo não tão conhecido, mas de elevado potencial, até porque lhe adquiri recentemente uma boa meia duzia de obras.

(*) AAO = Anterior Acordo Ortográfico

sexta-feira, março 19, 2010

Azeiteiros

O Estado somos todos nós, mas todos nós não mandamos nada.
Quem tem o Poder é uma corja de aparatchiks, carreiristas sem escrupulos, que nada tem a ver com a Politica, actividade nobre onde nos preocupamos e trabalhamos para a causa comum de todos nós.
Essa corja só se preocupa com o respectivo umbigo e com o cheque que nos xula aos fins de mês, ou quando calha.
Estava à vista de todos nas chamadas de valor acrescentado para auxiliar a Madeira, de cada 60 cêntimos que oferecíamos, pagávamos mais 20 % para compôr os cheques da quadrilha.
Do TVI24 o que todos já sabíamos:

"...
O Estado arrecadou quase 200 mil euros de impostos com as campanhas de solidariedade para ajudar a Madeira depois do temporal de Fevereiro. E este número refere-se apenas a chamadas de valor acrescentado promovidas pela TMN, PT e Sonaecom.
As campanhas para ajudar as vítimas do temporal que matou 43 pessoas, desalojou 600 e provocou graves danos materiais fizeram com que o Estado arrecadasse 198.120 euros em IVA referente a telefonemas e sms de solidariedade, de acordo com contas apresentadas pela Lusa.
Nestas três campanhas de solidariedade foram recolhidos quase um milhão de euros (991 170 euros) de apoios. Interrogado sobre se havia alguma excepção para a cobrança de impostos nas chamadas de valor acrescentado relativas a campanhas de solidariedade, o Ministério das Finanças respondeu que «nada existe na lei que permita aplicar uma taxa reduzida».
Os responsáveis pelas campanhas da TMN, PT e Sonaecom (que se associou ao grupo Media Capital) garantiram à Lusa que as verbas reverteram na íntegra para as entidades apoiadas, não tendo as operadoras cobrado qualquer custo pelo serviço.
Apenas o Estado optou por seguir a lei à risca, sem abrir excepções para as campanhas de solidariedade com a Madeira.

..."

quinta-feira, março 11, 2010

Episódio SEIS, Zé Ângelo

Eu e o meu Amigo Zé Ângelo fomos vizinhos em Ilhavo, colegas na Escola de Cimo de Vila e depois no Liceu de Aveiro.
Fomos colegas até que ele foi para a Escola Náutica e eu, em má hora, para a Universidade de coimbra.
Depois perdêmo-nos e só nos reencontramos, quase 40 anos depois, através da web, com a história fantástica do NVV Veronique.Em baixo o email recebido a 11 de Setembro de 2002
"...
Exmo. Senhor,

Procuro um amigo de longa data, e há muito nao visto;
É o Veiga - Liceu de Aveiro - Viveu em Ilhavo e depois em Aveiro. Madail Veiga, creio; infelizmente, não consigo recordar o nome próprio.
O seu contacto, foi-me enviado por um companheiro tambem com a apaixão dos BARCOS - Batel.
Se não acertei lamento ter incomodado, e aproveito para lhe dar os parabens pelo seu VERONIQUE, cuja estoria é no minimo extraordinária;
Cumprimentos
Jose Angelo Gomes
( ZE GOMES)
..."
Já fizemos algumas milhas juntos depois disso, no Blue Moon e no NVV Veronique.
Nesta fotografia da nossa 4ª classe, para além de nós os doises, o Helder, a quem nós mais tarde chamariamos, carinhosamente, Varinhas.
Que outra referência para o blog do meu Amigo que não Zé Ângelo???
PS: A pedido, não reconheço, infelizmente, a maior parte, mas aqui vai.
Trata-se da 4ª classe da Escola de Cimo de Vila de 1963.
A: Sacramento B: Cândido C:Augusto Ruivo D: Hilário E :Loureiro (tinha uma oficina de bicicletas no inicio da Rua da Lagoa) F: Sarabando

quarta-feira, março 10, 2010

Episódio CINCO, o TONI PARDAL

O Pardal tinha o barco com o nome mais manhoso que alguma vez ouvi, o WOOLOOMOOLOO.
Deste nome contam-se as mais divertidas histórias, com a Policia Marítima a soletrar a custo o nome do barco, e muitas outras.
Com o Wooloomooloo e o NVV Veronique passei uns dias cinco estrelas na marina de Vila Moura e também na nossa Ria.
Um dia fomos com o NVV Veronique, o Wooloomooloo e mais embarcações até à Torreira, onde atracamos.
Quando fui registar à recepção o NVV Veronique o Pardal pediu-me que fizesse também a entrada do Wooloomooloo, a que eu acedi.
Lá disse ao funcionário que queria também registar o barco do sr Pardal, que ele já tinha ficha na Marina.
O funcionário correu as fichas todas e não encontrou o nenhum Pardal. Perguntou-me então se era o senhor do barco com aquele nome manhoso.
Claro, disse eu, o Wooloomooloo.
---Ah, esse é o sr Toni.
Toni? Toni? Então eu que lidava com aquele tipo há anos e sempre o tratei por Pardal, descobria daquela forma inglória que o meu amigo Pardal afinal se chamava Toni?!!!!
O blog do gajo passou a ser Toni-Pardal

Episódio QUATRO, O Blog do Bolha

Eu e o meu Amigo Eugénio fomos casados contra duas irmãs, daí o nosso conhecimento de há décadas.
Nessas alturas o Eugénio era o Hortas e assim foi durante muito tempo.
Há dois anos estava eu em Baiona e precisei de falar com o gajo por conta da preparação da viagem que combináramos, primeiro para Bora Bora, depois para os Açores, depois para Porto Santo e por fim para os Algarves.
Atende-me do outro lado da linha o melhor amigo do Hortas, o Nelo, que depois de trocar umas palavras comigo, diz do outro lado da linha:
--Oh Bolha, olha aqui…

Que outra designação poderia ter este blog, senão BB – O Blog do Bolha

terça-feira, março 09, 2010

Episódio TRÊS, Os Blogs do Ribatejo

Estes ficam todos na mesma malga, uma vez que para todos eles, a oeste do (tenebroso) Mar da Palha, é tudo trevas e monstros.
Gente retratada pelo Garret no episódio dos Ilhavos e dos Campinos, cujo teor é reproduzido no cabeçalho deste blog.
Pertencem a uma raça de gente que está bem é a lidar uns toiros, a fazer pegas de cernelha e a sulcar as cálidas, doces e calmas águas do Têjo, nas suas típicas embarcações de riba-Têjo-água-acima.
Desconhecem o que são samos de bacalhau, nunca ouviram falar de oceânos, navegam à vista da mesma forma que montam um cavalo nas lezírias, a trote.

Vestem colete encarnado e envergam as mais das vezes um barrete de campino.
Adoram dançar um fandango, embora ultimamente esta dança tão comum no Ribatejo tenha sofrido as influências nefastas do Kizomba, dando origem ao Kizomdango.
Grandes admiradores de Pedrito de Portugal, que já propuseram duas vezes para Presidente da Fundação Luso Americana, uma vez que a Luso-sevilhana ainda não existe, ou, no mínimo, para cabo do grupo de forcados amadores de Alhandra.
Os seus espaços na web só poderiam ter nomes relacionados com o Ribatejo Profundo, com os Práticos do (tenebroso) Mar da Palha ou com os Grupos de Forcados Amadores de Alhandra.

Episódio DOIS, À Espera das Malas do Avião

Na Primavera do ano passado tive de me deslocar aos Açores, um problema grave de qualidade em duas subestações obrigavam-me a ir ao local verificar o estado do tratamento de superfície das estruturas.
Nada que me chateasse muito, na verdade os Açores são a 1ª Maravilha do Universo, quiçá mesmo a 1ª Maravilha de Portugal, e uma estadia em São Miguel, ainda que profissional, é sempre um prazer muito grande para mim.
Na viagem de regresso, já na Portela, comigo e com a minha engenheira da qualidade à espera das malas do avião, estava, a uns escassos metros de mim, uma cachopa bem apessoada, também à espera das malas do avião, que se parecia terrivelmente com a nossa Garina do Mar.
Seria, não seria? A duvida instalou-se na minha cabeça, até porque sou um péssimo fisionomista e já não estava com ela para aí há uns bons dois anos.
Eureka, e se eu lhe telefonasse?
Foi o que fiz, peguei no télélé, marquei Garina do Mar e, espanto, o outro télélé tocou ali mesmo ao lado, provocando na nossa bloguista um rubor entre o vermelho Ferrari e o encarnado dos ruivos que se pescam na Pedra da Galega acabados de sair da água.
Sabendo que o Milhas é um blog de equipa, a verdade é que da equipa só conheço a Garina. Deste modo o blog deles só se poderia chamar “À ESPERA DAS MALAS DO AVIÃO

segunda-feira, março 08, 2010

Episódio UM, A Guerra do Vietname

Há muitos, muitos anos, era eu caloiro em coimbra e ia namorando com uma cachopa cujo irmão estava na altura incorporado no exército Português, aos tiros na Guiné.
Estava eu então longe de imaginar a vivência que viria a ter anos mais tarde em Salreu, que conhecia apenas de passagem para o Porto e das histórias de caça que ia ouvindo.
Ora o irmão da minha namorada era caçador e duma das vezes que veio ao continente confessou-me aquela sua paixão.
Contei-lhe que perto de Aveiro havia uns arrozais, em Salreu, onde abundavam os patos, e que poderia alí fazer uma óptima caçada.
Ora o combatente da Guiné, ao ouvir a minha recomendação, atirou:
---Salreu?!!! Fxxx-se, fui lá aqui há uns anos, dei um tiro a um pato e tive de fugir a rastejar, aquilo parecia a guerra do Vietname com toda a gente aos tiros para cima de mim.

Como o Alma Grande é de Salreu, o seu Blog só podia ter aquele nome: PARECIA A GUERRA DO VIETNAME

sábado, março 06, 2010

O enigma, a tragédia, o drama...

Camaradas e Amigos,
A partir de amanhã vão ser publicados neste espaço alguns textos que elucidarão, de forma definitiva, o porquê do nome de alguns links.

A saber:
Parecia a Guerra do Vietname

BB O Blog do Bolha
À Espera das Malas do Avião
Toni Pardal
Ribatejo Profundo
Parentesco do Médico de Bordo
Práticos do (tenebroso) Mar da Palha


e muitos outros....

terça-feira, março 02, 2010

As toiradas da Terceira

Importadas da mais linda ilha do Universo, quiçá mesmo a mais linda dos Açores, a Terceira, as toiradas à corda, agora também praticadas no Ribatejo Profundo.
Ilha Terceira onde eu já cheguei à vela. Aliás só lá fui à vela, de barco, desde o Continente.

Aqui no original a famosa toirada.

(foto emprestada do Blog Bagos de Uva, www.bagosdeuva.blogspot.com)