quinta-feira, julho 31, 2008

Carta Aberta

Sou um cidadão de Ílhavo e de Aveiro, não me move qualquer sentimento bairrista das minhas duas terras, sou, antes de mais, um cidadão da Ria.
Participei em várias reuniões com os homens da APA, da Câmara de Aveiro, da Rota da Luz e dos Irmãos Cavaco, a propósito do Porto de Recreio de São Jacinto.
Não pedíamos um chavo ao erário publico, antes oferecíamos as contribuições que nos atribuíssem pela autorização de construção dum Porto de Recreio em São Jacinto.
Todos ouvimos o sr António Cavaco dizer, e não foi desmentido pelo Luís Cacho, que, quando ganhou a concessão da Marina da Barra, ganhou também uma clausula de protecção que impedia a construção de uma outra qualquer estrutura congénere na área de jurisdição da APA sem seu consentimento.
E, dizia ele, “…não me obriguem a dar um tiro no pé, arrasando o meu único trunfo, de me apresentar como promotor da única marina da Ria de Aveiro…”
E, mais adiante,
“…ajudem-me a desbloquear o projecto da Marina da Barra que então eu não me oponho ao Porto de Recreio de São Jacinto…”
Todos ouvimos, o Luís Cacho, o Élio Maia, o Pedro Silva, eu e todos os outros que lá estiveram.
O Dr Élio ainda se insurgiu por se sentir "...refém de um investimento que talvez se faça no concelho vizinho…”, mas de nada serviu, o sr António Cavaco permaneceu inflexível e o Luís Cacho validou a inflexibilidade do Promotor da Marina da Barra.
Agora, e muito bem, o engº Ribau fez um “Ancoradouro de Recreio” na caldeira do Forte, dentro da jurisdição da APA, o que quer dizer que o Luís Cacho teve de autorizar, e muito mais perto da futura Marina da Barra que a baía de São Jacinto.
Então onde está a clausula de protecção?!!!! Por a caldeira ser mais perto da Marina da Barra a tal clausula não faz efeito? Ou é por se chamar Ancoradouro em vez de Porto?!!!
Ou será por Aveiro ser muito mais a terra dos “homens moles” que dos “ovos moles”?

Qual seria a reacção do eng Ribau do outro lado, a querer fazer uma estrutura náutica na caldeira do Forte, o Luís Cacho não autorizar, mas em contrapartida autorizar o Dr Élio a fazê-la em São Jacinto?
Cá para mim subia as escadas da APA e partia a cara ao Luís Cacho.
Pelo menos era o que eu faria.

O Ancoradouro de Recreio da Caldeira do Forte

segunda-feira, julho 28, 2008

Pedra da Galega, 26 de Julho de 2008

Este sábado o NVV Veronique foi à pesca.
E não bastaram os amplos quintais de pargos, sargos, besugos, choupas, fanecas, cavalas, carapaus e, pasme-se, polvos, para que a linha de agua do gracioso veleiro descesse a níveis preocupantes.
O Comandante, isto é, eu, permaneceu na sua camarinha, o Contra Mestre orientou a faina, que se mostrou proveitosa, o Médico de Bordo recolheu à enfermaria e o vigia vigiou.
Tudo resultou em mais uma grande viagem e, no fim, numa magnifica caldeirada mística, elaborada com esmero pela Marieke e, claro, orientada tecnicamente por mim próprio.
Depois de largarmos da Lota Velha pelas 2300 UTC de sexta feira, fundeámos em São Jacinto, com mestria, até às 0300 e então suspendemos com rumo à Pedra da Galega, 15 milhas a NW, onde chegamos às 0630 debaixo de forte nevoeiro.
A faina iniciou-se de imediato, pois queríamos estar em casa a tempo da festa da Senhora da Saúde, ou melhor, à hora do futebol na televisão.
Suspendemos da Galega pelas 1400 e entrámos na Barra de Aveiro 3 horas depois, abrindo a já tradicional garrafa de champanhe à voz do Comandante.
Uma horita depois atracávamos na Lota Velha com o barco carregado de peixe e com a consciência do dever cumprido.
Fica para a história o Mar, com ondas a lembrar o tenebroso Mar da Palha, com uns bons 32,5 cm bem medidos.

quarta-feira, julho 23, 2008

Viagem de Férias

Chegado a esta época começo a planear as navegações de Verão.
Da minha parte estou ainda indeciso, não sei se hei-de navegar para Norte, para a Galiza, se para Sul, para Cascais.
E o drama da decisão é tanto maior quanto para entrar nas Rias Baixas já tenho a bandeira de cortesia para içar no vau de estibordo, mas, se a opção for Cascais, onde posso comprar a bandeira de cortesia? Alguém me empresta uma? Prometo devolver mal regresse a Portugal.

terça-feira, julho 22, 2008

Passeio Avela / Acreditar

Lindo passeio com 104 convidados, 4 no NVV Veronique e para aí uns cem nas outras embarcações todas.
O almoço, preparado pelo já tradicional engº Senos da Fonseca, estava muita bom.
Melhor foi o Coro dos Armadores que entoaram uma magnifica versão do "Esta Vida de Marinheiro está a dar cabo de mim", embora o Machadinho estivesse fora de tom.
Por fim o regresso a Aveiro, mais cedo um pouco, por conta de não enfaralhar a Regata de Moliceiros que, à mingua de vento, só chegou à Lota Velha três dias depois.
Na ultima foto pode ver-se o NVV Veronique a enfrentar umas tenebrosas ondas, para aí duns bons 13,25 cm, no Canal Principal de Navegação, quando recebemos ordens de regressar rápido a Aveiro, que os Moliceiros aí vinham. Viu-se.

segunda-feira, julho 14, 2008

Passeio da AVELA-ACREDITAR

Se há coisa linda que a Avela faz, é o passeio anual com os meninos do IPO do Porto, organizado pela Acreditar e com os veleiros da Avela e com o engº Senos da Fonseca do CVCN.
É um dia em cheio, enchemos os veleiros com os meninos, navegamos até Saint Jacint sur Mer, atracamos na Zona de Segurança Militar Restrita de São Jacinto, eles merendam e brincam e no fim, ouvimos, é verdade eu já ouvi:
'...felizmente que estou doente, se não nunca podia ter tido um dia assim...'
E nós sorrimos e brincamos com os meninos.

Aos armadores:
A largada está prevista para as 11h00m de sábado dia 19 na Lota Velha. Convém estar antes para aparelhar as embarcações, encaminhar os meninos e beber umas survias.
Ahhh, não se esqueçam dos coletes tamanho junior.

O passeio de 2004

Liberdade Igualdade Fraternidade


O bico do Muranzel

Para chegar à Torreira é necessário dobrar o Cabo do Muranzel onde as vagas e os vagalhões, não se comparando ao tenebroso Mar da Palha, impõem também o seu respeito e nos fazem baixar os calções.
Num dos próximos fins de semana, talvez já este, depois de levarmos os meninos e meninas do IPO do Porto a passear na Ria, em águas por certo mais calmas, rumaremos ao Cabo do Muranzel, onde fundearemos ao abrigo duma das suas inumeras e assustadoras (*) fragas e escarpas, que provocam o pânico e o temor dos marinheiros que por alí passam.
Não é o caso do NVV Veronique que, destemido, cruza estas águas com a facilidade com que navega no calmo Mar Oceâno.
É certo que nunca enfrentamos o Mar da Palha e ainda, por essa falta, não temos direito ao brinco na orelha esquerda, mas fundear no Cabo do Muranzel já é obra suficientemente audaz para merecer este, e outros, postes. O Cabo do Muranzel
(*) Que tal o gongorismo?!, pareço os tribunos da 1ª Républica, ou alguns, de Aveiro, da 3ª (ou de 3ª???)

quinta-feira, julho 10, 2008

Robin dos Bosques e a classe mérdia

Ah grande e feliz país que tem a sorte de ter governantes destes.
Vamos agora ter a taxa Robin dos Bosques.
Eu explico, o Teixeira vai tirar aos ricos para dar aos pobres. Aí os ricos ficam pobres e os pobres ficam ricos. Logo há que tirar aos pobres-ricos para dar aos ricos-pobres, o que provoca que os pobres-ricos fiquem pobres e os ricos-pobres fiquem ricos.
Tira-se então aos ricos-pobres-ricos para dar aos pobres-ricos-pobres e, mais uma vez os ricos-pobres-ricos ficam pobres e os pobres-ricos-pobres ficam ricos. E assim até ao fim dos tempos, isto é, o Teixeira vai ter muito que fazer.
No meio disto fico eu, que não sou pobre nem rico, ficando pois ao lado deste trama.
Mas, sendo um ilustre representante da classe mérdia não estou melhor. Vejamos então:
Com os impostos que pago contribuo para financiar as necessidades de saúde dos menos favorecidos, isto no intervalo de serem pobres para serem ricos, o que pressupõe algum tempo até o Teixeira acertar contas com eles, claro.
É justo, há gente que não pode pagar a saúde. Neste incluem-se para além dos pobres, apenas no acima citado intervalo de tempo, os arrumadores de carros e os drogados, os meus concidadãos de etnia cigana, e os gadjos também, que recebem do estado generoso vários rendimentos mínimos ( o sr António, Manuel, Joaquim, Francisco, Fernando, Pedro Lelo Monteiro, que por acaso são a mesma pessoa), os desempregados que procuram e não encontram trabalho e os desempregados que me aparecem na empresa já com a declaração preenchida da busca de emprego e que eu só tenho de assinar.
Então eu, que já pago os rendimentos mínimos e a saúde destes meus compatriotas mais desfavorecidos, vou também ter de pagar a minha.
É justo, porque a não havia de pagar?!
Se já pago a dos outros porquê não pagar a minha também? É uma questão de hábito e só isso, já se está habituado.

terça-feira, julho 08, 2008

Intervalo Fiscal

Para onde vão os impostos que nos sugam, para os especialistas em energias como o ex autarca Fernando Gomes devidamente habilitado para o efeito com o cartão do partido do governo, e os outros administradores, todos, coitados, com salários de miséria, para as reformas douradas dos politicos e dos amigos dos politicos, e por aí fora....

segunda-feira, julho 07, 2008

Era bom se fosse sempre assim

Aí apareceu, finalmente, um fim de semana decente, com vento e bebidas à maneira.
Para inveja dos meus Amigos, a descrição simples:
Pelas 1730 UTC chegamos ao cais da Lota Velha, devidamente apetrechados de peixe para a caldeirada da noite.
Com vento de força 5 deixámo-nos estar quietinhos no cais, bem amarrados, enquanto a classe piscatória composta pela Marieke, pelo António Marinheiro e pelo Machadinho, arrancava das águas da Ria 28 buxinhos, 3 sarguetas e uma choupa, logo adicionados à caldeirada que brevemente apuraria com esmero.
Pelas 2000 UTC arribavam ao cais os restantes convivas e, no Tibariaf, malhamos a tal caldeirada, juntamente com um bacalhauzinho à Berna, uma saladinha fria de milho e camarão, ovos móis e melão de sobremesa e muitas cervejas.
A pernoita foi no NVV Veronique.
Logo de manhã cedo, 1130 UTC, suspendemos e rumámos a Saint Jacint sur Mer, cruzando, no Canal de Ovar, com o moliceiro do CVCN, de velas cheias, bem, quase cheias, que seguia rumo ao Norte, à Casa Abrigo de Saint Jacint que, como é sabido, está no Concelho de Aveiro (esta é para a rapaziada do CVCN).Seguiu-se um almoço de luxo, com enguias fritas (little snakes) e verdasco Muralhas fresquinho.
Depois, a bordo do Tibariaf outra vez, tomámos um cafézinho com licores celtas da Escócia (esquece-me o nome agora) juntamente com as tripulações do Lotsoffun, do Liberum Galacho e do Freedom.
Ainda deu tempo de enfrentar o tenebroso canal do Forte da Barra, com Mau Tempo no Canal, que apresentava então ondas de 5,2 cm, 5 cm, vá, para ver as obras do 'Ancoradouro de Recreio' da Caldeira do Forte.

sexta-feira, julho 04, 2008

A Dor de Corno

Eu sei que não é um mapa oficial e que se deve muito mais à ignorancia (será???) que ao expansionismo castelhano.
Mas, julguem os meus Amigos, o que seria se uma das nossas Regiões de Turismo inserisse na sua área, Salamanca, por exemplo, ou Ciudad Rodrigo, ou outra qualquer raiana.

quinta-feira, julho 03, 2008

Sahab

De passagem pela nossa Ria, o Sahab, do reino de Oman.
Objectivo o melhor conhecer a Ria, sua entrada e atracagens, para a Tall Ship Race de Setembro próximo.O NVV Veroniqe também lá esteve e fez fotografias.
Depois de uma agradável estadia na baía de Saint Jacint sur Mer, na tarde de domingo, rumámos à bacia do Porto de Aveiro, terminal Norte, onde estava atracado o Sahab.
Não lhes pudemos oferecer umas meias cervejinhas. Ao que consta aquela rapaziada não bebe, às claras. Só chá de menta que, infelizmente, não consta do paiol do NVV Veronique. Uma falha.

terça-feira, julho 01, 2008

Rescaldo Futeboleiro

Em 2004, nas vésperas da final futeboleira de Lisboa, noticiavam os jornais castelhanos:
" Ibéricos na Final "
No dia seguinte à final, os mesmos jornais:
" Portugueses perdem a final "
Autêntico, é só pesquisar e está lá tudo.
Com "irmãos" destes quem precisa de primos?!!!