segunda-feira, dezembro 08, 2008

Sonho

Tenho de ir ao psiquiatra, cada vez mais tenho um sonho, se bem que bom, preocupante.
Sonho que três Berieves e dois Canadairs, daqueles que combatem os incendios de Verão, carregadinhos de sugo, bosta, merdelim, sobrevoam a Assembleia da Républica e esta abre o tecto, assim como o Campo Pequeno, e, em pleno plenário, os cinco aviões descarregam de uma só vez a sua carga sobre os representantes da Nação.
Razão tinha o Luis, às tantas.
Do IOL de hoje:
"...
Nunca, como no último ano, a opinião pública ouviu falar tanto dos governadores dos bancos centrais.
Até há um ano, para a maioria das pessoas estes banqueiros existiam apenas como os gestores dos juros. Mas a actual crise veio colocá-los no centro da política económica, devido às suas competências de supervisão e de assistência a instituições em dificuldades. A importância que assumiram volta a colocar a questão: quanto vale um governador?
Segundo o «Jornal de Negócios», para o Ministério das Finanças português, o cargo ocupado por Vítor Constâncio vale uma remuneração anual de perto de 250 mil euros por ano, cerca de 18 vezes o rendimento nacional «per capita».
Já para a Administração norte-americana, o lugar ocupado por Ben Bernanke justifica apenas 140 mil euros anuais, ou seja, 4,2 vezes o rendimento «per capita» dos EUA.

( Pelintras, digo eu, sem ser com os nervos)
..."
E, mais adiante,
"...
«Plenário só às terças, quartas e quintas-feiras para evitar as faltas dos deputados». A ideia é de Guilherme Silva, ex-líder parlamentar do PSD, que esta terça-feira comentou a polémica da passada semana aos microfones da TSF: 30 deputados sociais-democratas faltaram, o que não permitiu chumbar a avaliação dos professores, proposta pelo PS.
Guilherme Silva considera que os deputados estão deslocados de casa e que as faltas à sexta-feira indicam que os parlamentares regressam às suas famílias mais cedo, o que poderia ser evitado com outra agenda na Assembleia da República.
«É preciso não esquecer esta componente humana, uma vez que o Parlamento tem deputados de todo o país».
Mas a ideia não irá vingar. José Junqueiro, vice da bancada socialista, numa intervenção registada no fórum da TSF, considerou que as «razões são iguais para todos os trabalhadores que estão longe da família»: não se perceberia «um regime de excepção» para os deputados, frisou. (pois, ao que se sabe os deputados do PS nunca faltam, digo eu, sem ser com os nervos)
Depois de a «bronca» que as ausências dos deputados do PSD motivaram na passada sexta-feira, com Manuela Ferreira Leite a considerar que o caso era inadmissível, e o líder da distrital do Porto a exigir a demissão do presidente da bancada, Paulo Castro Rangel, o Diário de Notícias fez as contas às faltas e concluiu que a sexta-feira é o dia preferido para fazer gazeta ao plenário. Já quinta-feira é o dia de maior assiduidade.
Segundo o DN, as faltas dos deputados às reuniões plenárias de sexta-feira, no Parlamento, atingem quase o dobro das ausências registadas nos outros dias. As reuniões de sexta contam 640 faltas e na esmagadora maioria trata-se de faltas justificadas: a invocação do trabalho político é a principal justificação; em segundo lugar, doença.

(tadinhos, adoecem sempre à sexta, eu consultava o Professor Mambo, ou o Karamba, digo eu, sem ser com os nervos).

PS: Tens razão pá, cinco aviões carregados de merdelim não são suficientes, talvez mais, muitos mais.

2 comentários:

Anónimo disse...

Só cinco aviões? Estás muito generoso...

Marieke disse...

A atitude dos nossos políticos tem vindo a degradar-se exponencialmente....
A Política parece ser para eles um direito...não um dever.
Pois por isso tenho de concordar que 5 aviões é pouco.
Mas essa não seria a minha opção..nem a escrevo aqui..mas seria de certeza muito mais radical