segunda-feira, setembro 24, 2007

O Naufrágio do Leitão




Depois da grande viagem de Viana até Aveiro e da participação no simulacro de Vila do Conde, o NVV Veronique ficou atracado ao PIC IC em Saint Jacint sur Mer.
No domingo impunha-se fazer uma barrela ao barco e foi o que fui fazer.
Ora estava então o nosso Amigo Licas a comer umas cabras recem pescadas nas marinhas ao lado e eu fui estrear o mega-fone que o Bolha comprou para eu dar as minhas ordens a bordo, provando assim que assimilou a minha liderança, contribuindo para o bom funcionamento do NVV Veronique, para além dos contra luzes com que nos brinda de tempos em tempos.
Ora estando nós a merendar as cabras, notámos que o vizinho de pontão, o alentejano Bonito Galacho, se tinha ausentado a terra, possivelmente para tomar café ou outra coisa qualquer, deixando só e abandonada uma gamela cheinha de delicioso leitão assado, já partidinho e saboroso.
Acontece que o Licas descobriu, como por encanto, umas quantas garrafinhas de palhete e outras tantas de Colinas de São Lourenço perdidas no seu frigorifico, confesso que nem sei como estariam as tais garrafas perdidas.
Salvámos então a gamela com o leitão, que corria sérios riscos de ir por agua abaixo, não havendo 'busca e salvamento' que lhe valesse.
Malhavamos nós o leitãozinho, eis que chega o alentejano Galacho e, ao ver a "sua" gamela no Zurk, alí ao lado, estranhou.
Nós fomos então de uma simpatia sem nome, convidando o alentejano para merendar connosco aquel leitãozinho delicioso.
O alentejano Galacho achou familiar o sabor do leitãozinho e também a gamela que o sustia, mas deve ter pensado ser uma das muitas coincidências que testemunha à barra dos tribunais, do tipo a carteira deste senhor apareceu-me, sem eu dar conta, no meu bolso.
Para a posteridade uma foto do NVV Veronique já em Saint Jacint sur Mer e outra do Zurk, podendo ver-se o Licas, o César e a Lurdes e o Zé Candido. Ao centro a gamela e o que restava do tó.
Eu, pobre de mim, registava a imagem para sempre.

1 comentário:

Anónimo disse...

Andou o alentejano Galacho, recentemente arvorado em Patrão de Costa, em Marvão, a correr atrás do bacorinho durante dias para depois os mouros atacarem o pobre bichano.
Tanto quanto me é dado verificar numa sumária necrópsia informática, o estado hígido do bicho já não era o melhor,mas lá diz o ditado - mais vale que faça mal do que estragar-se -!
Não fora o binho...havia baixas!!!
MBAS