"... Pois nós que brigamos com o Mar, oito a dez dias a fio numa tormenta, de Aveiro a Lisboa, e estes que brigam uma tarde com um toiro, qual é que tem mais força ?.."
Não resiti. Ao ver a imagem do nosso grande amigo Souto, obrigo-me neste espaço a tecer meia dúzia de palavras, que são poucas para enaltecer a personalidade deste grande Aveirense. Amigo do amigo, com uma pena que escrevia com uma tinta repleta de Aveirismo, humor, afectividade, sentimento,paixão e tanta mais adjectivação que neste momento a memória não me ajuda a lembrar. Com ele privei em tantas actividades, sociais, lúdicas , desportivas, em eventos, na nossa Agricultura que ele muto bem definia com a " Arte de empobrecer alegremente", num pioneiro programa de Rádio na RIA, nos anos 80, sobre a agropecuária onde então as rádios piratas fizeram milagres. O grande amigo Souto foi um Cooperativista agrícola em Vagos e na Lacticoop daqueles que leram e implantaram o que António Sérgio escreveu, e não esta ralé de dito drigismo cooperativo que se serviram e não serviram a lavoura. Passou pelo saudoso Litoral essa saudosa página Aveirense. Foi um Galitos ferveroso, um artista plástico ligado ao Aveiro Arte e as suas actividades e crónicas na Confraria de S. Gonçalo com aquelas prodigiosas rábulas foram um hino ao humor e à boa disposição. Não resisto a contar uma das muitas histórias que comigo e com ele se cruzaram. Numa noite de Janeiro estávamos com ele,e o saudoso João Domingos da Graça a uma 2 ª feira, dentro da capela de S. Gonçalinho na cerimónia de transmissão do ramo entre mordomos, acto este dum fervor aveirense com um misto de religioso e profano, e ele diz-nos no meio da canção da dança dos mancos: - Voçês reparem bem que o S. Gonçalinho ouve estas músicas e esboça um sorriso. Parámos e olhámos e acho que é verdade. Talvez só nós Aveirenses reparamos nisto.Será a fé? O bairrismo? Sempre que olho para a imagem do santo de ti me lembro. Não consegui estar presente no último adeus. Não sei para onde foste, mas onde estiveres é certamente o lugar onde nós Aveirenses um dia todos cantaremos a marcha do Beira Mar, o Canta ò Galo e a Dança dos Mancos. Deixei de acreditar nos políticos mas espero, que eles se lembrem de ti, pois vales mais que muitos deles juntos! Como se dizia no nosso Galitos, por ti Canta Canta Galo.
1 comentário:
Ao nosso amigo Carlos Souto
Não resiti. Ao ver a imagem do nosso grande amigo Souto, obrigo-me neste espaço a tecer meia dúzia de palavras, que são poucas para enaltecer a personalidade deste grande Aveirense. Amigo do amigo, com uma pena que escrevia com uma tinta repleta de Aveirismo, humor, afectividade, sentimento,paixão e tanta mais adjectivação que neste momento a memória não me ajuda a lembrar.
Com ele privei em tantas actividades, sociais, lúdicas , desportivas, em eventos, na nossa Agricultura que ele muto bem definia com a " Arte de empobrecer alegremente", num pioneiro programa de Rádio na RIA, nos anos 80, sobre a agropecuária onde então as rádios piratas fizeram milagres.
O grande amigo Souto foi um Cooperativista agrícola em Vagos e na Lacticoop daqueles que leram e implantaram o que António Sérgio escreveu, e não esta ralé de dito drigismo cooperativo que se serviram e não serviram a lavoura.
Passou pelo saudoso Litoral essa saudosa página Aveirense.
Foi um Galitos ferveroso, um artista plástico ligado ao Aveiro Arte e as suas actividades e crónicas na Confraria de S. Gonçalo com aquelas prodigiosas rábulas foram um hino ao humor e à boa disposição.
Não resisto a contar uma das muitas histórias que comigo e com ele se cruzaram. Numa noite de Janeiro estávamos com ele,e o saudoso João Domingos da Graça
a uma 2 ª feira, dentro da capela de S. Gonçalinho na cerimónia de transmissão do ramo entre mordomos, acto este dum fervor aveirense com um misto de religioso e profano, e ele diz-nos no meio da canção da dança dos mancos:
- Voçês reparem bem que o S. Gonçalinho ouve estas músicas e esboça um sorriso.
Parámos e olhámos e acho que é verdade. Talvez só nós Aveirenses reparamos nisto.Será a fé? O bairrismo? Sempre que olho para a imagem do santo de ti me lembro.
Não consegui estar presente no último adeus. Não sei para onde foste, mas onde estiveres é certamente o lugar onde nós Aveirenses um dia todos cantaremos a marcha do Beira Mar, o Canta ò Galo e a Dança dos Mancos.
Deixei de acreditar nos políticos mas espero, que eles se lembrem de ti, pois vales mais que muitos deles juntos!
Como se dizia no nosso Galitos, por ti Canta Canta Galo.
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