sexta-feira, abril 30, 2010

SIMULACRO

Nas alterosas e conturbadas águas do Mondego, mesmo em frente à Marina Oceânica do Choupalinho, um simulacro onde se testaram as capacidades marinheiras da guarda costeira coimbrã.
Imagino, sem grande dificuldade, as vagas provocadas nas águas pelos helicopteros a sobrevoar os naufragos!!!
Do JN de hoje:
"...
Trânsito condicionado na Ponte de Santa Clara, em Coimbra, e centenas de pessoas de olhos postos, ora no rio, ora no céu. Eis o resultado do simulacro de incêndio, realizado, ontem, a partir do Basófias, para testar a coordenação dos diversos agentes de Protecção Civil.
O exercício envolveu 128 elementos de três corporações de bombeiros, INEM, GNR, PSP, Polícia Municipal e Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS). Testar a sua capacidade de comunicação e coordenação, em caso de acidente, era um dos objectivos.
Tudo começou com um incêndio na casa de máquinas da embarcação turística do Mondego, que levou os 17 passageiros a atirarem-se às águas movidos pelo pânico (dois deles haveriam de perder a vida) (os outros vieram a pé enxuto até à margem). O simulacro permitiu, ainda, treinar procedimentos de socorro em meio aquático, com recurso a equipamentos terrestres, barcos e um helicóptero (da Guarda Costeira).
Este último gerou um imprevisto: o resgate aéreo de uma vítima com queimaduras graves levou mais de uma hora, com o Basófias a ter de ser encostado à margem para permitir a descida da equipa do INEM. No meio do rio, a operação não foi possível, devido à forte ondulação (!!!!) causada pelas hélices e ao facto de o casco plano do barco o fazer deslizar.
No entender do comandante dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, Avelino Dantas, a operação seria simplificada com o uso de um helicóptero do INEM, "mas esses estão de prevenção para [socorrer] vítimas reais".

..."
Bolds e azuis meus.

1 comentário:

Pedro Cabral disse...

Por cá também temos disso, exercícios, entenda-se.

Os bombeiros metem o pneumático na água e ligam o motor, as luzes e o rádio CB (o VHF não têm.

Enquanto o motor aquece vão beber umas cervejolas.

Metem-se no penumático e fazem umas razias à marina, para as gordas verem, depois atracam a favor da maré e vão beber umas cervejolas.

Depois vão e dão a volta ao Mouchão, sempre em dias calmos e solarengos, a toda a brida e voltam a amarrar à marina para mais umas cervejolas.

Por fim amarram o barco ao cais 14 e vão para o quartel beber mais umas cervejolas porque a maré já vaza e é dificil acertar na zorra.

Quando finalmente alguém precisa deles acaba sempre um barco da secção de vela por ter de sair para ajudar quem precisa, ou seja, os bombeiros. Porque por muito aflito que o naufrago esteja os bombeiros estão sempre mais à rasca...

(Relembro o dia em que o trimaran do Zé Lopes foi à rola e foi a Rosita, com um motor de 25 cavalos, que acabou por o rebocar de braço dado quando os bombeiros com um de 90 mais não conseguiram fazer que espetar com o barco nas pedras...)