quarta-feira, setembro 03, 2008

A justiça (com letra pequena) do meu Portugal

O viver-se numa cidade pequena tem destas coisas, todos sabemos de tudo.
As opções sexuais de cada um vêm muitas vezes à praça publica e não é difícil vermos nós próprios, como se costuma dizer, com estes que a terra há de comer, o que se passa com cada um. Pois se as ruas e avenidas são poucas e pequenas, os cafés e restaurantes escassos, as pessoas conhecidas umas das outras.
O que vemos com grande probabilidade é o que se passa de facto e, se a acrescentar ao que vemos, ouvimos outros a contar o mesmo, só podemos concluir pela verdade.
Depois há a má língua, o diz que disse, o acrescentar um ponto, mas, no inicio, há a verdade.
De mim, que sou um pequenote social, metade de Aveiro conhece os podres, as manias, as origens, as opções, os restaurantes onde me encontrar e os tascos onde bebo uns copos (apesar de os beber percebo doutras coisas para além dos copos, oh anónimo).
Dos outros, dos Salgueiros, dos Candais, dos Pedrosos, dos Brandões, dos Madaís e mais uns quantos sabe-se por igual.

Não é dificil observarmos e ouvirmos a cidade pequena a respirar.
São conhecidos os desmandos vínicos de alguns, a inteligência de outros, as opções sexuais de alguns, a verborreia ainda de outros.
Mas as coisas são como são, a justiça é dos ricos e poderosos. Os outros, e são tantos, ficam com as sobras.

1 comentário:

almagrande disse...

Que ricos carneirinhos se vêm ao longe..belo dia para se estar com os pés à lareira.