Participei em várias reuniões com os homens da APA, da Câmara de Aveiro, da Rota da Luz e dos Irmãos Cavaco, a propósito do Porto de Recreio de São Jacinto.
Não pedíamos um chavo ao erário publico, antes oferecíamos as contribuições que nos atribuíssem pela autorização de construção dum Porto de Recreio em São Jacinto.
Todos ouvimos o sr António Cavaco dizer, e não foi desmentido pelo Luís Cacho, que, quando ganhou a concessão da Marina da Barra, ganhou também uma clausula de protecção que impedia a construção de uma outra qualquer estrutura congénere na área de jurisdição da APA sem seu consentimento.
E, dizia ele, “…não me obriguem a dar um tiro no pé, arrasando o meu único trunfo, de me apresentar como promotor da única marina da Ria de Aveiro…”
E, mais adiante,
“…ajudem-me a desbloquear o projecto da Marina da Barra que então eu não me oponho ao Porto de Recreio de São Jacinto…”
Todos ouvimos, o Luís Cacho, o Élio Maia, o Pedro Silva, eu e todos os outros que lá estiveram.
O Dr Élio ainda se insurgiu por se sentir "...refém de um investimento que talvez se faça no concelho vizinho…”, mas de nada serviu, o sr António Cavaco permaneceu inflexível e o Luís Cacho validou a inflexibilidade do Promotor da Marina da Barra.
Agora, e muito bem, o engº Ribau fez um “Ancoradouro de Recreio” na caldeira do Forte, dentro da jurisdição da APA, o que quer dizer que o Luís Cacho teve de autorizar, e muito mais perto da futura Marina da Barra que a baía de São Jacinto.
Então onde está a clausula de protecção?!!!! Por a caldeira ser mais perto da Marina da Barra a tal clausula não faz efeito? Ou é por se chamar Ancoradouro em vez de Porto?!!!
Ou será por Aveiro ser muito mais a terra dos “homens moles” que dos “ovos moles”?
Qual seria a reacção do eng Ribau do outro lado, a querer fazer uma estrutura náutica na caldeira do Forte, o Luís Cacho não autorizar, mas em contrapartida autorizar o Dr Élio a fazê-la em São Jacinto?
Cá para mim subia as escadas da APA e partia a cara ao Luís Cacho.
Pelo menos era o que eu faria.