segunda-feira, janeiro 16, 2012

O Reino da Estupidez

As estórias são conhecidas do tempo da Viradeira mas, infelizmente, conhecem-se identicas antes e depois.


Teria os meus doze anos e, a mote livre da professora de Português, fiz uma redação em estilo de ironia que já na altura cultivava. Falava nesse texto de frivolidades em moda nos anos sessenta com a irreverência dos doze anos e doutras menos frivolas, que iamos ouvindo aos mais velhos e vendo também, se mais atentos.
Assinava o texto com um nome inventado, qualquer coisa como Zé Más Linguas da Silva.
A professora, uma semana depois de corrigido o texto, à frente de toda a turma, fez-me uma chamada oral, provou à turma que eu era um ignorante, chamou-me cinico requintado e acusou-me de entregar um teste anónimo.
Claro que a sótôra  sabia que o texto era meu por um pormenor de extrema simplicidade, é que as folhas de exercicio de então tinham um cabeçalho onde era definido o nome do aluno, ano, numero e turma.
O que a sótôra não compreendeu, às tantas porque era ministra de tal Reino, é que o a assinatura final fazia parte integrante do texto, justificando-o mesmo.

Hoje escrevo ainda umas merdaças, ao mesmo estilo irreverente, e crio figuras, personagens e situações virtuais, que auxiliam os textos que vou fazendo.
Criaram-se assim a casa de diversão nocturna Starlight, a minha gerência da mesma casa, a Faty al Mustafá diligente funcionária da dita casa e chefe do corpo de baile, e, mais recentemente Madame Veiga, minha estremosa, bigodada  e paquiderme esposa.
Esta ultima ideia nem sequer é original, tendo sido usada por humoristas portugueses de renome, de que destaco Brum do Canto e Vilhena, com as Madame Canto e Madame Vilhena.
Quem não entende que as Madames fazem parte dos textos e que, em nenhum dos casos tem qualquer relação com a realidade e com as reais esposas de cada um de nós, enferma do mal secular no nosso país, do Reino da Estupidez.
E se com alguém gozo e brinco é comigo próprio, caso tivesse uma esposa com as caracteristicas descritas.
E, como diz Vitorino de Almeida, mil vezes um vigarista a um estupido.
Vou voltar ao tema.

8 comentários:

Anónimo disse...

A estupidez e a falta de inteligência deviam pagar imposto. Acabava-se o defice num instante.
Estou consigo e com o maestro, mil vezes os vigaristas aos estupidos.

Alexandre P.

Anónimo disse...

Quem se ofende com uma piada o melhor é nem sair de casa para não se prestar a um papel ridículo.
É por causa de mentes tão minusculas que Portugal está como está.
Assino por baixo do maestro, mil vezes um vigarista a um estúpido.
CPF

Anónimo disse...

Há quem não entenda sequer a própria sombra e veja o gorgulho no olho dos outros sem ver o pedregulho no npróprio. São os ministros do tal reino, ignorantes e burros. vão morrer secos.

Pedro

Eugénio disse...

Continua a contar as tuas estórias. Para estares a escrever isto, de certeza que algum imbecil anda com ciumes de ti (o que é grave e abichanado)
Se tivesses uma esposa com as características descritas nos teus textos,deixávamos de saber que andam estupidos e imbecis a querem morder-te os calcanhares :)
Não pares, embora a a velhice te torne cada vez mais rabugento.

Anónimo disse...

Há um remédio não muito antigo que destroi essa bicharada toda !!!! É o DDT.
Vai ao JUMBO e pode ser que encontres!!!!!
Um abraço e continua a escrever,por favor.
Zurk

Alberto Figueiredo disse...

Na verdade sou frequentador assíduo da casa de diversão nocturna Starlight, onde entre outras tenho encontrado, já entradota, s sótora que não compreendeu o texto "anónimo". Também tenho visto por lá algumas meninas e cavalheiros com o novo acordo ortográfico a servir de guarnanapos.
Espero novos textos.
Parabéns

João Manuel Rodrigues disse...

Esta história faz-me lembrar uma outra, a do "charroco" o tal que se tinha ofendido por teres "sacado" a foto da net, "coisa feia", o tal peixe!
Ora aqui temos outro "charroco" mas mais mal... como hei-de dizer isto sem chamar nomes, diga-se cheiroso, é isso.

Quanto á Madame Veiga, a "verdadeira e legitima", diga-se sensual galega, sempre interessante.

João

Anónimo disse...

Para não se ferir susceptibilidades, que nas pessoas finas roçam as entranhas do preconceito e que julgam ser o centro das atenções, o melhor é nas crónicas futuras acrescentar no final: «esta crónica é pura ficção e qualquer parecença com a realidade é mera coincidência.»
Já estou como a outra "ai Cristo anda cá baixo ver isto".
CPF