sexta-feira, agosto 12, 2011

A Rota Marítima do Cavaleiro das Conchas.


                                                             Fundeado na Ria de Arousa

São conhecidas as minhas ideias agnósticas e profundamente anti-clericais.
Delas não abdico, antes pelo contrário, mais certo estou da sua justeza, tanto mais vou estudando e lendo as posturas das igrejas ao longo dos tempos.


Que faz então um tipo como eu numa peregrinação a Santiago?


Os caminhos de Santiago têm, penso, um carácter muito diferente das peregrinações a Fátima ou a Meca, ou a outros destinos.


Fazem-se há séculos, por motivos religiosos no inicio, por certo, de meditação e de encontro mais actualmente.


Viram-se Homens de muitos países e credos, ou sem credo nenhum, numa viagem mística de, encontro.


Foi o caso do Veronique e da sua tripulação, enquadrada na flotilha Galega do Liceu de Bouzas, no que foi uma das realizações mais belas em que participámos.


O Caminho Marítimo é um deles, ao lado do Caminho Português ou do Caminho Francês.


O Veronique já tinha navegado naquelas águas por mais de uma vez, mas desta fê-lo em retiro, em busca, em encontro.

2 comentários:

Francisco Alba disse...

Bons ventos para os Caminhos de Santiago!
Apaixonado pelo mar e pela vela, talvez agnóstico também, seguramente não seguidor de qualquer religião, fiz como caminheiro parte do Caminho Francês. Uma experiência única de encontro com nós próprios, com os que amamos, com os que nos acompanham, com as "gentes" que encontramos, com o mundo, com a história, com a vida. Dirão os crentes que isto é um sinal da presença de Deus.
Se é ou não,e se é o Deus que eu talvez possa pensar que é... não sei.
Bons Ventos!

Francisco Alba
http://amigosdavela.blogspot.com

Moura Aveirense disse...

Eu adoro Santiago. É muito mais que religião, é cultura, silêncio, intimismo, estarmos connosco próprios, e muito mais.

Saudações, Moura Aveirense