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Chegados às Cyes não encontrámos baía onde se pudesse fundear com sossego tal era o vento que se sentia. Rumámos então um pouco mais para NNW, para a enseada da Barra, mesmo no sopé do monte de Ravinaldes, promontório com uns bons 200 metros de altura, o que nos garantia um bom resguardo de vento.
Fundeámos então, juntos com o Valhala, e de bote fomos a terra para as lapas e mexilhões, abundantes nas rochas da margem.
Deram uma magnífica refeição, preparadas com esmero pelo Ricardo, a bordo do Valhala.
Sentia se que a viagem de regresso, proa à passagem entre o Monte Ferro e as Estelas, seria mais suave, pois teríamos o vento e as vagas a favor, e assim foi na verdade.
A travessia foi feita integralmente à vela, em popa arrasada, com o vento a cair para os 15 nós, forte mas certinho, sem rajadas, e com o mar a cair também para uma ‘marejada’ suave inferior a 1 metro.
A tripulação não se sentiu, mesmo assim, nada bem.
Na verdade, o Mar ama-se ou odeia-se, não há termo médio. Foi complicado aguentar os nervos e os ânimos, durante as escassas 6 milhas, sobretudo depois de sairmos do abrigo das Cyes e até às Estelas.
A canção não era de facto a mesma para os tripulantes do Blue Tooth.
3 comentários:
ai! que exagero!
Quando diz ânimos agitados, refer-se a uma gritaria infernal e a o senhor, "o nosso BOM gigante" ter quase apanhado porrada?
ai! que exagero!
já fundeámos numa destas praias, não sei se na da Barra se na outra ao lado... numa situação parecida!!! chamamos-lhe "uma praia das boas"... por motivações diversas ;)
um dos areales de Cangas!!
mas foi em 1993!
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