quarta-feira, outubro 10, 2007

Requiem

Os cemitérios estão cheios de gajos porreiros.
Muitas vezes assim será, faço parte do rol dos ingénuos que acredita que as pessoas tem sempre um lado bom, que prevalece sempre, e que as circunstancias tramadas da vida impedem esse lado bom de se manifestar. Enfim, crendices.
Deste, desculpem-me, só me lembro, porque assisti, das faltas intermináveis ao emprego, onde só aparecia muito de vez em quando, e quando aparecia era no snack bar do rés do chão com as namoradas, da sobranceria com que pedia o “scotch” e tratava os subordinados, da mulher em casa a tratar dos filhos e ele a passear as amantes, das jogadas aparatchiks empregantes de bastidores.
Terá sido importante e terá tido as suas coisas boas, acredito, e inúmeras.
Só que agora não me estou a lembrar de nenhuma.

3 comentários:

garina do mar disse...

eu também não...
mas teve-as concerteza ;)

Anónimo disse...

Não sei,... não quero saber, a quem pretendes referir-te...embarca tanta gente todos os dias...Mas olha, caro companheiro, os "filhos da puta" não têm só direito à vida... também o têm de morte...Por isso, se morre sempre tanta gente boa, é bom que marche também um filho da puta, ou outro, de vez em quando... senão...

Laurus nobilis disse...

Vou falar do que não sei... mas, como princípio, concordo completamente com o anónimo acima, senão...