quinta-feira, dezembro 18, 2008

Um Cão como nós



Um Cão como nós, epagneul breton, Godot Átila do Vale do Inferno, como dizia o seu LOP, Godot para os Amigos.
Fica a saudade das brincadeiras.

terça-feira, dezembro 16, 2008

Por onde anda o Zé Angelo?

Directamente do Outlook:
"...
Olá,
Estou agora a chegar ao Estreito. Vou meter gasolina a CEUTA, e depois sigo logo para KIATON, Grecia, via estreito de Messina. São mais 6 dias de “ biage”.

Apanhei com a porrada toda, sempre em cheio.
Tambem tenho de acertar em alguma coisa, não é?
O Vessel trecker requer o LOG IN, e utiliza o “AIS”. Isto quer dizer, que sempre que ando próximo de terra, tens o trecker a ajudar. Creio que, pagando, há mais informações. Vou criar uma conta lá para casa, que o meu filho está sempre a chatear.
Depois de terra falo contigo. Devo chegar às 1900 UTC aos pilotos.
Abraços.

..."
PS: Ide ao www.vesseltracker.com . O Lamego é o IMO n.º 9006368

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Ainda Bem

É pá, ainda bem que temos um governo socialista, da esquerda democrática, se não estavamos quilhados.
Do IOL de hoje:

"...
Quase 20% das famílias portuguesas continuam em risco de pobreza, segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EUSILC) realizado em 2007.
Ao todo, são 18% os que se encontram em risco, mantendo-se o valor estimado para o ano anterior, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).
<<....>>

De acordo com o mesmo inquérito, «o rendimento dos 20% da população com maior rendimento era 6,5 vezes o rendimento dos 20% da população com menor rendimento, observando-se uma ligeira redução face ao valor de 6,8 estimado no ano anterior», diz ainda o INE.
A taxa de risco de pobreza corresponde à proporção de habitantes com rendimentos anuais por adulto equivalente inferiores a menos de 4.544 em 2006 (cerca de menos 379 por mês), o que reflecte um crescimento do limiar de pobreza de 4% face ao ano anterior.
Riscos com maior preponderância entre as mulheres
Tal como nos anos anteriores, conclui-se que o risco de pobreza afecta sobretudo os idosos, com uma taxa de risco de 26%. Destes, verificava-se uma maior preponderância para as mulheres (27% face a 24% de homens idosos).
Também os menores registavam uma taxa de pobreza superior à média nacional, estimando-se que 21% das pessoas com idade inferior a 18 anos se encontravam em risco.
Já o risco de pobreza para a população em situação de desemprego era de 32%, valor ligeiramente superior ao do ano anterior (31%). Esta condição afectava mais os homens, com 37%, do que as mulheres, com 28%.
Por outro lado, a população empregada (seja por conta de outrem, seja por conta própria) registava uma taxa de risco de pobreza de 10%, o que reflecte uma ligeira melhoria face ao exercício anterior (11%).

..."

sexta-feira, dezembro 12, 2008

E não se pode avaliá-los ? (exterminá-los)

Hoje, que dia será hoje? Ahhh, já sei, é sexta feira. Hoje, sexta feira, excepcionalmente, a rapaziada está atarefadissima com o trabalho politico e extremamamente doente. Tadinhos.
Dos Jornais de hoje:
"...
Uma semana depois da polémica sobre as faltas dos deputados, não se esperava que ninguém faltasse esta sexta-feira em São Bento, mas afinal a Comissão de Orçamento e Finanças teve que ser cancelada por falta de quórum.
Era necessário um mínimo de nove deputados para dar início à reunião, estavam presentes apenas oito. O presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, Jorge Neto, viu-se obrigado a suspender os trabalhos.
O PS foi, esta manhã, o partido que teve mais deputados em falta. A deputada Marta Rebelo desvalorizou as faltas, considerando que há assuntos mais importantes com que os deputados se devem preocupar e que esta polémica se relaciona com uma «política com p pequeno».
A socialista menciona, por exemplo, como um dos aspectos relevantes o Estatuto dos Açores, que só voltará ao plenário a 19 de Dezembro.
Por seu lado, o deputado social-democrata Duarte Pacheco, um dos faltosos, lembrou que cabe ao «partido maioritário», o PS, «assegurar o quórum». «O PSD tinha, em percentagem, o número de deputados suficientes», acrescentou.

..."

terça-feira, dezembro 09, 2008

A Xávega na Praia de Mira

Aqui a rapaziada aos Remos, incrivelmente numa sexta feira em que não estiveram doentes nem tiveram trabalho político.
Podem ver as outras fotos em http://olhares.aeiou.pt/arte_xavega/foto1405677.html

AVISO AOS NAVEGANTES

(Aviso apenas válido para quem não tem a Taxa de Farolagem e Balizagem em dia. Os outros podem mesmo ir por qualquer lado das boias)

À entrada da baía de S Jacinto existe um cabeço de areia de sonda muito baixa, que se estende desde o farolim verde do esporão de pedra até sensivelmente metade do canal definido pelas boias verde-vermelha.

Aconselha-se a passagem pela metade do canal do lado da boia vermelha.



segunda-feira, dezembro 08, 2008

Sonho

Tenho de ir ao psiquiatra, cada vez mais tenho um sonho, se bem que bom, preocupante.
Sonho que três Berieves e dois Canadairs, daqueles que combatem os incendios de Verão, carregadinhos de sugo, bosta, merdelim, sobrevoam a Assembleia da Républica e esta abre o tecto, assim como o Campo Pequeno, e, em pleno plenário, os cinco aviões descarregam de uma só vez a sua carga sobre os representantes da Nação.
Razão tinha o Luis, às tantas.
Do IOL de hoje:
"...
Nunca, como no último ano, a opinião pública ouviu falar tanto dos governadores dos bancos centrais.
Até há um ano, para a maioria das pessoas estes banqueiros existiam apenas como os gestores dos juros. Mas a actual crise veio colocá-los no centro da política económica, devido às suas competências de supervisão e de assistência a instituições em dificuldades. A importância que assumiram volta a colocar a questão: quanto vale um governador?
Segundo o «Jornal de Negócios», para o Ministério das Finanças português, o cargo ocupado por Vítor Constâncio vale uma remuneração anual de perto de 250 mil euros por ano, cerca de 18 vezes o rendimento nacional «per capita».
Já para a Administração norte-americana, o lugar ocupado por Ben Bernanke justifica apenas 140 mil euros anuais, ou seja, 4,2 vezes o rendimento «per capita» dos EUA.

( Pelintras, digo eu, sem ser com os nervos)
..."
E, mais adiante,
"...
«Plenário só às terças, quartas e quintas-feiras para evitar as faltas dos deputados». A ideia é de Guilherme Silva, ex-líder parlamentar do PSD, que esta terça-feira comentou a polémica da passada semana aos microfones da TSF: 30 deputados sociais-democratas faltaram, o que não permitiu chumbar a avaliação dos professores, proposta pelo PS.
Guilherme Silva considera que os deputados estão deslocados de casa e que as faltas à sexta-feira indicam que os parlamentares regressam às suas famílias mais cedo, o que poderia ser evitado com outra agenda na Assembleia da República.
«É preciso não esquecer esta componente humana, uma vez que o Parlamento tem deputados de todo o país».
Mas a ideia não irá vingar. José Junqueiro, vice da bancada socialista, numa intervenção registada no fórum da TSF, considerou que as «razões são iguais para todos os trabalhadores que estão longe da família»: não se perceberia «um regime de excepção» para os deputados, frisou. (pois, ao que se sabe os deputados do PS nunca faltam, digo eu, sem ser com os nervos)
Depois de a «bronca» que as ausências dos deputados do PSD motivaram na passada sexta-feira, com Manuela Ferreira Leite a considerar que o caso era inadmissível, e o líder da distrital do Porto a exigir a demissão do presidente da bancada, Paulo Castro Rangel, o Diário de Notícias fez as contas às faltas e concluiu que a sexta-feira é o dia preferido para fazer gazeta ao plenário. Já quinta-feira é o dia de maior assiduidade.
Segundo o DN, as faltas dos deputados às reuniões plenárias de sexta-feira, no Parlamento, atingem quase o dobro das ausências registadas nos outros dias. As reuniões de sexta contam 640 faltas e na esmagadora maioria trata-se de faltas justificadas: a invocação do trabalho político é a principal justificação; em segundo lugar, doença.

(tadinhos, adoecem sempre à sexta, eu consultava o Professor Mambo, ou o Karamba, digo eu, sem ser com os nervos).

PS: Tens razão pá, cinco aviões carregados de merdelim não são suficientes, talvez mais, muitos mais.

sábado, dezembro 06, 2008

De Caxinas e da Murtosa e da Figueira

Da TSF e dos noticiários de hoje:
"...
De acordo com a fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, as autoridades espanholas registaram, até ao momento, «quatro mortos e cinco pescadores por localizar», sendo que «iam a bordo oito portugueses e cinco indonésios».
«O acidente ocorreu a 24 milhas a norte de Burela» e provocou a morte a três pescadores portugueses.
Segundo o porta-voz do Serviço Espanhol de Salvamento Marítimo, cinco pessoas foram já resgatadas com vida por um helicóptero do Governo Regional da Galiza.
As operações de busca dos tripulantes desaparecidos continuam, estando a ser utilizados um helicóptero, um avião, um rebocador e duas embarcações de intervenção rápida.
O barco de pesca «Rosamar» está registado numa capitania portuguesa, mas é propriedade de armadores de Burela, garante o presidente do Sindicato dos Pescadores do Norte, António
Macedo.
..."

"....
Os corpos dos três pescadores portugueses vítimas do naufrágio de hoje do pesqueiro "Rosamar" encontram-se no porto espanhol de Burel (Lugo) e o processo de repatriação deverá iniciar-se "o mais rapidamente possível", anunciou o governo da Galiza.
Juan Carlos Martín Fragueiro, secretário-geral do Mar da Galiza, disse aos jornalistas depois de visitar os sobreviventes do naufrágio - quatro portugueses e um indonésio - que os corpos ficarão a cargo das autoridades judiciais.

Explicando que a evolução da situação está a ser comunicada "ao minuto" às autoridades portuguesas, Martín Fragueiro disse que os sobreviventes "estão em bom estado" desejando "receber alta o quanto antes para voltarem para as suas famílias".
Martín Fragueiro indicou ainda que os sobreviventes explicaram que "tudo ocorreu muito depressa" e que se tratou de "uma acontecimento realmente imprevisível". José Maria Garcia Butron, do Hospital Clínico Universitário da Corunha, onde se encontram os sobreviventes, explicou que os feridos estão em "choque psicológico, mas não têm problemas orgânicos". Antecipou, por isso, que todos possam ter alta ainda hoje.
O barco de pesca "Rosamar" naufragou hoje a 24 milhas a norte de Burela, na costa da Galiza, com oito portugueses e cinco indonésios a bordo, de acordo com as autoridades portuguesas e espanholas.
Até ao momento, as equipas de socorro espanholas conseguiram resgatar cinco tripulantes com vida e recuperaram três corpos, havendo ainda cinco pescadores desaparecidos.
..."

terça-feira, dezembro 02, 2008

Navegações no Alto Minho


Grande jornada de saúde esta no Alto Minho, onde existem, juntamente com a Galiza, as melhores termas do Mundo, quiçá mesmo as melhores de Portugal e da Galiza.
Tudo começou ainda na Boavista com um leitãozinho assado do Travassos, que morreu logo alí, com uma diamante negro bruto, fresquinha, que dava vida a um morto.
A sesta impediu a viagem nesse dia para o Norte, mas não se perdeu pela demora.
O almoço no dia seguinte foi na estância termal da Mariana, com o tradicional robalo cozido com algas, uma Esteva tinto que me soube pela vida.
A noite, em Ponteareas, trouxe um variado de tapas, presunto, polvo à Galega, míscaros, que aqueles tipos chama setas, assados na chapa, revueltos de gambas, queijos vários, que só podem fazer bem, umas gambinhas com alho e mais uns quantos que já nem me lembra bem o que eram.
E, como o Mundo é pequeno, imagine-se que a recepcionista do Hotel onde pernoitamos há lustres, faz parte da tripulação do Pepe, el Pirata Camelin, companheiro de aventuras náuticas por essas Rias afora
O dia da Restauração chegou e bebi meio copinho de água de Mondariz , tratamento assaz violento, mas que, enfim, tem de ser seguido.
No regresso foi o Encanada, com umas papas de sarrabulho, um arroz de sangue de porco com rojões desfiados, uma travessa de enchidos de sangue e um verdasco tinto fresquinho.
Foi como se não houvesse amanhã.

Ahhh, já me esquecia, no sábado o Fernando Dacosta lançou um livro novo, os Mal Amados, e tive pena de não poder estar presente.
Foi o Fernando Dacosta que me introduziu um autor indispensável, o Américo Guerreiro de Sousa, o meu escritor português contemporâneo de eleição.
Tive pena de não ir, mas a saúde impunha-me umas termasinhas, e com a saúde não se brinca.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Viva Portugal

Em 1 de Dezembro de 1640 Portugal já tinha 500 anos de história atrás.
Portugal não nasceu em 1640, em 1640 só expulsámos os usurpadores castelhanos e reafirmamo-nos como Nação Independente.

Isto nada é contra os nossos Amigos espanhois e sobretudo Galegos.
É o direito dos Povos e das Nações de se governarem, de fazerem as suas próprias asneiras, de terem os seus próprios corruptos.

Este fim de semana fui à Galiza a termas e jantei com um grupo de Amigos Galegos que tinham de nós uma imagem que nós não temos, pela positiva, pela admiração de Povo Livre que Portugal é.

Podemos cá ter os Cortes Ingleses e os discos do Iglesias, mas é porque somos um Povo Universalista, que sabemos receber, porque, no fundo, somos PORTUGUESES.

Viva Portugal, Vivam os Povos e Nações Ibéricas.

segunda-feira, novembro 24, 2008

Efemérides (cont.)

Para descontrair das tentativas de invasão castelhanas, aqui vai a nossa retoma das efemerides.

28 de Novembro de 1250

Tomás de Aquino, obscuro monge dominicano,atormentado por uma terrivel duvida que consistia em obter explicação para o Todo Poderoso ter concebido o Homem com 5 dedos e uma pila,em vez do contrário e lógico, cinco pilas e um dedo, circunstância que considerava um contracenso na omniscencia divina, concebe uma doutrina, que viria a durar séculos,segundo a qual um pobre diabo como o autor destas modestas linhas, não podia ter Porches, nem vivendas no Algarve, nem veleiros com mais de 36 pés.

Neste mesmo dia, mas em 525 ac, Zorba, proprietário de uma taberna em Atenas junto ao estádio do Olimpyacos, conhece um Oraculo famoso, Delfos de sua graça, que, a troco de dois copos de um vinho manhoso, que ele, Zorba, enchia de resina para render mais, lhe confiou que, dali a uns séculos, uma horda do Ocidente da Europa, já na fronteira com o Norte de África, alí seria derrotada pelos atenienses.

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27 de Novembro de 1810

Carlota Joaquina, extremosa esposa do Rei de Portugal e dos Algarves e Imperador do Brasil, João VI, entediada pela vida que levava no Rio de Janeiro, abre uma casa de putas no Leblon que rápidamente ganha forte clientela sobretudo entre os estivadores e os marinheiros holandeses, com o seu famoso 'broche à imperatriz'.
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Neste dia, mas em 1971, o meu Amigo Sacra, redescobre o famoso ultimo Teorema de Fermat, que aqui reproduzo:

O Último teorema de Fermat, ou teorema de Fermat-Wiles, afirma que não existe nenhum conjunto de inteiros positivos x, y, z e n com n maior que 2 que satisfaça:

X^n+Y^n=Z^n

Tendo o Sacra, como Fermat, exclamado:
.
"Cuius rei demonstrationem mirabilem sane detexi. Hanc marginis exiguitas non caperet."

Que, em Português, quer dizer:
"Encontrei uma demonstração verdadeiramente maravilhosa disto, a porra é que não me lembro onde a arrumei."

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25 de Novembro de 6891 ac

Moisés, conhecido animador do Teatro Nacional do Egipto Ramsés II, envereda pela carreira de ilusionista, montando o maior dos truques até então visto, a abertura do Mar Vermelho.
Este truque viria séculos mais tarde a ser copiado pelo americano David Copperfield e pelo coimbrão Luís de Matos, embora sem êxito, sendo que este ultimo o melhor que conseguiu foram duas vitórias e um empate da académica, simpática colectividade da 2ª distrital de coimbra.

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Neste mesmo dia, mas em 1968, ao excluir pelo terceiro ano consecutivo o autor destas modestas linhas do Grupo de Canto Coral do Liceu, o professor Sereno, revelando uma enorme insensibilidade musical, cortou definitivamente uma carreira de cantor lirico, que já se adivinhava brilhante, obrigando-me a seguir a senda das engenharias, onde ainda hoje me encontro, acabrunhado pela carreira artistica então cortada cerce.

Os nossos Vizinhos

Com amigos e vizinhos destes, quem precisa de inimigos???
Claro que não incluo no grupo os meus Amigos Galegos Mar, Haddock, Moncho, Manuel, entre muitos outros.
(E para que me não julguem mal, aqui vai um meu MUITO SENTIDO VIVA aos POVOS E NAÇÕES IBÉRICAS !!!!!)

Do Expresso e do Blog "Caxinas" o texto em baixo:



«O historiador espanhol Manuel Ros Agudo revelou recentemente um plano de invasão militar de Portugal pela Espanha de Franco, no início da Segunda Guerra Mundial.
O plano foi elaborado no contexto de uma quase certa guerra com a Inglaterra. Para tanto, Madrid tratou de preparar um ataque surpresa a Gibraltar, a que - segundo os estrategos espanhóis - Londres responderia pela ocupação das Canárias e por um desembarque em Portugal, visto como 'testa de ponte' da invasão da Península. O Estado-Maior militar de Franco preparou então uma vasta manobra de antecipação, que passaria pelo ataque a Gibraltar e por uma "invasão preventiva" de Portugal.
A invasão seria precedida de um ultimato, com um prazo praticamente impossível de cumprir e que o historiador calcula que seria de 24 a 48 horas. Os termos da invasão fazem parte do 'Plano de Campanha nº 1(34)', um estudo de 120 páginas, elaborado pela Primeira Secção, de Operações, do Alto Estado-Maior (AEM) durante a segunda metade de 1940. O plano foi apresentado a Franco a 18 de Dezembro. O objectivo final da invasão, por terra, mar e ar, era "ocupar Lisboa e o resto da costa portuguesa". Em termos de efectivos do Exército, seriam mobilizadas dez divisões de infantaria e uma de cavalaria, quatro regimentos de carros de combate, oito grupos de reconhecimento e oito regimentos mistos de infantaria - num total de 250 mil homens. Ou seja: o dobro dos meios humanos de que Portugal poderia dispor. O desequilíbrio era tal que, ao máximo de cinco divisões que Portugal poderia organizar, a Espanha responderia, logo à partida, com 25 divisões. A Força Aérea, por seu turno, participaria com cinco grupos de bombardeamento e dois de caça, duas esquadrilhas de reconhecimento, quatro esquadrilhas de caças Fiat CR-32 e dois grupos de assalto. Para tanto, as autoridades de Madrid contavam com o apoio quer da Alemanha quer da Itália. À Marinha estaria reservada uma missão de menor relevo, já que se temia uma forte reacção da poderosíssima armada britânica, que não deixaria de apoiar Lisboa. As forças espanholas seriam organizadas em dois exércitos, que actuariam a norte e a sul do Tejo. O primeiro avançaria ao longo da linha Guarda, Celorico da Beira, Coimbra e Lisboa; o segundo, pela linha Elvas, Évora e Setúbal. O objectivo fixado pelo plano de operações era "ocupar rapidamente Lisboa e dividir o país em três partes, por forma a facilitar a conquista de todo o território". Sabe-se como a Segunda Guerra Mundial não confirmou os receios de Espanha, que, tal como Portugal, acabou por não entrar directamente no conflito. Assim, o referido plano foi arquivado, permanecendo em segredo durante 68 anos, até que o historiador Manuel Ros Agudo o revelou no livro 'La Gran Tentación' (ed. Styria).

O autor explicou ao Expresso que "o plano da invasão é uma novidade absoluta, já que ficou guardado em segredo até hoje". Ros Agudo adiantou que há um exemplar do plano no arquivo do Estado-Maior da Defesa e outro no arquivo pessoal de Franco.
O autor diz não possuir dados que lhe permitam saber quais os planos políticos posteriores à invasão. Um episódio temporário ou uma absorção? Agudo transcreve uma conversa de Setembro de 1940, em Berlim, na qual o ministro dos Assuntos Exteriores de Espanha, Serrano Súñer, disse ao homólogo alemão, Ribbentrop, que, "ao olhar para o mapa da Europa, geograficamente falando Portugal não tinha direito a existir". Agudo admite que "Madrid não via com maus olhos uma integração ibérica de Portugal em Espanha".»

quinta-feira, novembro 20, 2008

Eu Nunca Viro as Costas ao Perigo

Nunca viro as costas a um desafio, a pedido de várias famílias, aqui vai :

Homem ou Mulher : Elton John/ I will survive
Descreve-te : Brel / Jeff
Que pensam as pessoas de ti : Tom Waits / My piano has been drinking
Como descreves o teu ultimo relacionamento : Elis Regina / Aguas de Março
Descreve a tua actual relação: Brel / Ces gens la
Onde Querias estar agora : José Afonso / Os indios da Meia Praia

Como é a tua Vida : Adriano Correia de Oliveira / Tenho Barco tenho Remos
Que pedirias se só tivesses um desejo : Fausto / Por este Rio Acima
Escreve uma frase sábia : Deolinda / fon fon fon



Este tipo de questionário faz-me lembrar as termas....ahhhhh as termas....(aliás qualquer coisa me lembra as termas)

terça-feira, novembro 18, 2008

Outra Adivinha

Recebi agora mesmo algumas fotografias de um dos meus anteriores locais de trabalho.
Terá sido onde, profissionalmente, me senti melhor.
Foram alguns anos de actividade frenética, onde fui verdadeiramente Engenheiro, no inteiro sentido da profissão.
Na terceira janela do 1º andar, era o meu gabinete.
Ahhh, quem apostou que era nos Balcãs, enganou-se. É cá no nosso Portugal, mas também não digo onde é.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Breaking News

Violento incêndio assolou o Paço dos Duques da Quinta do Picado, residência oficial do meu Médico Particular e de Bordo também.
O sinistro foi combatido por três corporações de Bombeiros, nenhuma de coimbra felizmente, um batalhão da Proteção Civil, dois escuteiros, dois membros do Exército de Salvação e um voluntário do Grupo de Forcados Amadores de Alhandra, em férias no Norte do País.
Completamente destruido ficou o sistema de aquecimento do Paço, quatro livros de receitas do Mestre Silva, um móvel estilo D. João V, uma cadeira da feira dos vinte e oito e um pufe comprado na feira de Espinho ao sr. Joaquim Monteiro Lelo.
Salvou-se a garrafeira bem sortida do nosso Médico de Bordo que, em graça disso, já prometeu ir a pé à Nossa Senhora de Vagos.

PS: Recebemos agora a informação que a Edição Ilustrada do Kama Sutra,orgulho de qualquer Biblioteca, apesar de algumas páginas queimadas,nomeadamente o indice figurativo, conseguiu,no essencial, salvar-se.

Alvissaras

È uma das minhas autoras de BD preferidas, direi mesmo mais, é a minha autora de BD preferida.
Quem souber quem é a senhora pode pedir-me o que quizer.

terça-feira, novembro 11, 2008

Efemérides

Há uns tempos alimentei uma news-letter de efemérides que enviava aos meus Amigos e a alguns conhecidos.
Face ao grande trabalho de investigação que implicava fui forçado a suspender 'sine die' a publicação, mas, recebidos inumeros pedidos, para aí uns três, decidi reatar a iniciativa, embora não tenha ainda decidido sob que forma.
Aceito sugestões para o meu email, que os Amigos e os conhecidos têm, ou em comentários.
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14 de Novembro de 1985
Ao tentar convencer uma assistencia interessada, à mesa do café, que a Terra tinha 25 fusos horários, dificuldade não ultrapassada mesmo invocando um livro que teria lá em casa onde isso era muito bem explicado, o sr oficial náutico, de ponte, Manuel Joaquim, conhecido em Ilhavo como 'Ave de Rapina', ganha um terrivel torcicolo que lhe durou até aos dias de hoje, mal grado as sucessivas consultas que lhe arranjaram no SAP da terra e as visitas que fez ao 'ceguinho' da Carvalheira, ao bruxo da Carregosa e ao endireita da Medela.
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13 de Novembro de 1935
O sr capitão Manuel Joaquim, ao entrar no Café Jardim e dando conta que constava na necrologia local, sacou do revolver que o tinha acompanhado em pelo menos 32 campanhas à Terra Nova e desatou aos tiros, tendo no seu tresloucado acto ferido dois clientes do dito café, um transeunte e uma gaivota, tendo ainda destruido irremediavelmente um candeeiro que iluminava o jardim, dando deste modo origem à famosa lenda da lampada de Ilhavo que, de forma deturpada, outros historiadores contam de forma diferente.

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12 de Novembro de 1978
Descontente com o fraco movimento da sua livraria, a 17ª a ter aberto na vila maruja de Ilhavo, o sr Manuel Joaquim decide reconverter o seu negócio e passar a vender sandes de torresmos juntamente com os livros, o que foi de facto um retrocesso, pois rapidamente os torresmos tomaram o lugar da ‘Gina’ da ‘Maria’ e das outras publicações que decoravam os seus escaparates.

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segunda-feira, novembro 10, 2008

Em Homenagem a Miriam Makeba


Do JN de hoje:

"...

A cantora sul-africana Miriam Makeba, conhecida como "Mama Africa", morreu domingo à noite em Itália ao sair do palco, depois de ter actuado num concerto de apoio a um jornalista ameaçado de morte pela máfia.
Fonte da Clínica de Pineta Grande, em Castel Volturno, perto de Nápoles (no sul de Itália), disse que a cantora morreu pouco depois de ter dado entrada no local.
A agência noticiosa italiana ANSA referiu que Makeba terá sofrido um ataque cardíaco no final do concerto, em que participaram vários artistas e que foi dedicado ao jornalista e escritor italiano Roberto Saviano, ameaçado pela Camorra, a máfia napolitana.
"Ela foi a última a subir ao palco, depois de vários outros cantores. Houve uma chamada ao palco, e nesse momento alguém perguntou aos microfones se havia um médico na assistência. Miriam Makeba tinha desmaiado", relatou.
Cerca de um milhar de pessoas assistiram ao concerto em Caltel Volturno, considerado um dos bastiões da máfia napolitana e onde seis imigrantes e um italiano foram abatidos em condições obscuras em Setembro passado.
Roberto Saviano é autor do best-seller "Gomorra", um livro sobre a Camorra que foi adaptado ao cinema e mereceu o prémio do júri no último festival de Cannes, além de ter sido escolhido para representar a Itália nos Óscares.
Convertida num dos símbolos da luta anti-"apartheid", Miriam Makeba, nascida em Joanesburgo em 04 de Março de 1932 e cujo título "Pata, Pata" a tornou conhecida em todo o mundo, sempre defendeu nas suas canções o amor, a paz e a tolerância.
A cantora, a quem chamavam "a imperadora da canção africana" deixou a África do Sul em 1959.
Tentou regressar em 1960 por ocasião do funeral da mãe, mas o passaporte foi-lhe cancelado e não foi autorizada a entrar no país.
Viveu no exílio durante 35 anos nos Estados Unidos, França, Guiné e Bélgica antes do seu emotivo regresso a Joanesburgo em 1990, quando regressaram muitos exilados sul-africanos ao abrigo de reformas instituídas pelo então presidente F.W. de Klerk.
"Nunca percebi por que é que não podia voltar ao meu país", disse Makeba quando regressou: "Nunca cometi nenhum crime".
Em 1976 proferiu nas Nações Unidas um discurso de denúncia do "apartheid" (segregação racial).
Foi depois disso que a rádio e a televisão governamentais sul-africanas se recusaram a emitir as suas canções.
Foi casada com o trompetista Hugh Maseka e mais tarde com o activista Stokely Carmichael.

Liberdade de expressão e de pensamento

Desde sempre que tive essa ideia sobre os meus semi-conterrâneos, acreditei que as coisas tinham mudado, enganei-me.
Os detentores das bonitas palavras, que não das ideias, que se fodam, não estou para os aturar.
A história encarregar-se-á de os colocar no lugar que merecem, no lixo.
Em boa verdade sempre foi o estilo das gentes desta terra, espirito de clã, de grupo hermético e fechado, dos filhos dos senhores capitães e dos outros.
Extremamente lamentável, mas foi, e ao que se vê é, esse o espirito, a maneira de estar na vida dos bem nascidos de Ilhavo.
Felizmente que não é só destas gentes que a terra é feita.
Muitos outros, dos que não "...passam as tardes nas mesas do café da terra com um copo de água e vão merendar a casa para poupar..." são gente boa, felizmente a maioria.
Como na terra se diz, uns codres pantomineiros que não vêm mais que o próprio umbigo.

Dos Pescadores que faziam campanhas umas atrás das outras para pagar a codea que a família comia, e dos capitães que numa viagem ou duas faziam ou compravam os chalés em Ilhavo e na Costa Nova. Desses, dos Pescadores, podemos orgulharmo-nos.

E eu pá, chateia-me que me censurem os escritos, que poderão ser pobrezinhos, mas não são anónimos pá, são sempre assinados, com o meu nome pá, João Madail Veiga.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Dos Povos e das Nações Peninsulares

Do Portugal Online de hoje, citando o El País :

"...
O último presidente do governo franquista, Carlos Árias Navarro, afirmou, em 1975, aos EUA, que Espanha estava preparada para entrar em guerra com Portugal «para evitar que o comunismo se espalhasse», revela o El País.
O jornal refere que essa ameaça está nos registos de conversas entre diplomatas e governantes de Espanha e dos Estados Unidos, a seguir à tentativa do golpe spinolista de 11 de Março, em Portugal.
Árias «exprimia a sua profunda preocupação» pela transição para a democracia em Portugal e que queria o apoio de Washington caso ocorresse um conflito bélico.
E se Franco tivesse dito «sim»?
«Tratava-se de um momento crucial nas relações entre os dois países, porque os Estados Unidos desejavam renegociar o aluguer das bases militares e Árias queria que Washington apoiasse a entrada de Espanha na NATO», escreve o diário espanhol.
A análise baseia-se em documentos obtidos nos Arquivos Nacionais em Washington, que reproduzem as observações dos Estados Unidos nos últimos anos antes da morte de Franco.
Segundo esses documentos, a situação em Portugal foi um dos temas dominantes da reunião que Árias Navarro manteve com o vice-secretário de Estado norte-americano, Robert Ingersolll, em Jerusalém, em Março de 1975.
Nesse encontro, Árias manifestou a sua preocupação sobre os acontecimentos em Portugal devido ao que o presidente do Governo classificou como «o último acto insensato de Spínola».
A «preocupação» de Árias
«Portugal é uma séria ameaça para Espanha, não apenas pelo desenvolvimento que está a ter a situação, mas pelo apoio exterior que poderia ter e que seria hostil a Espanha», escreveu Ingersoll a 18 de Março, numa mensagem para Henry Kissinger, então secretário de Estado.
Árias terá explicado aos americanos estar a tomar «as precauções devidas» para que «os acontecimentos de Portugal não se estendam ao outro lado da fronteira».
A preocupação de Árias voltou a ser repetida num encontro a 7 de Abril de 1975 com o senador republicano Hugh Scott, a quem prometeu que a Espanha não repetiria o que aconteceu em Portugal.
«Árias disse que o exército espanhol conhece os perigos do comunismo pela experiência da Guerra Civil e está totalmente unido», dizia o embaixador norte-americano, Wells Stable, numa mensagem enviada para Washington, a 9 de Abril de 1975.
Um mês depois voltava ao assunto, porém, afirmando que «com a sua larga fronteira com Portugal, será difícil para a Espanha proteger-se de uma acção subversiva portuguesa».

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