Já conheceu melhores dias o Cruzeiro Berlengueiro, este foi o XVIII, mas, como todos os outros, este também foi mágico.
Começou com as pressas costumeiras, a correr desde a empresa até ao Oudinot, com passagem pela Boavista e pelo abastecimento de combustível, que quem vai para o Mar avia-se em terra.
Com toda a pressa o almoço ficou em terra esquecido e, impante, o Véronique fez-se ao Mar pelas 15h00m de sexta feira, rumo à Berlenga, com o piloto automático fora de serviço e eu a tentar, com êxito, pô-lo a funcionar.
O Mar esse estava radical, com ondas dos quadrantes Oeste de 2 a 3 metros. O Véronique, com a vela grande e a máquina a ajudar, andava entre os 6 e os 7 nós.
Pelas sete da tarde resolvemos fazer uma merendazinha que acompanhamos com uma garrafinha de 4 Ventos, deliciosa.
Caiu-me porém na fraqueza e inaugurei a temporada dos enjoos no Mar, vomitando copiosamente, como se não houvesse amanhã, uma 4 ou 5 vezes.
Por fim lá melhorei e o Véronique continuou a galgar aquelas ondas, cada vez mais trapalhonas, fazendo-me equacionar a hipótese de não ficar na Berlenga aquela noite e rumar a Peniche.
A manobra de fundear, numa noite de Lua Nova escura como breu, ao abrigo da ilha mágica, foi de mestre. Dei com o ilhote da Inês de imediato (eram 3 da manhã e os geradores da ilha já tinham sido desligados), largamos ferro com maestria e algum receio do meu parceiro de viagem que, não conhecendo aquele recanto, via o Véronique a pairar em cima das rochas e da falésia.
O restinho da noite foi para descansar e para pescar, tendo ido a terra apenas pelas 11 da manhã, para um passeio até ao Forte de São João Baptista, ou quase, e para o almoço.
Entretanto chegaram os veleiros de Lisboa e os restantes da nossa Ria.
No almoço na Berlenga, para além dos percebes, as sardinhas, as primeiras da temporada, estavam simplesmente a raiar a excelência.
Seguiu-se a viagem até à Nazaré, tradicionalmente radical. E esta não foi excepção. Vela grande e máquina levaram o Veronique aos 7 nósitos. O Mar, esse, continuava cavado a grosso, como convém.
Arribados à Nazaré e arrumadas as embarcações, seguiu-se uma mariscada no Aqui d'El Mar, das melhores que já malhei.
A viagem para a Figueira foi sem história, estai pequenino, vela grande, máquina e vento de Oeste.
Largados que fomos do porto da Figueira da Foz, rumou-se 15º verdadeiros para a barra de Aveiro, com vento bonançoso de WSW.
Pelas 1300, já ao largo da Tocha e em frente ao Finfas, almoçou-se com alegria os restinhos das refeições, redon gourmet como soi dizer-se, pondo a baixo uma garrafa de Quatro Ventos que o MMMMMBAS Veiga tinha guardada para uma doença e que se decidiu agora mesmo dar por consumida.
Já bem perto da Barra, ao largo da Costa Nova, fez se a ultima das fotografias da epopeia.
1 comentário:
Digamos que essa, das sardinhas de excelência, me ficou atravessada... Ainda não comi nenhumas este ano!
Enviar um comentário