sábado, junho 16, 2012

Os ultimos dias

O Remo e o desporto de competição ensinaram-me muitas coisas. A primeira das quais a lealdade e o respeito pelos outros.
Um dia fui campeão nacional com uma vantagem tal sobre o segundo que o nosso timoneiro se levantou e, de pé, cortou a meta.  Ele e nós.
O resultado foi um castigo que todos tivemos, justo, por desrespeito aos adversários.

Mas o Remo, o desporto, foi uma opção voluntária, não fomos obrigados a 'puxar pela tábua', andámos lá por que o elemento 'água' nos era vital, era isso mais que tudo que nos fazia viver.

Não fomos para o Remo porque  fossemos a isso obrigados mas porque a Ria era para nós o sangue e o sal que nos corria nas veias.

Os meus adversários, do Caminhense, do Fluvial, da ANL e dos outros eram, foram e ainda são meus Amigos.

Respeitamo-nos, ouvimo-nos e compreendemo-nos, algumas vezes não concordando. Mas o que nos une é muito mais forte, é o Mar, é a Ria, são os barcos.

Entendem-me? Espero que sim.

Hoje fui visitar um Amigo a enterrar. Fui porque era, é, meu Amigo, não porque as regras mo obrigassem.
E por duas vezes, que me lembre, discutimos forte.
Mas, mais forte que as palavras amargas era a Ria e o Mar, e a Amizade que o Mar e a Ria criam.

Tenho saudade do meu Amigo.

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