"... Pois nós que brigamos com o Mar, oito a dez dias a fio numa tormenta, de Aveiro a Lisboa, e estes que brigam uma tarde com um toiro, qual é que tem mais força ?.."
segunda-feira, maio 31, 2010
O Povo Eleito
Do JN de Hoje:
"...Pelo menos 19 pessoas morreram e 26 ficaram feridas durante o ataque dos comandos israelitas contra um conjunto de seis barcos que seguiam para Gaza, segundo a cadeia 10 da televisão israelita. Os barcos transportavam cerca de 750 pessoas de 60 nacionalidades e perto de 10 mil toneladas de ajuda humanitária...."
quinta-feira, maio 27, 2010
SAR ( Mais um episódio da saga Trágico-Marítima )
Não perca os próximos e emocionantes episódios do serviço publico SAR (Save (*) and Rescue) do NVV Veronique, num blog perto de si.
Pouco passava das 2100 UTC e saía este vosso amigo do Jorge da Vagueira onde tinha malhado uns carapauzinhos grelhados divinais, eis que recebo no Boavista Radio Controlo (BRC) um Mê Dê aflitivo do meu amigo Berna, fundeado que estava na Meia Laranja, sem máquina, sem vento e, pior que tudo, sem vinho.
Ainda desconfiei, pois estando o seu veleiro Tibariaf em seco, como poderia estar o Berna a seco também, mas na Meia Laranja?
Feita a contra prova, verificou-se no BRC que a situação impunha um despoletar rápido dos meios SAR (Save(*) and Rescue ou, como se diz no Alfeite, Busca e Salvamento).
Na verdade, o Tibariaff estava em seco, mas o Berna vinha noutro veleiro, desde Portimão e há 3 dias que não tomava banho, o que se notava pela grande quantidade de moscas à volta da embarcação.
E lá vou eu com o NVV Veronique, depois de chamado o tripulante Paulo Madail Lobo para me acompanhar nas tarefas imprescindíveis de atestar o copo do comandante de umas águas termais escocesas que sempre existem a bordo.
Feita com arte a manobra da desamarração do NVV Veronique, eis-nos a uns estonteantes 5,12 nós, 5,2 nós, vá, numa noite de luar deslumbrante e com as águas termais por companhia, pela Cale da Vila afora, em direcção ao Mar Oceano.
Ao fim e ao cabo esta era a 2ª acção SAR que fazia nas ultimas duas semanas.
Com algum esforço encontrou-se a embarcação fundeada na Meia Laranja, com uma densa nuvem de moscas à sua volta e com os tripulantes já em adiantado estado de desidratação, tendo sido necessária a abertura imediata de uma garafinha de tinto Cabeça de Burro, que me tinha sido oferecida pelos náufragos anteriores em sinal de reconhecimento.
A viagem até Aveiro foi calma, com o reboque a rebocar, a Policia Maritima a vigiar e a tripulação do NVV Veronique buar (não sei se está bem dito, mas tinha de encontrar a rima).
Chegados ao pontão da Avela, nova e arrojada manobra, em tudo identica à de buta cau, onde se amarrou com destreza a embarcação náufraga e se pôs a baixo o que restava da garrafa termal a uso.
(*) Correcção = Dever-se-á dizer Search and Rescue, é estrangeiro. Compreendam, quando escrevi esta cronicreta ainda estava sob o efeito das águas termais, e falhei no estrangeiro. Çorry.
Pouco passava das 2100 UTC e saía este vosso amigo do Jorge da Vagueira onde tinha malhado uns carapauzinhos grelhados divinais, eis que recebo no Boavista Radio Controlo (BRC) um Mê Dê aflitivo do meu amigo Berna, fundeado que estava na Meia Laranja, sem máquina, sem vento e, pior que tudo, sem vinho.
Ainda desconfiei, pois estando o seu veleiro Tibariaf em seco, como poderia estar o Berna a seco também, mas na Meia Laranja?
Feita a contra prova, verificou-se no BRC que a situação impunha um despoletar rápido dos meios SAR (Save(*) and Rescue ou, como se diz no Alfeite, Busca e Salvamento).
Na verdade, o Tibariaff estava em seco, mas o Berna vinha noutro veleiro, desde Portimão e há 3 dias que não tomava banho, o que se notava pela grande quantidade de moscas à volta da embarcação.
E lá vou eu com o NVV Veronique, depois de chamado o tripulante Paulo Madail Lobo para me acompanhar nas tarefas imprescindíveis de atestar o copo do comandante de umas águas termais escocesas que sempre existem a bordo.
Feita com arte a manobra da desamarração do NVV Veronique, eis-nos a uns estonteantes 5,12 nós, 5,2 nós, vá, numa noite de luar deslumbrante e com as águas termais por companhia, pela Cale da Vila afora, em direcção ao Mar Oceano.
Ao fim e ao cabo esta era a 2ª acção SAR que fazia nas ultimas duas semanas.
Com algum esforço encontrou-se a embarcação fundeada na Meia Laranja, com uma densa nuvem de moscas à sua volta e com os tripulantes já em adiantado estado de desidratação, tendo sido necessária a abertura imediata de uma garafinha de tinto Cabeça de Burro, que me tinha sido oferecida pelos náufragos anteriores em sinal de reconhecimento.
A viagem até Aveiro foi calma, com o reboque a rebocar, a Policia Maritima a vigiar e a tripulação do NVV Veronique buar (não sei se está bem dito, mas tinha de encontrar a rima).
Chegados ao pontão da Avela, nova e arrojada manobra, em tudo identica à de buta cau, onde se amarrou com destreza a embarcação náufraga e se pôs a baixo o que restava da garrafa termal a uso.
(*) Correcção = Dever-se-á dizer Search and Rescue, é estrangeiro. Compreendam, quando escrevi esta cronicreta ainda estava sob o efeito das águas termais, e falhei no estrangeiro. Çorry.
segunda-feira, maio 24, 2010
Pois é...
Do JN de hoje, a propósito dos morangais da nossa costa, de Mira à Vagueira, e da falta de mão de obra para os apanhar:
"...
Não falta quem deseje provar os morangos cultivados junto ao mar desde Mira à Vagueira, mas colhê-los da terra é outra história. Não fossem tailandeses e toneladas ficavam por apanhar. Dos 100 portugueses mandados pelo Centro de Emprego, só um aceitou.
..."
O Bold é meu.
"...
Não falta quem deseje provar os morangos cultivados junto ao mar desde Mira à Vagueira, mas colhê-los da terra é outra história. Não fossem tailandeses e toneladas ficavam por apanhar. Dos 100 portugueses mandados pelo Centro de Emprego, só um aceitou.
..."
O Bold é meu.
segunda-feira, maio 17, 2010
Posição Oficial do Ventosga sobre o casamento gay
"...
Quando vires um cidadão de opção sexual alternativa (1)
Não lhe mostres desdém
Lembra-te que se tivesse ovários
Podia ser tua mãe.
..."
(1) Reparem na forma educada e sensível como o autor desta modesta quadra trata tão delicado assunto.
Quando vires um cidadão de opção sexual alternativa (1)
Não lhe mostres desdém
Lembra-te que se tivesse ovários
Podia ser tua mãe.
..."
(1) Reparem na forma educada e sensível como o autor desta modesta quadra trata tão delicado assunto.
segunda-feira, maio 10, 2010
domingo, maio 09, 2010
Os compromissos são quilhados
Num evento organizado pela ANR, Avela e ANC aqui em Aveiro, e que, na minha não isenta opinião, correu benzinho, duas embarcações houve que a meio da semana passada, aí pelo dia 6 ou 7 de Maio, não posso precisar, largaram para o Norte sem água vai à malta que estava a organizar as coisas.
Em jeito de justificação recebi o seguinte email do skipper de uma delas que, como compreenderão, vai censurado das partes identificadoras:
----- Original Message -----
From: xxx
To: 'joao veiga'
Cc: (para o resto da rapaziada)
Sent: Saturday, May 08, 2010 12:50 AM
Subject: RE: Cruzeiro a Aveiro
Caro João Veiga;
Atendendo a que tivemos um compromisso profissional com o XXX, para as 15h de 17 de Maio, tivemos que antecipar o nosso regresso a XXXXX, pelo que não vamos poder comparecer no resto do programa estipulado para este fim de semana, com muita pena nossa. Fazemos votos para que tudo corra bem, e desejamos a toda a frota um bom regresso aos portos de origem, agradecendo desde já a forma como fomos recebidos pelo Avela e seus dirigentes, bem como pela ANR.
Melhores cumprimentos.
XXXX.
Os azuis e os bolds são meus, o resto é original.
Notar a data do email, 8 de Maio, um ou dois dias depois da largada de Aveiro, e a data do compromisso profissional, 15h do dia 17 de Maio.
A seguir a minha resposta, datada de hoje, 9 de Maio de 2010:
Caro Amigo,
O meu desejo é que a viagem para o Norte tenha corrido bem e dizer-lhe que, no que depender de mim, será sempre bem recebido na minha terra.
Compreendo a necessidade que teve de se ausentar pelo compromisso assumido. Eu próprio também tenho um compromisso assumido para o dia 12 de Julho próximo, pelo que também vou ter que rever os meus compromissos para a próxima semana.
Bons ventos,
Joao Madail Veiga
Em jeito de justificação recebi o seguinte email do skipper de uma delas que, como compreenderão, vai censurado das partes identificadoras:
----- Original Message -----
From: xxx
To: 'joao veiga'
Cc: (para o resto da rapaziada)
Sent: Saturday, May 08, 2010 12:50 AM
Subject: RE: Cruzeiro a Aveiro
Caro João Veiga;
Atendendo a que tivemos um compromisso profissional com o XXX, para as 15h de 17 de Maio, tivemos que antecipar o nosso regresso a XXXXX, pelo que não vamos poder comparecer no resto do programa estipulado para este fim de semana, com muita pena nossa. Fazemos votos para que tudo corra bem, e desejamos a toda a frota um bom regresso aos portos de origem, agradecendo desde já a forma como fomos recebidos pelo Avela e seus dirigentes, bem como pela ANR.
Melhores cumprimentos.
XXXX.
Os azuis e os bolds são meus, o resto é original.
Notar a data do email, 8 de Maio, um ou dois dias depois da largada de Aveiro, e a data do compromisso profissional, 15h do dia 17 de Maio.
A seguir a minha resposta, datada de hoje, 9 de Maio de 2010:
Caro Amigo,
O meu desejo é que a viagem para o Norte tenha corrido bem e dizer-lhe que, no que depender de mim, será sempre bem recebido na minha terra.
Compreendo a necessidade que teve de se ausentar pelo compromisso assumido. Eu próprio também tenho um compromisso assumido para o dia 12 de Julho próximo, pelo que também vou ter que rever os meus compromissos para a próxima semana.
Bons ventos,
Joao Madail Veiga
O dia do Magreb
sexta-feira, maio 07, 2010
Portugal
Do José Eduardo Agualusa, esta passagem do seu livro "Um estranho em Goa":
"...
--Hoje sente-se indiano?
--Não, indiano não, mas às vezes sinto-me goês.
--E Português?
--Isso já não sei. O que é um Português?
A pergunta apanhou-me desprevenido. Hesitei:
--Bem, antes de mais, suponho, um europeu.
--Os Portugueses, europeus ?-Riu-se com mansidão.--Nunca o foram. Não o eram antes e não o são hoje. Quando conseguirem que Portugal se transforme sinceramente numa nação europeia o País deixará de existir. Repare : os Portugueses construíram uma identidade por oposição à Europa, ao reino de Castela, e como estavam encurralados lançaram-se ao Mar e vieram até aqui, fundaram o Brasil, colonizaram Africa. Ou seja, escolheram não ser europeus.
..."
"...
--Hoje sente-se indiano?
--Não, indiano não, mas às vezes sinto-me goês.
--E Português?
--Isso já não sei. O que é um Português?
A pergunta apanhou-me desprevenido. Hesitei:
--Bem, antes de mais, suponho, um europeu.
--Os Portugueses, europeus ?-Riu-se com mansidão.--Nunca o foram. Não o eram antes e não o são hoje. Quando conseguirem que Portugal se transforme sinceramente numa nação europeia o País deixará de existir. Repare : os Portugueses construíram uma identidade por oposição à Europa, ao reino de Castela, e como estavam encurralados lançaram-se ao Mar e vieram até aqui, fundaram o Brasil, colonizaram Africa. Ou seja, escolheram não ser europeus.
..."
Mais uma Reedição
As palavras são minhas, a história é do Dr. Amadeu Cachim e é contada no seu livro “os Ílhavos o Mar e a Ria”.
Se tivesse a possibilidade de a ele aceder facilmente, reproduziria sem qualquer alteração o seu texto, que é fresco como as águas da ria, mas, na impossibilidade, contarei a história, que acho deliciosa, o melhor que puder e souber.
Era hábito, no primeiro quartel do século passado, saírem da ria umas embarcações em direcção a Lisboa e ao Tejo, carregadas muitas vezes com sal, a que se chamavam enviadas, tripuladas por dois homens.
Essas embarcações ficavam muitas vezes pelo Tejo uma vez descarregadas das suas mercadorias.
Uma dessas enviadas era comandada pelo mestre Tomé Ronca, que um dia se dirigiu com um seu acompanhante para a barra de Aveiro com destino a Lisboa.
Chegado junto ao Forte Velho, a umas duas milhas da barra, como o vento e a maré não estivessem a ajudar, encostou à espera de melhor ocasião para sair a barra.
Deu então conta que se tinha esquecido da almotolia do azeite para temperar o peixe e as batatas. Como não se previa mudança de ventos e marés de imediato, prestou-se o seu único acompanhante a ir numa corrida a pé a Ílhavo, distante dali escassos 6 km, buscar a preciosa almotolia.
Aconteceu então que, ainda o outro não tinha tido tempo de chegar a Ílhavo, o vento rodou para NW e o mestre Tomé Ronca não se fez rogado, içou velas e lá seguiu ele sozinho, mar afora, rumo a Lisboa.
Quando o seu acompanhante chegou de Ílhavo, já munido da almotolia do azeite, e vendo que o mestre Ronca já tinha largado sozinho para Lisboa, comentou para si:
“Raio do Homem, como é que ele se vai ver na viagem sem a almotolia do azeite….”
Se tivesse a possibilidade de a ele aceder facilmente, reproduziria sem qualquer alteração o seu texto, que é fresco como as águas da ria, mas, na impossibilidade, contarei a história, que acho deliciosa, o melhor que puder e souber.
Era hábito, no primeiro quartel do século passado, saírem da ria umas embarcações em direcção a Lisboa e ao Tejo, carregadas muitas vezes com sal, a que se chamavam enviadas, tripuladas por dois homens.
Essas embarcações ficavam muitas vezes pelo Tejo uma vez descarregadas das suas mercadorias.
Uma dessas enviadas era comandada pelo mestre Tomé Ronca, que um dia se dirigiu com um seu acompanhante para a barra de Aveiro com destino a Lisboa.
Chegado junto ao Forte Velho, a umas duas milhas da barra, como o vento e a maré não estivessem a ajudar, encostou à espera de melhor ocasião para sair a barra.
Deu então conta que se tinha esquecido da almotolia do azeite para temperar o peixe e as batatas. Como não se previa mudança de ventos e marés de imediato, prestou-se o seu único acompanhante a ir numa corrida a pé a Ílhavo, distante dali escassos 6 km, buscar a preciosa almotolia.
Aconteceu então que, ainda o outro não tinha tido tempo de chegar a Ílhavo, o vento rodou para NW e o mestre Tomé Ronca não se fez rogado, içou velas e lá seguiu ele sozinho, mar afora, rumo a Lisboa.
Quando o seu acompanhante chegou de Ílhavo, já munido da almotolia do azeite, e vendo que o mestre Ronca já tinha largado sozinho para Lisboa, comentou para si:
“Raio do Homem, como é que ele se vai ver na viagem sem a almotolia do azeite….”
quinta-feira, maio 06, 2010
E o Mar invadia a planície
Há uns anos publiquei no Ventosga Velho o texto abaixo, da Drª Luisa Rosa, ribatejana de Benavente e médica em Coimbra, e que vem agora de novo a talho de foice.
"...
Juntando algumas das pedrinhas soltas da nossa conversa de hoje e pensando naquela tua imagem de estares despido sem o teu barco, e sem rumo fora do mar….recordei uma história que ouvi contar ao meu pai, naqueles tempos em que a juventude me permitia que as histórias ficassem na memória...dizia ele que um dia lhe entrou pelo gabinete lá nos Açores , o amigo Damião, conhecera-o anos antes, nos tempos em que ele esteve a trabalhar na nossa terra, e o inesperado daquele reencontro.... agora com a situação invertida, era o ribatejano que se encontrava deslocado naquela linda ilha no meio do oceano, lá na terra dele, e o açoreano não podia estar mais espantado dizendo com aquele sotaque tão peculiar:
–“É homem então você está cá?”
E foi nessa altura que lhe confessou as saudades que, perdido lá no meio de tanta terra, lá no Ribatejo, sentia da sua ilha e sobretudo daquele Mar imenso ...e na altura em que as chuvas de inverno faziam subir as águas do rio e os campos ficavam inundados,...aí ele ia para cima da ponte e sentia que respirava melhor rodeado de toda aquela água que cobria a planura da lezíria, aquela água a perder de vista...e assim recuperava um pouco as forças para continuar ..longe ...era o que de mais parecido encontrava com a imensidão do seu mar.
21 de Dezembro de 2004
Luisa Rosa
..."
"...
Juntando algumas das pedrinhas soltas da nossa conversa de hoje e pensando naquela tua imagem de estares despido sem o teu barco, e sem rumo fora do mar….recordei uma história que ouvi contar ao meu pai, naqueles tempos em que a juventude me permitia que as histórias ficassem na memória...dizia ele que um dia lhe entrou pelo gabinete lá nos Açores , o amigo Damião, conhecera-o anos antes, nos tempos em que ele esteve a trabalhar na nossa terra, e o inesperado daquele reencontro.... agora com a situação invertida, era o ribatejano que se encontrava deslocado naquela linda ilha no meio do oceano, lá na terra dele, e o açoreano não podia estar mais espantado dizendo com aquele sotaque tão peculiar:
–“É homem então você está cá?”
E foi nessa altura que lhe confessou as saudades que, perdido lá no meio de tanta terra, lá no Ribatejo, sentia da sua ilha e sobretudo daquele Mar imenso ...e na altura em que as chuvas de inverno faziam subir as águas do rio e os campos ficavam inundados,...aí ele ia para cima da ponte e sentia que respirava melhor rodeado de toda aquela água que cobria a planura da lezíria, aquela água a perder de vista...e assim recuperava um pouco as forças para continuar ..longe ...era o que de mais parecido encontrava com a imensidão do seu mar.
21 de Dezembro de 2004
Luisa Rosa
..."
domingo, maio 02, 2010
Subscrever:
Mensagens (Atom)