"... Pois nós que brigamos com o Mar, oito a dez dias a fio numa tormenta, de Aveiro a Lisboa, e estes que brigam uma tarde com um toiro, qual é que tem mais força ?.."
quinta-feira, maio 31, 2007
terça-feira, maio 29, 2007
Viagens na Minha Terra
Estou a ficar repetitivo, esta é a 3ª vez que publico este texto delicioso do Garrett nos meus blogs. Mas hoje tenho essa especial vontade, vem, pode vir, a propósito, leiam-no os meus Amigos, ou releiam-no.
Ao som do piano da Pires e das sonatas (seriam de violino?!) do Frederico Polaco, de que vale essa tralha toda, o gosto ou falta dele, a deselegancia e o grunhismo, valerá apenas o Azul, porra.
Da minha parte fico me por aqui, e ouço a Pires, que diferença senhores!!!
"...
Ora os homens do Norte estavam disputando com os homens do Sul: a questão fora interrompida com a nossa chegada à proa do barco. Mas um dos ílhavos—bela e poética figura de homem—voltando-se para nós, disse naquele seu tom acentuado.
— Ora aqui está quem há de decidir: vejam os senhores. Eles, por agarrar um toiro, cuidam que são mais que ninguém, que não há quem lhes chegue. E os senhores, a serem cá de Lisboa, hão de dizer que sim. Mas nós...
— Nenhum de nós é de Lisboa: só este senhor que aqui vem agora. Era o C. da T. que chegava.
— Este conheço eu; este é dos nossos (bradou um homem de forcado, assim que o viu). Isto é um fidalgo como se quer. Nunca o vi numa ferra, isso é verdade; mas aqui de Valada a Almerim ninguém corre mais do que ele por sol e chuva, e há de saber o que é um boi de lei, e o que é lidar com gado. Pois oiçamos lá a questão.
— Não é questão — tornou o ílhavo — mas se este senhor fidalgo anda por Almeirim, para Almeirim vamos nós, que era uma charneca outro dia, e hoje é um jardim, benza-o Deus! mas não foram os campinos que o fizeram, foi a nossa gente que o sachou e plantou, e o fez o que é, e fez terra das areias da charneca. Lá isso é verdade.
— Não, não é! Que está forte habilidade fazer dar trigo aos nateiros do Tejo, que é como quem semeia em manteiga. É uma lavoura que a faz Deus por sua mão, regar e adubar e tudo: e o que Deus não faz, não fazem eles, que nem sabem ter mão nesses mouchões com o plantio das árvores: só lá por cima é que algumas têm metido, e é bem pouco para o rio que é, e as ricas terras que lhes levam as enchentes. Mas nos, pé no barco, pé na terra, tão depressa estamos a sachar o milho na charneca, como vimos por aí abaixo com a vara no peito, e o saveiro a pegar na areia por não haver água... mas sempre labutando pela vida...
— A força é que se fala — tornou o campino para estabelecer a questão em terreno que lhe convinha.
— A força é que se fala: um homem do campo que se deita ali à cernelha de um toiro que uma companhia inteira de varinos lhe não pegava, com perdão dos senhores, pelo rabo!...
E reforçou o argumento com uma gargalhada triunfante. que achou eco nos interessados circunstantes que já se tinham apinhado a ouvir os debates. Os ílhavos ficaram um tanto abatidos; sem perderem a consciência de sua superioridade, mas acanhados pela algazarra.
Parecia a esquerda de um parlamento quando vê sumir-se no burburinho acintoso das turbas ministeriais, as melhores frases e as mais fortes razões dos seus oradores.
Mas o orador ílhavo não era homem de se dar assim por derrotado. Olhou para os seus, como quem os consultava e animava, com um gesto expressivo, e voltando-se a nós, com a direita estendida aos seus antagonistas:
— Então agora como é e força, quero eu saber, e estes senhores que digam, qual é que tem mais força, se é um toiro ou se é o mar.
Essa agora!...
Queríamos saber.
É o mar.
— Pois nós que brigamos com o mar, oito a dez dias a fio numa tormenta, de Aveiro a Lisboa, e estes que brigam uma tarde com um toiro, qual é o que tem mais força?
Os campinos ficaram cabisbaixos; o público imparcial aplaudiu por esta vez a oposição, e o Vouga triunfou do Tejo.
..."
Ao som do piano da Pires e das sonatas (seriam de violino?!) do Frederico Polaco, de que vale essa tralha toda, o gosto ou falta dele, a deselegancia e o grunhismo, valerá apenas o Azul, porra.
Da minha parte fico me por aqui, e ouço a Pires, que diferença senhores!!!
"...
Ora os homens do Norte estavam disputando com os homens do Sul: a questão fora interrompida com a nossa chegada à proa do barco. Mas um dos ílhavos—bela e poética figura de homem—voltando-se para nós, disse naquele seu tom acentuado.
— Ora aqui está quem há de decidir: vejam os senhores. Eles, por agarrar um toiro, cuidam que são mais que ninguém, que não há quem lhes chegue. E os senhores, a serem cá de Lisboa, hão de dizer que sim. Mas nós...
— Nenhum de nós é de Lisboa: só este senhor que aqui vem agora. Era o C. da T. que chegava.
— Este conheço eu; este é dos nossos (bradou um homem de forcado, assim que o viu). Isto é um fidalgo como se quer. Nunca o vi numa ferra, isso é verdade; mas aqui de Valada a Almerim ninguém corre mais do que ele por sol e chuva, e há de saber o que é um boi de lei, e o que é lidar com gado. Pois oiçamos lá a questão.
— Não é questão — tornou o ílhavo — mas se este senhor fidalgo anda por Almeirim, para Almeirim vamos nós, que era uma charneca outro dia, e hoje é um jardim, benza-o Deus! mas não foram os campinos que o fizeram, foi a nossa gente que o sachou e plantou, e o fez o que é, e fez terra das areias da charneca. Lá isso é verdade.
— Não, não é! Que está forte habilidade fazer dar trigo aos nateiros do Tejo, que é como quem semeia em manteiga. É uma lavoura que a faz Deus por sua mão, regar e adubar e tudo: e o que Deus não faz, não fazem eles, que nem sabem ter mão nesses mouchões com o plantio das árvores: só lá por cima é que algumas têm metido, e é bem pouco para o rio que é, e as ricas terras que lhes levam as enchentes. Mas nos, pé no barco, pé na terra, tão depressa estamos a sachar o milho na charneca, como vimos por aí abaixo com a vara no peito, e o saveiro a pegar na areia por não haver água... mas sempre labutando pela vida...
— A força é que se fala — tornou o campino para estabelecer a questão em terreno que lhe convinha.
— A força é que se fala: um homem do campo que se deita ali à cernelha de um toiro que uma companhia inteira de varinos lhe não pegava, com perdão dos senhores, pelo rabo!...
E reforçou o argumento com uma gargalhada triunfante. que achou eco nos interessados circunstantes que já se tinham apinhado a ouvir os debates. Os ílhavos ficaram um tanto abatidos; sem perderem a consciência de sua superioridade, mas acanhados pela algazarra.
Parecia a esquerda de um parlamento quando vê sumir-se no burburinho acintoso das turbas ministeriais, as melhores frases e as mais fortes razões dos seus oradores.
Mas o orador ílhavo não era homem de se dar assim por derrotado. Olhou para os seus, como quem os consultava e animava, com um gesto expressivo, e voltando-se a nós, com a direita estendida aos seus antagonistas:
— Então agora como é e força, quero eu saber, e estes senhores que digam, qual é que tem mais força, se é um toiro ou se é o mar.
Essa agora!...
Queríamos saber.
É o mar.
— Pois nós que brigamos com o mar, oito a dez dias a fio numa tormenta, de Aveiro a Lisboa, e estes que brigam uma tarde com um toiro, qual é o que tem mais força?
Os campinos ficaram cabisbaixos; o público imparcial aplaudiu por esta vez a oposição, e o Vouga triunfou do Tejo.
..."
segunda-feira, maio 28, 2007
Prioridades
Este fim de semana fiquei na Ericeira.
Entre outras dei conta que o molhe de protecção, que já não está como o da fotografia, não protege coisa nenhuma.
Entre Cascais e Peniche não há nenhum porto de abrigo, e o da Ericeira não é nada.
Então não era de reconstruir e melhorar o molhe existente fazendo da Ericeira um porto de abrigo para a pesca artesanal que alí existe e, eventualmente, para a navegação de recreio?
E o Rio Minho ?, a outra fotografia, e Vila Nova de Mil Fontes? e São Martinho do Porto?
Não se podia desviar 0,000001% dos orçamentos da OTA e do TGV para estas obras? Não somos, dizem, um país de marinheiros?
segunda-feira, maio 21, 2007
domingo, maio 20, 2007
Tropicalismos
O nosso amigo Paulo Marinheiro tem o seu passatempo nos aquários de água salgada e espécies tropicais, peixes, algas e rocha viva (não sei bem o que isto é, rocha viva, mas ele está sempre a falar dela e fica bem mencioná-la aqui).
Para um rapaz que mora a 50 metros do Atlântico de águas mexidas e frias, um aquário destes deve fazer o contraste, digo eu, com as águas chilras do Índico.
Por vezes atesta o aquário com águas atlânticas, mas não muitas, que as rochas vivas podem resfriar-se, diz.
quarta-feira, maio 16, 2007
Olha a Novidade !!!!
terça-feira, maio 15, 2007
O Bel Canto
Onde se pode apreciar uma das inumeras performances que eu e o meu Amigo Licas demos, antes de entrar em palco no Scala, a entoar uma das nossas arias preferidas, Die Entführung aus dem Serail , embora uma oitava e meio abaixo, aliás intencional, para exercitar as cordas vocais.
Na mesa alguns aditivos vocais, tipicos de quem 'estuca o tecto' com frequência.
segunda-feira, maio 14, 2007
A Pernada da Povoa
A pernada da Povoa correu como esperado. Muito Mar, muito vento e muitos bordos.
Temos de repensar estas regatas de Mar…
O vento na nossa costa, a maior parte das vezes, é lhe paralelo, o que quer dizer que as regatas são feitas todas em popa arrasada ou todas aos bordos.
Desta vez, porque o programa social estava já delineado, quisemos fazer as 32 milhas de Leça a Aveiro em 8,5 horas.
Isto dava uns razoáveis 3,8 nós de média, se viéssemos a direito.
Aos bordos as 32 milhas foram facilmente convertidas em mais do dobro, o que passa imediatamente os 3,8 nós para uns sete e mais, difíceis de obter para a maioria das embarcações.
O resultado foi mais de metade delas ter desistido da Regata, e, mesmo assim, terem entrado na barra de Aveiro por voltas das 2100, uma hora depois do fecho, e também termos iniciado o jantar já depois das 2300.
É de repensar o método.
Para além disso o Mar cresceu muito, atingindo uns quatro metritos a partir de Esmoriz, tornando a navegação entusiasmante mas incomoda.
A Barra, essa, estava acessível, franca.
À entrada estavam muitos barcos galegos, a estudar a barra, que, mal entramos como bons locais, nos seguiram até à Lota Velha, pelos esteiros e canais.
A tripulação do Veronique era de luxo, o Quirino Man, o Zé Angelo e o Afonso.
O Bolha baldou-se para trabalhar e, numa de altruismo, dispensamos o Francisco Albino ao nosso Amigo Pardal, para trazer até Aveiro o Celta Morgana.
Temos de repensar estas regatas de Mar…
O vento na nossa costa, a maior parte das vezes, é lhe paralelo, o que quer dizer que as regatas são feitas todas em popa arrasada ou todas aos bordos.
Desta vez, porque o programa social estava já delineado, quisemos fazer as 32 milhas de Leça a Aveiro em 8,5 horas.
Isto dava uns razoáveis 3,8 nós de média, se viéssemos a direito.
Aos bordos as 32 milhas foram facilmente convertidas em mais do dobro, o que passa imediatamente os 3,8 nós para uns sete e mais, difíceis de obter para a maioria das embarcações.
O resultado foi mais de metade delas ter desistido da Regata, e, mesmo assim, terem entrado na barra de Aveiro por voltas das 2100, uma hora depois do fecho, e também termos iniciado o jantar já depois das 2300.
É de repensar o método.
Para além disso o Mar cresceu muito, atingindo uns quatro metritos a partir de Esmoriz, tornando a navegação entusiasmante mas incomoda.
A Barra, essa, estava acessível, franca.
À entrada estavam muitos barcos galegos, a estudar a barra, que, mal entramos como bons locais, nos seguiram até à Lota Velha, pelos esteiros e canais.
A tripulação do Veronique era de luxo, o Quirino Man, o Zé Angelo e o Afonso.
O Bolha baldou-se para trabalhar e, numa de altruismo, dispensamos o Francisco Albino ao nosso Amigo Pardal, para trazer até Aveiro o Celta Morgana.
quarta-feira, maio 09, 2007
VERDEEEEEEEEEEEEEEEE
Verde como o bixo da fotografia.
"...
Bonjour à tous
Cette lettre débute sur le Rio Chagrès de Panama. Deux semaines ont filé, l’équipage de Téou, mouillé au beau milieu de cette forêt primaire, n’a plus comptabilisé les jours…
Ici, les chants de la forêt bercent nos jours et nos nuits. Cette forêt s’éveille au lever du jour avec les perroquets, toujours en couple, bruyant, haut dans le ciel, volant d’une rive à l’autre en jacassant. Merci, en levant les yeux, nous apercevrons les Toucans faire de même en silence. Le poids de leur bec déséquilibre leur vol entre chaque série de battement d’ailes, des groupes de trois à cinq individus perchés sur les arbres ne sont pas rares. L’autre gueulard matinal se prénomme le « singe hurleur ». En groupe, bien planqué dans les feuillages, haut perchés, ils s’en donnent à cœur joie, notre position de l’entre deux rives nous offre la stéréo. Après ce court opéra, 7h du matin, le petit déjeuner peut avoir lieu, le soleil monte, la température aussi. Avec le kayak, nous longeons les berges et pénétrons les bras de ce Rio, quel plaisir de ressentir cette sensation de découverte totale, chaque bruit est capté par nos sens à nouveau sollicités, ici, on peut croire que tout peut arriver, on se sent véritablement épié. Nous approcherons martin pêcheurs, aigrettes, ibis, lézards capable de courir sur l’eau, iguanes, crabes, tarpons, écureuils, grisons, paresseux, et singes en planque, seuls les crocodiles, chassés ne se laissent pas surprendre. Fin Avril, la saison des pluies a débuté…et il pleut à verse tous les jours, le taud de soleil sert également à récupérer l’eau de pluie, nous regorgeons d’eau douce.
Après la pluie, le beau temps, c’est bien connu… 2 mai ce jour, dire que l’on a oublié de fêter le 1, et que vous allez élire notre nouveau Président, maniant un discours plus écologique que ces prédécesseurs, normal, c’est de rigueur, incontournable. Vu d’ici, difficile de croire tous ces politiciens en quête de pouvoir, l’élément Nature est bien trop loin de leur quotidien, le problème écolo reste bien un problème de pays riche. La chance de ce Rio est d’être classé « Parc National », sans chemin balisé, sans droits d’accès, les élus locaux n’ont pas encore eu idée de rentabiliser le lieu, pardon, leurs poches, sous le couvert de la protection du site…ouf, la Nature y trouve son compte, elle est quasi intacte. Nous nous serons régalés, reposés, ressourcés, dans quelques jours, nous servirons d’équipier à bord d’un voilier ami, pour le passage du Canal de Panama, puis nous réapprovisionnerons notre bord en fonction de la prochaine destination.
Timéry vocalise , imite ses copains singes, leurs cause toute la journée, et nous montre tous les oiseaux ou poissons qui nous entourent, un régal.
Colon,4 Mai, deux heures de navigation pour un retour brutale à la civilisation. Internet nous est à nouveau accessible pour une petite semaine, puis nous filerons en Colombie, à Cartagene, découvrir cette ville et ainsi décider d’y rester si elle nous enchante, le temps d’accueillir notre deuxième enfant..
A tous, bonne continuation, à bientôt.
Les Téou.
Ps, merci de tous vos courriers, vos photos, notre nouvelle adresse catateou@gmail.com fonctionne,merci de l’enregistrer, à bientôt.
Bonjour à tous
Cette lettre débute sur le Rio Chagrès de Panama. Deux semaines ont filé, l’équipage de Téou, mouillé au beau milieu de cette forêt primaire, n’a plus comptabilisé les jours…
Ici, les chants de la forêt bercent nos jours et nos nuits. Cette forêt s’éveille au lever du jour avec les perroquets, toujours en couple, bruyant, haut dans le ciel, volant d’une rive à l’autre en jacassant. Merci, en levant les yeux, nous apercevrons les Toucans faire de même en silence. Le poids de leur bec déséquilibre leur vol entre chaque série de battement d’ailes, des groupes de trois à cinq individus perchés sur les arbres ne sont pas rares. L’autre gueulard matinal se prénomme le « singe hurleur ». En groupe, bien planqué dans les feuillages, haut perchés, ils s’en donnent à cœur joie, notre position de l’entre deux rives nous offre la stéréo. Après ce court opéra, 7h du matin, le petit déjeuner peut avoir lieu, le soleil monte, la température aussi. Avec le kayak, nous longeons les berges et pénétrons les bras de ce Rio, quel plaisir de ressentir cette sensation de découverte totale, chaque bruit est capté par nos sens à nouveau sollicités, ici, on peut croire que tout peut arriver, on se sent véritablement épié. Nous approcherons martin pêcheurs, aigrettes, ibis, lézards capable de courir sur l’eau, iguanes, crabes, tarpons, écureuils, grisons, paresseux, et singes en planque, seuls les crocodiles, chassés ne se laissent pas surprendre. Fin Avril, la saison des pluies a débuté…et il pleut à verse tous les jours, le taud de soleil sert également à récupérer l’eau de pluie, nous regorgeons d’eau douce.
Après la pluie, le beau temps, c’est bien connu… 2 mai ce jour, dire que l’on a oublié de fêter le 1, et que vous allez élire notre nouveau Président, maniant un discours plus écologique que ces prédécesseurs, normal, c’est de rigueur, incontournable. Vu d’ici, difficile de croire tous ces politiciens en quête de pouvoir, l’élément Nature est bien trop loin de leur quotidien, le problème écolo reste bien un problème de pays riche. La chance de ce Rio est d’être classé « Parc National », sans chemin balisé, sans droits d’accès, les élus locaux n’ont pas encore eu idée de rentabiliser le lieu, pardon, leurs poches, sous le couvert de la protection du site…ouf, la Nature y trouve son compte, elle est quasi intacte. Nous nous serons régalés, reposés, ressourcés, dans quelques jours, nous servirons d’équipier à bord d’un voilier ami, pour le passage du Canal de Panama, puis nous réapprovisionnerons notre bord en fonction de la prochaine destination.
Timéry vocalise , imite ses copains singes, leurs cause toute la journée, et nous montre tous les oiseaux ou poissons qui nous entourent, un régal.
Colon,4 Mai, deux heures de navigation pour un retour brutale à la civilisation. Internet nous est à nouveau accessible pour une petite semaine, puis nous filerons en Colombie, à Cartagene, découvrir cette ville et ainsi décider d’y rester si elle nous enchante, le temps d’accueillir notre deuxième enfant..
A tous, bonne continuation, à bientôt.
Les Téou.
Ps, merci de tous vos courriers, vos photos, notre nouvelle adresse catateou@gmail.com fonctionne,merci de l’enregistrer, à bientôt.
..."
terça-feira, maio 08, 2007
O Veronique na Povoa
A fotografia é do Ferrugens, e mostra o veleiro mais lindo do Universo, quiçá mesmo o mais lindo de Aveiro, atracado na Povoa do Varzim.
Não pude fazer a pernada de Baiona (com I) até à Povoa, mas o Veronique estava bem entregue.
Digam lá se não é bonito?!!
terça-feira, maio 01, 2007
Subscrever:
Mensagens (Atom)