terça-feira, outubro 30, 2007

Porto 2007, a crónica


Pelas 0800 do dia 27 de Outubro, do ano da graça de 2007, largava donairoso do cais de Saint Jacint sur Mer, o NVV Veronique, rumo ao Mar Oceano, virando pouco depois da Barra à direita, ao Norte, vá, com Rv=22º, se bem que o filho da mãe do vento não deixasse e tivessemos que navegar umas boas milhas por Mar Adentro, nos 345º
Para manter a tradição, o Policia de Serviço, desconfio que foi o filho do alentejano Bonito Galacho, estava a meditar e só depois de muita insistencia respondeu, ainda que com a voz do filho do alentejano Bonito Galacho.
A tripulação do NVV Veronique, para além de minzinho, o MMMMMBAS, era composta pelo arrais de gaivotas e fotógrafo de serviço Bolha, pelo amotinado João Christien Fletcher Pargana, Médico de Bordo, e pelo passageiro secretário geral da M.A.M.A, bandarilheiro de 2ª e marinheiro de 1ª, João Rodrigues.
À parte alguns piquenos problemas de circunstâncea, a viagem correu bem, malgrado 50% da tripulação ter enjoado (1) naquelas vagas alterosas, a rondar os 42,5 cm, 43 cm vá.
A entrada na Barra do Douro fez-se com pompa e com a tradicional garrafa de champanhe, Diamante Negro, expreplêndica.
(sobre a autorização de atracar no Cais de Gaia não me pronuncio, estou a concorrer para secretario geral de um organismo publico e não me quero lixar)- (Oh JR, leste os emails de autorização?)
Um telefonema ao meu amigo Rui e lá estavamos nós a atracar no Cais da Estiva Velha, na Ribeira mesmo, magnífica.
A noute foi linda, com fogo de artificio em nossa honra, que me custou os olhos da cara, mas, as organizações Veiga, que correm que nem manteiga, foram e são assim, excelentes.
No regresso, até Espinho, a velejada foi de muito, muito mesmo, luxo. Um través com vento de leste na casa do 20 nóses e o NVV Veronique a chegar ao 7 e 8 nósinhos, sem espinhas. Depois fecharam as janelas e o vento só regressou para sul da Torreira.
Na entrada da Barra de Aveiro, outra vez com a pompa devida e com nova garrafa de champanhe, que foi aberta e malhada.
Já no cais de Saint Jacint sur Mer o comandante Licas aguardava a flotilha com uns camarõesinhos e mais uma garrafinha de champanhe, que uma só até podia fazer mal.
Ah, aprendi que as ondas no Mar Oceano são mais calminhas que as do Mar da Palha, que consta poderem passar os 43 cm, o que por aqui raramente acontece.
PS: A fotografia é do Bolha, já na fase da tecnica "Quase Sem Luz".
Reparem nas duas marujas tripeiras em primeiro plano, e no casal de marinheiros logo a seguir, a despedirem-se, pois ele vai embarcar em breve para a Terra Nova.
(1) Chamo a atenção, uma vez mais, para a elegancia com que o modesto autor destas linhas trata este tão delicado assunto, evitando dizer quem estava enjoado que nem uma pescada, embora possa adiantar que o nome começava por
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx(censurado)
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
O MMMMMBAS esteve, como sempre, à altura das suas responsabilidades.

segunda-feira, outubro 29, 2007

REUNIÃO AVELA

A pedido do nosso Presidente Paulo Reis, convoca-se uma reunião com caracter de URGÊNCIA para esta quarta feira dia 31 de Outubro, pelas 21h30m na sede da Avela na Lota Velha.
Trata-se de decidir o que fazer com o nosso pontão da Lota Velha, que necessita de intervenção ao nível dos tubos de suporte dos trapiches.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Porto 2007

A APDL reservou-nos o Cais de Gaia para atracarmos.
A Preia Mar na Barra do Douro no dia 27 é às 1519 UTC (1619 legais).
A maré é viva e forte (Lua CHEIA a 26) , pelo que é melhor entrar antes das 1619.

Proponho saída às 0800 de São Jacinto, a 5 nós devemos chegar à Barra do Douro pelas 1400.
De 27 para 28 muda a hora, passa a hora legal a ser igual à UTC
Baixa Mar na Barra do Douro a 28 é às 0950 UTC=legais.
A saida da barra deverá ser depois desta hora.

Sol, dados para o Porto:
27/Out >> nasc 0659 ocaso 1737 (UTC)
28/Out >> nasc 0700 ocaso 1736 (UTC)

Este ano não marco jantar, ide-vos lixar(1). Já basta o que ouvi o ano passado, marquem vocês.

Em Gaia há muitos restaurantes, a começar pelo Tromba Rija, para quem tenha muita fome.

A primeira lancha do Forte para São Jacinto sai às 0720, pelo que dá tempo de chegar, aparelhar as embarcações e largar à Barra e ao Mar.

Bons ventos, lá nos encontraremos.


(1) Reparem na forma educada e polida com que o modesto autor destas linhas trata este tão delicado assunto. Outro qualquer teria simplesmente mandado foder os intervenientes, mas esse linguarejar é completamente interdito neste espaço de intervenção cívica.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Concurso


Já que estamos em maré de concursos bloguers, também lanço o meu:
A presente fotografia representa o inicio de uma merenda em Abril passado.
1ª pergunta: nome do restaurante e localidade?
2ª pergunta: quantas duzias de finos os três convivas beberam nessa merenda?
3ª pergunta: quantas curvas deu o NVV Veronique até se imobilizar completamente, atracado na Lota Velha?
A resposta correcta às 3 perguntas dá direito a uma fotografia autografada da tripulação do NVV Veronique, composta pelo arrais de 2ª Bolha, o imediato João Christian Fletcher Pargana, médico de bordo, e por mim, o MMMMMBAS.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Cabo de São Vicente


Era Agosto do ano passado.Fotografias minha, a 7 milhas do Cabo de São Vicente e da M.A.M.A com sulada rija no Tejo.

terça-feira, outubro 16, 2007

Veronique, Hamburg

Ao vasculhar pastas de CDs antigos dei conta desta, ainda com o pavilhão germânico, encostado ao António Cação, então a ser desmantelado no Mestre Alberto.
Foi neste "arrastão" (1) que o sr Georg caíu, foi aqui atracado que me chamou a atenção.

(1) Ver comentário anexo.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Bota Abaixo




Depois de nove anos, onze meses , vinte e dois dias e algumas horas de aturados esforços de construção, 10 anos vá, o nosso Amigo Alfredo Vizinho, o Ripinhas (nick name derivado do convés do seu novo veleiro), procedeu, perante avantajada e entusiasmada assistência, ao bota abaixo do Sussurro, elegante Van de Stadt de fibra e teca.
Adivinham-se já grandes sestas no Sussurro, nome deveras apropriado, nas tardes solarengas e outonais que se aproximam, na Marina da Bruxa.
Seguiu-se brilhante vernissage a que não pude asistir por me ter perdido da comitiva logo após a cerimónia. A verdade é que me dirigi para o Bar da Bruxa enquanto o Sussurro era amarrado a um dos fingers, ainda malhei uma empalhada e dois fininhos, mas quando dei conta, já não dei conta dos bota abaixantes. Uma pena.
PS: Reparem no tradicional ramo no mastro e no Comandante Delmar ao leme numa das fotos.
Na outra vê-se o Alfredo Ripinhas na proa.


Duelo de Mega-Fones


Depois do Bolha ter adquirido nos chineses, para o NVV Veronique, um Mega Fone com que eu, o MMMMMBAS, passei a enviar para a embarcação as ordens de faina Geral de qualquer coisa, mastros por exemplo, este Mega Fone fez a inveja da flotilha da Avela atracada no Porto de Recreio de Saint Jacint sur Mer.
Acontece que os Comandantes Licas e Berna se dirigiram, igualmente aos chineses, para adquirir identicos equipamentos.
Este domingo foi bonito de se ver pedirmos os copinhos de branco e de champanhe, uns aos outros, ao som dos Mega Fones.
Foi ao som do Mega Fone que provei um branquinho de luxo, da Adega Cooperativa da Mealhada, premiado pois, de muito luxo.
As lanchas da carreira e os cacilheiros, esses, continuam a só conhecer duas velocidades, parado e à vante a toda a força. Precisam de fazer uns cursos, da CEE de preferência.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Aniversário AVELA


A pedido do Presidente Paulo Reis

Informam-se os sócios e Amigos da Avela que o aniversário da nossa Associação decorrerá, este ano, em São Jacinto, no próximo sábado dia 20 de Outubro.
Constará de um DIA ABERTO de VELA em que se solicita aos sócios armadores que disponibilizem as embarcações para um passio à vela ao Mar ou ao Muranzel, conforme a meteorologia, com a população de São Jacinto como convidados.
Nesse sentido é favor comunicar essa disponibildade com URGENCIA ao Presidente Paulo Reis.
Ao fim da tarde será desmanchado um porco, ou mais, ao carvão, nas piscinas de São Jacinto.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Porto 2007


No próximo fim de semana de 27 e 28 vamos outra vez ao Douro.
O Toni está a arrebanhar veleiros para a grande penetração no rio Douro, que só se realizará se o Mar estiver até os quatro metritos de ondas.
Dos cinco metritos para cima vamos fluvialmente até à Torreira e de lá até ao Bico (da Murtosa) malhar uma caldeiradona. Sim, que para apanhar porrada, já bastam as nossas casas e os nossos trabalhos.
Digam lá se não é um programa de muito luxo.
Todos ao Toni apresentar as inscriçõeeeeees....

Requiem

Os cemitérios estão cheios de gajos porreiros.
Muitas vezes assim será, faço parte do rol dos ingénuos que acredita que as pessoas tem sempre um lado bom, que prevalece sempre, e que as circunstancias tramadas da vida impedem esse lado bom de se manifestar. Enfim, crendices.
Deste, desculpem-me, só me lembro, porque assisti, das faltas intermináveis ao emprego, onde só aparecia muito de vez em quando, e quando aparecia era no snack bar do rés do chão com as namoradas, da sobranceria com que pedia o “scotch” e tratava os subordinados, da mulher em casa a tratar dos filhos e ele a passear as amantes, das jogadas aparatchiks empregantes de bastidores.
Terá sido importante e terá tido as suas coisas boas, acredito, e inúmeras.
Só que agora não me estou a lembrar de nenhuma.

sábado, outubro 06, 2007

A Minha Terra


Com a devida vénia ao ILHAVENSE e à Dª Maria José Cachim, aqui reproduzo um texto delicioso, a alembrar-me a minha mais tenra infância. Lembram-se deste dialecto, oh João David e Zé Angelo?!!!!

quarta-feira, outubro 03, 2007

kAMAKAWIWO


Eis o cantor, morto em 97 com 38 anos de obesidade morbida.
Tocava o cavaquinho hawaiano e cantava como se ouve.
Não há surfista, nem 'Sea Lover' que o não conheça

Israel Kamakawiwo




No duelo de arco iris, o autentico, o radical, o hawaiano

Peregrinação

Diogo Soares
O grande general
Chamado "o Galego"
O homem dos olhares fatais
Comanda sessenta mil homens
De terras estranhas
Vencedo e lutando
Por quem paga mais
Eficaz nos sermões
Insinuante pois
Ganhou a simpatia
De príncipes e samurais
Já é governador
Do reino de Pegu
Mais forte do que o rei
Mais rico por golpes mestrais
Naquela cidade
Vivia um mercador
De nome Mambogoá
De fortuna sem fim
E naquele dia
O dia das bodas
Casava uma filha
Com Manica Mandarim
Diogo Soares passou por ali
Ao saber da festa
Felicitou noivos e pais
E a noiva tão linda
Ofereceu-lhe um anel
Agradecendo a honra
Por gestos puros e sensuais
Então o galego
Em vez de guardar
O devido decoro
Prendeu-a e disse-lhe assim:
"Ó moça formosa
És minha, só minha
A ninguém pertences
A ninguém, senão a mim"
O pai Mambogoá
Ao ver pegar o bruto
Tão rijo na filha
Ouvindo este insulto de espanto
Levantou as mãos aos céus
Os joelhos em terra
No retrato da dor
Pedindo e implorando num pranto
"Eu peço-te Senhor
Por reverência a Deus
Que adoras concebido
No ventre sem mancha e pecado
Não tomes minha filha
Não leves meu tesouro
Que eu morro de paixão
Que eu morro tão abandonado"
Mas Diogo Soares
Mandou matar o noivo
Que chorava abraçado
À moça assustadaTremendo
E a noiva estrangulou-se
Numa fita de seda
Antes que a possuísse
À força o sensual galego
A terra e os ares
Tremeram com os gritos
Do choro das mulheres
Tamanhos que metiam medo
E o pai Mambogoá
Pedindo pelas ruas
Justiça ao assassino
Acorda a cidade em sossego:
"Ó gentes Ó gentes
Saí como raios
Na ira das chuvas
Na ventania do açoite
E o fogo consuma
Seus últimos dias
E lhe despedace
As carnes no meio da noite"
Em menos de um credo
Numa grande grita
P'lo amor dos aflitos
Juntou-se ao velho o povo inteiro
Com tamanho furor
E sede de vingança
Arrastaram-no preso
Diogo Soares ao terreiro
E o povo a clamar
Que a sua veia seja
Tão vazia de sangue
De quanto está o inferno cheio
E subiu ao cadafalso
Cada degrau beijou
Murmurando baixinho
O nome de Jesus a meio
Seu filho Baltasar Soares
Que vinha de casa
O qual vendo assim
Levar seu pai
Lançou-se aos seus pés a chorar
E por largo tempo abraçados
No abraço dos mortais
"Senhor porque vos levam
Cruéis e vingativos
Senhor porque vos batem
E porque vos matam medonhos?"
"Pergunta-o aos meus pecados
Que eles to dirão
Que eu vou já de maneira
Que tudo me parece um sonho"
E foram tantas pedras
Sobre o padacente
Que este morreu bramindo
O rosário dos seus pecados
Ensopado na baba
Do ódio dos homens
Escuma animal
De todos os cães esfaimados
As crianças e os moços
Trouxeram seu corpo
Sem vida pelas ruas
Arrastado pela garganta
E a gente dava esmola
Oferecida aos meninos
Dava como se fosse
Uma obra muito pia e santa
Assim terminam os anais
Do grande general
Chamado "o Galego"
O homem dos olhares fatais.»

terça-feira, outubro 02, 2007

segunda-feira, outubro 01, 2007

Arte Xávega




Praticada nos rios, lagos e lagoas do nosso País, a pesca por Arte Xávega foi descrita com maestria, entre outros, pelo Brandão. É livro de cabeceira aqui do rapaz.
Nestas fotografias, retiradas do livro "A SAFRA" de Helena Lopes e Paulo Nuno Lopes, pode ver-se uma sequência feita algures entre o choupalinho e montemor, de um "dois remos" a iniciar a faina, desconhece-se se no mondego, se no têjo.
Pode no entanto constatar-se que as maroletas do rio estavam, nesse dia, um pouco pró manhoso.